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Publicada em 06 de Novembro de 2024 às 19:23

Lula diz que não se pode jogar ajuste fiscal no ombro dos mais necessitados

Lula afirma que as camadas mais necessitadas não podem sofrer sempre que há necessidade de cortar gastos públicos

Lula afirma que as camadas mais necessitadas não podem sofrer sempre que há necessidade de cortar gastos públicos

Ricardo Stuckert/PR/JC
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Folhapress
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que o governo federal não deve penalizar a população mais necessitada sempre que há necessidade de promover ajustes nos gastos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que o governo federal não deve penalizar a população mais necessitada sempre que há necessidade de promover ajustes nos gastos.
Lula ainda criticou a "gana especulativa do mercado" e se os empresários estariam dispostos a abrir mão de subsídios que recebem. O mandatário também questionou a contribuição do Congresso Nacional para equilibrar as contas federais, em particular se deputados e senadores estariam dispostos a abrir mão das emendas parlamentares. As declarações foram dadas durante entrevista para a Rede TV. A entrevista completa vai ao ar no domingo (10), mas alguns trechos foram divulgados. 
Ao ser questionado sobre o ajuste de gastos, em discussão no governo, Lula afirmou que o pacote ainda não está concluído. E então criticou as reações do mercado financeiro. "Eu não posso adiantar, porque a gente ainda não concluiu o pacote. Estou em um processo de discussão muito, muito séria com o governo porque eu conheço bem o discurso do mercado, a gana especulativa do mercado. E eu às vezes acho que o mercado age com uma certa hipocrisia, com uma contribuição muito grande da imprensa brasileira para criar confusão na cabeça da sociedade", afirmou o presidente.
Lula disse que as camadas mais necessitadas não podem sofrer sempre que há necessidade de cortar gastos públicos. E então criticou empresários e o Congresso Nacional. "Acontece que nós não podemos jogar, toda vez que tem que cortar alguma coisa, em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Nós temos que analisar e eu quero saber o seguinte: se eu fizer um corte de gastos para diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que eu faço é, o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores para contribuir com o ajuste fiscal que eu vou fazer? Porque não é só tirar do orçamento do governo", afirmou o presidente.
"Os empresários que vivem de subsídio do governo vão aceitar abrir mão um pouco de subsídio para a gente poder equilibrar a economia brasileira? Vão aceitar? Eu não sei se vão aceitar", completou.

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