“A Retomada do Turismo no RS: transformando desafios em novas oportunidades” foi o assunto na reunião-almoço Tá na Mesa, desta quarta-feira (6), da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Participaram do encontro o secretário de Turismo do RS, Ronaldo Santini, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, Júlia Tavares, a gerente-geral do Parque do Caracol (concessão estadual), Sandra Ferraz e Carla Deboni, diretora da Gam3 Parks (concessão municipal).
Com o objetivo de gerar novas oportunidades, Santini informou que o governo do Rio Grande do Sul está promovendo uma campanha voltada ao segmento do turismo, mostrando que o Estado já está recuperado. “O objetivo primeiro é divulgar para aqueles que viram o Rio Grande do Sul inundado, que agora está recuperado e que os nossos equipamentos de turismo todos estão aptos a receber (os visitantes) ”, destacou.
A fórmula para movimentar o turismo não é uma tarefa fácil para ser obtida após o Rio Grande do Sul ter passado pela maior catástrofe climática de sua história, em maio deste ano. “Muitos turistas, em função do que ocorreu no Estado, acabaram reorganizando as suas agendas e isto trouxe um impacto muito grande para o setor”, lembrou
Santini disse que a campanha também busca informar que sem a recuperação total das rotas (rodovias), há caminhos alternativos para acessar destinos turísticos no Rio Grande do Sul. “O objetivo é trazer este turista de volta para o Estado para os seus congressos e eventos. Essa campanha tem viés nacional e já estamos tendo retorno (ao redor de 45%)”, salientou. O secretário citou que a divulgação está sendo feita na mídia, em outdoor e em espaços de aeroportos. “A ideia é que no próximo ano, a gente amplie ainda mais essa campanha (no País) sobre a promoção de destinos turísticos no Estado”, acrescentou.
Já em relação às medidas de incentivo ao setor, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, Júlia Tavares, disse que o município havia feito uma redução de alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% para o setor eventos, desde o início da administração do prefeito Sebastião Melo. “Porto Alegre tem a característica de ser uma cidade muito forte em turismo de eventos, principalmente, pelos congressos”, citou.
Júlia Tavares disse que 45 mil empresas foram atingidas pela mancha de inundação, sendo que grande parte deste número, formado por restaurantes. “O que a prefeitura fez foi a isenção do IPTU, independente delas serem ou não do turismo”, lembrou. Já o secretário de estado, da pasta do turismo, citou que o governo não teve um programa de redução de carga tributária, mas teve programas desenhados para socorro das empresas que foram atingidas pelas enchentes através do Badesul e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
“Claro, o governo do Estado sabe que há alguns setores que precisam ser revisados, ou pelo menos que se discuta a questão tributária, como o setor vitivinícola”, explicou Santini. Ele detalha que o setor vitivinícola perde muita competitividade em decorrência da carga tributária, especialmente, pela caracterização do produto, no imposto seletivo, ou popularmente conhecido como “Imposto do Pecado”. Santini também falou sobre o setor do artesanato, que em outros estados brasileiros conta com isenção e que no Rio Grande do Sul isso ainda não está claro. “Vamos provocar uma discussão nos próximos dias sobre este assunto”, salientou.
Com o objetivo de gerar novas oportunidades, Santini informou que o governo do Rio Grande do Sul está promovendo uma campanha voltada ao segmento do turismo, mostrando que o Estado já está recuperado. “O objetivo primeiro é divulgar para aqueles que viram o Rio Grande do Sul inundado, que agora está recuperado e que os nossos equipamentos de turismo todos estão aptos a receber (os visitantes) ”, destacou.
A fórmula para movimentar o turismo não é uma tarefa fácil para ser obtida após o Rio Grande do Sul ter passado pela maior catástrofe climática de sua história, em maio deste ano. “Muitos turistas, em função do que ocorreu no Estado, acabaram reorganizando as suas agendas e isto trouxe um impacto muito grande para o setor”, lembrou
Santini disse que a campanha também busca informar que sem a recuperação total das rotas (rodovias), há caminhos alternativos para acessar destinos turísticos no Rio Grande do Sul. “O objetivo é trazer este turista de volta para o Estado para os seus congressos e eventos. Essa campanha tem viés nacional e já estamos tendo retorno (ao redor de 45%)”, salientou. O secretário citou que a divulgação está sendo feita na mídia, em outdoor e em espaços de aeroportos. “A ideia é que no próximo ano, a gente amplie ainda mais essa campanha (no País) sobre a promoção de destinos turísticos no Estado”, acrescentou.
Já em relação às medidas de incentivo ao setor, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, Júlia Tavares, disse que o município havia feito uma redução de alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% para o setor eventos, desde o início da administração do prefeito Sebastião Melo. “Porto Alegre tem a característica de ser uma cidade muito forte em turismo de eventos, principalmente, pelos congressos”, citou.
Júlia Tavares disse que 45 mil empresas foram atingidas pela mancha de inundação, sendo que grande parte deste número, formado por restaurantes. “O que a prefeitura fez foi a isenção do IPTU, independente delas serem ou não do turismo”, lembrou. Já o secretário de estado, da pasta do turismo, citou que o governo não teve um programa de redução de carga tributária, mas teve programas desenhados para socorro das empresas que foram atingidas pelas enchentes através do Badesul e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
“Claro, o governo do Estado sabe que há alguns setores que precisam ser revisados, ou pelo menos que se discuta a questão tributária, como o setor vitivinícola”, explicou Santini. Ele detalha que o setor vitivinícola perde muita competitividade em decorrência da carga tributária, especialmente, pela caracterização do produto, no imposto seletivo, ou popularmente conhecido como “Imposto do Pecado”. Santini também falou sobre o setor do artesanato, que em outros estados brasileiros conta com isenção e que no Rio Grande do Sul isso ainda não está claro. “Vamos provocar uma discussão nos próximos dias sobre este assunto”, salientou.
Porto Alegre recuperou empregos perdidos na enchente
Sobre os empregos perdidos com as enchentes, Júlia Tavares informou que Porto Alegre já recuperou os postos de serviços. “O mês de setembro, Porto Alegre teve o maior salto (de empregos) do ano. Isto até nos surpreendeu nesta retomada das atividades na cidade”, comentou. A secretária também chamou a atenção que, em setembro, a Capital não contava com os serviços do Aeroporto Internacional Salgado Filho, atingido pela enchente. “Grande parte da cidade já está recuperada, obviamente, há setores e localidades que perderam mais estruturas”, citou.
A secretária destacou que o calendário de eventos para os próximos dois anos será ampliado com o objetivo de atrair mais turistas, principalmente, agora com a recuperação das atividades do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Ela lembrou que uma das vocações de Porto Alegre é para o turismo de evento e para o chamado “turismo da saúde”.
A gerente-geral do Parque do Caracol, Sandra Ferraz, disse que é muito importante a criação de um aeroporto regional, na Serra gaúcha, para alavancar o setor do turismo. “A gente não pode ficar centralizado em um único aeroporto. (Um novo aeroporto) vai tornar a Serra gaúcha mais atrativa, com a abertura que teremos para receber novos turistas”.
Ela destacou que pode ser uma porta a mais de entrada, além do aeroporto de Caxias do Sul, lembrando também de obras de expansão no aeroporto de Canela. Sandra Ferraz citou que há um esforço do poder público e da iniciativa privada para colocar o Rio Grande do Sul em um novo patamar, com o objetivo de buscar novamente o turismo para o Rio Grande do Sul e que a Serra gaúcha tem uma participação muito grande na economia. Santini, por sua vez, destacou que o aeroporto da Serra será uma realidade.
O secretário de Turismo também informou que os aeroportos regionais serão potencializados. “A gente já tem oportunizado os aeroportos de Passo Fundo, Santo Ângelo, Pelotas e, agora, com a Infraero assumindo, de volta, os aeroportos de Torres e de Canela, isto vai criar alternativas totalmente independentes do Salgado Filho”, detalhou.
Santini disse que o Rio Grande do Sul precisa de novas vias de acesso e é necessário potencializar novos portos, com o que será construído em Arroio do Sal, que poderá atrair público para cruzeiros turísticos, uma vez que tem calado para estas embarcações.
“Pelos dados, o turismo é a atividade econômica com maior potencial de crescimento e, em seguida, à saúde, a gente já tem iniciada as tratativas para captação de investimentos – ou seja, a busca ativa de investimentos – e promoção de destinos turísticos, além da Serra e da Região das Hortênsias”, salientou.
O secretário disse, porém, que neste momento ainda não há projetos concretizados. Quando formulados, tais projetos ficaram a cargo da Invest RS, Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico do Estado por meio da atração de investimentos e da promoção comercial, em cooperação com o poder público, entidades e sociedade.
O secretário disse que é importante mostrar para os investidores que existe segurança jurídica. “É por este motivo, que nós estamos aqui com a presença com as duas concessões recentes, ou seja, junto com a Carla Deboni, diretora da Gam3 Parks (concessão municipal) e a gerente-geral do Parque do Caracol (concessão estadual), Sandra Ferraz, para mostrar que importante trabalhar com parcerias”.
Antes de falar sobre a recuperação da Orla do Guaíba, impactada pela enchente, Carla Deboni, citou o êxito que a Gam3 Parks obteve ao preparar a área para a realização do Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia. Evento que faz parte do calendário oficial de Porto Alegre e, em 2024, o seu faturamento quase dobrou em comparação com o evento do ano passado. “Graças a ele, nós tivemos uma retomada e foi um sucesso de público, com mais de dois milhões de pessoas circulando pelo local”, lembrou.
Segundo Carla Deboni, a Orla do Guaíba encontra-se em outro patamar, uma vez que ela fica fora da área de proteção da cidade e é por isto que está demorando mais para ficar pronta. “Não é simplesmente refazer a obra; ela tem que ser replanejada para novos eventos para poder resistir a novos eventos climáticos”, explicou.
Turismo náutico. Santini, questionado sobre o tema, explicou que o turismo náutico é um produto de alto valor econômico. O secretário informou que o Porto de Rio Grande já havia iniciado negociações com empresas de cruzeiros. A ideia, segundo Santini, é estabelecer um caminho turístico a partir do Rio Grande do Sul para os demais estados do Sul do Brasil. Ele explicou que a questão climática trouxe um impacto. “Nós teremos que trabalhar a dragagem, teremos que trabalhar condições com o escoamento náutico e isto passa a fazer parte da agenda do desenvolvimento econômico do Estado”, acrescenta.
A secretária destacou que o calendário de eventos para os próximos dois anos será ampliado com o objetivo de atrair mais turistas, principalmente, agora com a recuperação das atividades do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Ela lembrou que uma das vocações de Porto Alegre é para o turismo de evento e para o chamado “turismo da saúde”.
A gerente-geral do Parque do Caracol, Sandra Ferraz, disse que é muito importante a criação de um aeroporto regional, na Serra gaúcha, para alavancar o setor do turismo. “A gente não pode ficar centralizado em um único aeroporto. (Um novo aeroporto) vai tornar a Serra gaúcha mais atrativa, com a abertura que teremos para receber novos turistas”.
Ela destacou que pode ser uma porta a mais de entrada, além do aeroporto de Caxias do Sul, lembrando também de obras de expansão no aeroporto de Canela. Sandra Ferraz citou que há um esforço do poder público e da iniciativa privada para colocar o Rio Grande do Sul em um novo patamar, com o objetivo de buscar novamente o turismo para o Rio Grande do Sul e que a Serra gaúcha tem uma participação muito grande na economia. Santini, por sua vez, destacou que o aeroporto da Serra será uma realidade.
O secretário de Turismo também informou que os aeroportos regionais serão potencializados. “A gente já tem oportunizado os aeroportos de Passo Fundo, Santo Ângelo, Pelotas e, agora, com a Infraero assumindo, de volta, os aeroportos de Torres e de Canela, isto vai criar alternativas totalmente independentes do Salgado Filho”, detalhou.
Santini disse que o Rio Grande do Sul precisa de novas vias de acesso e é necessário potencializar novos portos, com o que será construído em Arroio do Sal, que poderá atrair público para cruzeiros turísticos, uma vez que tem calado para estas embarcações.
“Pelos dados, o turismo é a atividade econômica com maior potencial de crescimento e, em seguida, à saúde, a gente já tem iniciada as tratativas para captação de investimentos – ou seja, a busca ativa de investimentos – e promoção de destinos turísticos, além da Serra e da Região das Hortênsias”, salientou.
O secretário disse, porém, que neste momento ainda não há projetos concretizados. Quando formulados, tais projetos ficaram a cargo da Invest RS, Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico do Estado por meio da atração de investimentos e da promoção comercial, em cooperação com o poder público, entidades e sociedade.
O secretário disse que é importante mostrar para os investidores que existe segurança jurídica. “É por este motivo, que nós estamos aqui com a presença com as duas concessões recentes, ou seja, junto com a Carla Deboni, diretora da Gam3 Parks (concessão municipal) e a gerente-geral do Parque do Caracol (concessão estadual), Sandra Ferraz, para mostrar que importante trabalhar com parcerias”.
Antes de falar sobre a recuperação da Orla do Guaíba, impactada pela enchente, Carla Deboni, citou o êxito que a Gam3 Parks obteve ao preparar a área para a realização do Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia. Evento que faz parte do calendário oficial de Porto Alegre e, em 2024, o seu faturamento quase dobrou em comparação com o evento do ano passado. “Graças a ele, nós tivemos uma retomada e foi um sucesso de público, com mais de dois milhões de pessoas circulando pelo local”, lembrou.
Segundo Carla Deboni, a Orla do Guaíba encontra-se em outro patamar, uma vez que ela fica fora da área de proteção da cidade e é por isto que está demorando mais para ficar pronta. “Não é simplesmente refazer a obra; ela tem que ser replanejada para novos eventos para poder resistir a novos eventos climáticos”, explicou.
Turismo náutico. Santini, questionado sobre o tema, explicou que o turismo náutico é um produto de alto valor econômico. O secretário informou que o Porto de Rio Grande já havia iniciado negociações com empresas de cruzeiros. A ideia, segundo Santini, é estabelecer um caminho turístico a partir do Rio Grande do Sul para os demais estados do Sul do Brasil. Ele explicou que a questão climática trouxe um impacto. “Nós teremos que trabalhar a dragagem, teremos que trabalhar condições com o escoamento náutico e isto passa a fazer parte da agenda do desenvolvimento econômico do Estado”, acrescenta.