Foi inaugurada ontem a mais nova escola do Sesi-RS, sediada na cidade de Canoas. Como primeira atividade, o complexo recebe esta semana a 6ª edição da Mostra Sesi Com Ciênci@, que reúne projetos interdisciplinares de estudantes de escolas do Sesi-RS, ancorados em temas como inovação, sustentabilidade e relação com o mundo do trabalho.
Depois da mostra, a Escola Sesi de Ensino Médio Paulo D'Arrigo Vellinho entra em atividade definitivamente em fevereiro de 2025, quando recebe as primeiras turmas. Serão admitidos 120 estudantes para o primeiro ano - mesma quantidade que será recebida a cada ano, alcançando a capacidade de 360 alunos no total. Já a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem capacidade para 300 estudantes e as atividades de contraturno comportam 200 jovens no período inverso ao que frequentam o ensino regular.
O presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, diz que é um orgulho muito grande ter a oportunidade de estar à frente da instituição durante a inauguração de uma escola como esta. "Em uma cidade que sofreu como Canoas, estamos muito animados e entusiasmados. Será um marco na retomada não apenas da cidade, mas do Rio Grande do Sul", projeta.
Bier vê a formação dos jovens como um dos pilares da atual diretoria, atenta à educação e à retenção de talentos. "Nos últimos 20 anos perdemos mais de 700 mil cabeças para outros estados e países, um quadro que precisamos reverter. Temos de ter, aqui, uma educação que traga nossos gaúchos de volta e atraia estudantes de outros estados pelo nosso Sesi/Senai e a educação do Rio Grande do Sul", analisa.
O presidente do Conselho Nacional do Sesi, Fausto Augusto Junior, presente na cerimônia de inauguração, destaca que o Sesi, do ponto de vista formal, é a maior rede privada de educação do Brasil, com números que superam os 300 mil alunos, 12 mil professores e 500 escolas. No entanto, reconhece que em um universo de cerca de 30 milhões de estudantes na Educação Básica, isso ainda representa pouco. "Nosso papel é desenvolver iniciativas, possibilidades e experimentos para impactar a educação pública no Brasil, como um todo. Não é necessariamente o atendimento direto, mas que possamos ser referência para boas práticas e para uma mudança na forma como se pensa a educação sua relação com o mundo do trabalho", observa.
O superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo, fala sobre a satisfação de entregar o primeiro complexo educacional totalmente novo - e o maior em área construída dentre as escolas Sesi-RS no Estado -, dentro do grande plano de investimento anunciado há dois anos. Colombo defende que para fazer um Estado melhor é preciso contar com jovens, adultos e crianças bem formados e conectados com as habilidades necessárias para aproveitar a onda tecnológica. "Assim vamos reconstruir de forma melhor, mais resiliente e que acompanhe a evolução ao longo do tempo", sustenta.
A secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, vê a cidade de Canoas como um símbolo de reconstrução, depois de ter escolas completamente destruídas. "Além disso, esse momento marca também a apresentação, para a sociedade, de um modelo de ensino revolucionário", ressalta.