O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou na manhã desta sexta-feira (1), a marca de R$ 3 trilhões em impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início deste ano. O registro foi feito às 8h50 e chegou 54 dias mais cedo do que no ano anterior, marcando um crescimento de 20% em comparação a 2023, quando a marca foi atingida em 25 de dezembro, conforme a ACSP.
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Roberto Mateus Ordine, presidente da associação paulista, expressou satisfação e preocupação com o avanço na arrecadação. "Para nós, já era esperado atingir os 3 trilhões antecipados, batendo mais um recorde. Isso nos traz, de um lado, alegria pelo volume representado, mas, por outro, tristeza, pois essa arrecadação deveria beneficiar a população, o que, infelizmente, não está acontecendo", afirmou. Ele destacou a necessidade de mais investimentos, considerando que grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) está comprometida com custeio, limitando a faixa destinada a obras e programas de atendimento.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, ressaltou que o sistema tributário brasileiro é predominantemente baseado no consumo. "À medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. O crescimento da atividade econômica também impacta positivamente", explicou. Gamboa prevê que, se as condições atuais persistirem, é provável que a arrecadação antecipe ainda mais a marca de R$ 3 trilhões nos próximos anos.
João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), atribui o aumento da arrecadação às políticas fiscais implementadas pelo governo, que visam aumentar os impostos para lidar com a alta dos gastos públicos. Conforme ele, medidas como a reintegração das alíquotas de PIS e Cofins dos combustíveis e a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos são algumas das ações que contribuíram para o aumento da arrecadação. Olenike alertou, no entanto, que "arrecada-se bem, porém gasta-se mal", e expressou preocupação com a expectativa de que esse cenário se mantenha em 2025.
A ACSP também apresentou uma perspectiva sobre o que R$ 3 trilhões poderiam comprar. Com esse montante, seria possível adquirir 42,8 milhões de carros populares ou 3,1 bilhões de celulares simples, entre outros itens. A lista revela não apenas o valor expressivo da arrecadação, mas também o potencial impacto que esses recursos poderiam ter na melhoria da qualidade de vida da população, caso fossem investidos de forma mais eficaz.
Conforme os especialistas, o aumento contínuo da arrecadação, a sociedade brasileira enfrenta o desafio de assegurar que os recursos arrecadados se revertam em benefícios reais para a população, evidenciando a necessidade de uma gestão fiscal mais responsável e transparente. Eles estão em consonância quanto à urgência das discussões sobre a eficiência do gasto público e a melhoria dos serviços prestados à sociedade à medida que novas marcas de arrecadação são alcançadas.
Roberto Mateus Ordine, presidente da associação paulista, expressou satisfação e preocupação com o avanço na arrecadação. "Para nós, já era esperado atingir os 3 trilhões antecipados, batendo mais um recorde. Isso nos traz, de um lado, alegria pelo volume representado, mas, por outro, tristeza, pois essa arrecadação deveria beneficiar a população, o que, infelizmente, não está acontecendo", afirmou. Ele destacou a necessidade de mais investimentos, considerando que grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) está comprometida com custeio, limitando a faixa destinada a obras e programas de atendimento.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, ressaltou que o sistema tributário brasileiro é predominantemente baseado no consumo. "À medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. O crescimento da atividade econômica também impacta positivamente", explicou. Gamboa prevê que, se as condições atuais persistirem, é provável que a arrecadação antecipe ainda mais a marca de R$ 3 trilhões nos próximos anos.
João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), atribui o aumento da arrecadação às políticas fiscais implementadas pelo governo, que visam aumentar os impostos para lidar com a alta dos gastos públicos. Conforme ele, medidas como a reintegração das alíquotas de PIS e Cofins dos combustíveis e a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos são algumas das ações que contribuíram para o aumento da arrecadação. Olenike alertou, no entanto, que "arrecada-se bem, porém gasta-se mal", e expressou preocupação com a expectativa de que esse cenário se mantenha em 2025.
A ACSP também apresentou uma perspectiva sobre o que R$ 3 trilhões poderiam comprar. Com esse montante, seria possível adquirir 42,8 milhões de carros populares ou 3,1 bilhões de celulares simples, entre outros itens. A lista revela não apenas o valor expressivo da arrecadação, mas também o potencial impacto que esses recursos poderiam ter na melhoria da qualidade de vida da população, caso fossem investidos de forma mais eficaz.
Conforme os especialistas, o aumento contínuo da arrecadação, a sociedade brasileira enfrenta o desafio de assegurar que os recursos arrecadados se revertam em benefícios reais para a população, evidenciando a necessidade de uma gestão fiscal mais responsável e transparente. Eles estão em consonância quanto à urgência das discussões sobre a eficiência do gasto público e a melhoria dos serviços prestados à sociedade à medida que novas marcas de arrecadação são alcançadas.