Com o foco em buscar mais investimentos e inserção em mercados nacionais e internacionais para a economia gaúcha, foi lançada nesta quarta-feira (30) a Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Invest RS). O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo, adianta que agora a entidade passará por um processo de organização e estará funcionando a pleno no próximo ano, mas já deverá estar com um escritório físico operacional até o fim de 2024 no prédio que antigamente serviu de sede em Porto Alegre para o Grupo Ipiranga (na rua Dolores Alcaraz Caldas, bairro Praia de Belas).
“A agência terá uma postura mais proativa na atração de investimentos”, reforça o secretário. De acordo com Polo, também deverá ser estruturado um “mapa das profissões” para que o Estado conte com as informações da disponibilidade de mão de obra em cada área da economia e qual a distribuição desses recursos pelos municípios gaúchos.
O secretário explica que a Invest RS funcionará como um serviço social autônomo, através de um contrato de gestão com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no valor de R$ 17 milhões. Futuramente, outros contratos similares poderão ser firmados. A agência terá ainda a participação de associações privadas que terão representantes no seu conselho e seu estatuto permite que possa usufruir de aportes de fora do governo para a elaboração de determinadas ações ou missões.
Para Polo, a participação da sociedade é um fator fundamental para que a Invest RS obtenha sucesso. O presidente da nova agência será o ex-diretor do Tecnopuc e doutor em Ciência da Comunicação, Rafael Prikladnicki. “Não faltará ousadia e ambição, com responsabilidade, para a gente conecte o Rio Grande do Sul com o mundo”, afirma Prikladnicki.
O dirigente informa que a agência será composta por cerca de 30 profissionais oriundos das mais diversas áreas, como comércio exterior, economia, ciência da computação, entre outras. Ele relata que mais de 3,5 mil currículos foram encaminhados para o preenchimento das vagas.
A Invest RS foi apresentada juntamente com o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável em evento realizado na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Essa iniciativa é um amplo estudo que começou antes das enchentes, com metodologia da consultoria McKinsey. Trata-se de um diagnóstico do cenário econômico e um plano para definir os setores da economia estadual que têm potencial para serem alavancas para o desenvolvimento.
Sobre o plano, Polo compara a ferramenta a um “farol” que o Rio Grande do Sul seguirá nos próximos anos. Ele comenta que serão identificadas as potencialidades de crescimento para que se possa priorizar ações nesses segmentos da economia.
O governador Eduardo Leite vê os dois mecanismos (plano e agência) como uma oportunidade para elevar o PIB gaúcho. “E consolidar o Estado como um polo de atração de investimentos”, enfatiza o governador.
Segundo Leite, o objetivo é que o Rio Grande do Sul consiga, pelo menos, um incremento anual do seu PIB na ordem de 3% ao ano, até 2030, assim como aumentar sua produtividade na ordem de cerca de 20%. O governador recorda que nas últimas duas décadas a média do crescimento da economia gaúcha foi de aproximadamente 1,6% ao ano.
No entanto, ele ressalta que, se for colocado um destino em um sistema de GPS, o caminho não será apontado caso não se saiba de onde está saindo e por isso é essencial o Rio Grande do Sul ter mapeadas suas vantagens competitivas e gargalos.
Durante o encontro na Fundação Iberê Camargo, o governador convidou a diretora da Bebidas Fruki, Aline Eggers Bagatini, o CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, e o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, para falar de empreendedorismo no Rio Grande do Sul.
Os três principais focos do portfólio de serviços da Invest RS são:
•Inteligência de mercado: informações detalhadas para investidores sobre as características do Estado e diferenciais de seus setores estratégicos.
•Serviços ao investidor: aconselhamento especializado na construção de casos de negócios e estratégias de expansão, como a identificação de locais adequados para novos empreendimentos.
•Serviços ao exportador: detalhamento sobre processos e etapas envolvidos na exportação, incluindo cadeia logística, além de opções de financiamento.
Fonte: Governo do Estado.