O Hotel Kempinski Laje de Pedra, de Canela, que tem o conceito de economia compartilhada, através da compra de propriedades compartilhadas, já soma 400 proprietários. A informação foi divulgada pelo sócio do negócio, José Ernesto Marino Neto, que anuncia que a primeira fase do projeto será entregue em dezembro deste ano.
“Em janeiro, encerraremos a operação onde hoje funciona o 1835 (Carne e Brasa) e mudaremos para o edifício novo e começamos o retrofit do prédio antigo. Estamos dentro do cronograma”, detalha. A conclusão completa das obras do apart hotel, incluindo quatro piscinas, 10 bares e restaurantes, um teatro para 600 pessoas e um ball room de 700m², está prevista para 2026, mas a abertura oficial deve ocorrer durante o Carnaval de 2027.
A primeira fase do empreendimento, contemplando os blocos A, B e parte do C, está 100% vendida. O bloco C, aliás, terá vista para o vale.
“Será o lugar mais maravilhoso para uma festa de casamento no Brasil”, classifica Neto. Ele ressalta, ainda, que quer que o centro de eventos do Kempinski seja o local escolhido para reuniões das maiores empresas do País.
Desde o lançamento do projeto, os preços das propriedades compartilhadas subiram 25%, conforme o empreendedor, já que a demanda tem aumentado. “Se você comprar um apartamento de dois dormitórios na Serra, pagará R$ 1,5 milhão. O investimento para usar seis vezes por ano o Kempinski fica em R$ 600 mil, com custo de manutenção inferior”, compara Neto.
O tradicional Hotel Laje de Pedra operou por 45 anos, até 2020, antes de atrair investimentos da Kempinski. Essa história, inclusive, é um dos aspectos que definem os diferenciais do local.
“Localização inigualável, memórias afetivas e padrão ultra luxury estão entre as vantagens”, lista Neto. Os apartamentos terão entre 54m² e 216m².
Fechado desde 2020, o tradicional hotel da serra gaúcha pode se tornar o mais luxuoso do País
Kempinski Laje de Pedra/Divulgação/JC
Além dos muros do Kempinski, o paulista Neto tem um envolvimento intenso com o turismo da Serra. Nesta quarta-feira (30), ele participa do lançamento da coleção de livros Destinos, no Instituto Ling, mostrando a sofisticação da região.
O empreendedor também mobilizou investimentos no então aeródromo de Canela, que foi repassado para a Infraero recentemente a fim de receber voos comerciais. Antes mesmo das enchentes, ele havia solicitado estudos técnicos para que isso ocorresse.
“O público de alta renda do Brasil ainda não frequenta Gramado. Com o aeroporto de Canela, o pessoal com mais dinheiro de São Paulo e do Rio de Janeiro virá para cá. Será melhor ter casa na Serra Gaúcha do que em Campos do Jordão”, pondera.
Neto abordou os assuntos durante visita ao Jornal do Comércio, quando foi recebido pelo diretor-presidente, Giovanni Jarros Tumelero.