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Publicada em 25 de Outubro de 2024 às 16:06

Ecosul não terá concessão prorrogada; novos estudos ficam prontos até final do ano

O pedágio nas praças das rodovias é considerado um dos mais caros do Brasil, custando R$ 19,60 para veículos leves

O pedágio nas praças das rodovias é considerado um dos mais caros do Brasil, custando R$ 19,60 para veículos leves

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O contrato de concessão da Ecosul para administrar o Polo Rodoviário de Pelotas não será prorrogado, conforme informou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta sexta-feira (25). De acordo com uma nota enviada pelo órgão à reportagem, o "projeto citado não foi considerado apto para a repactuação". O prazo de concessão dos trechos das BR-392 e BR-116 termina em março de 2026. Atualmente, o pedágio nas praças dessas rodovias é considerado um dos mais caros do Brasil, custando R$ 19,60 para veículos leves.
O contrato de concessão da Ecosul para administrar o Polo Rodoviário de Pelotas não será prorrogado, conforme informou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta sexta-feira (25). De acordo com uma nota enviada pelo órgão à reportagem, o "projeto citado não foi considerado apto para a repactuação". O prazo de concessão dos trechos das BR-392 e BR-116 termina em março de 2026. Atualmente, o pedágio nas praças dessas rodovias é considerado um dos mais caros do Brasil, custando R$ 19,60 para veículos leves.
• LEIA MAIS: Prorrogação do contrato da Ecosul divide opiniões em pesquisas realizadas com usuários

A ANTT também informou que os estudos para a relicitação do trecho estão sendo conduzidos pela Infra S.A. O órgão aguarda a aprovação desses estudos pelo Ministério dos Transportes para dar prosseguimento ao projeto, com a realização da etapa de audiência pública. Questionada sobre o motivo que impediu a prorrogação do contrato, a ANTT afirmou, por meio de sua assessoria, que "não pode repassar esses detalhes, pois todos os termos em análise na SecexConsenso (TCU) são confidenciais."
A Infra S.A.  confirmou que está na fase final de elaboração dos estudos para a nova concessão do polo Rodoviário de Pelotas, no Rio Grande do Sul. "O trabalho é desenvolvido dentro das diretrizes estabelecidas pela nova Política de Concessões do Ministério dos Transportes e será submetido para aprovação da pasta até o final deste ano."

A reportagem entrou em contato com a Ecosul, que informou não ter sido comunicada  oficialmente da decisão. "Independentemente do desfecho das discussões sobre o futuro do Polo Rodoviário de Pelotas, a Ecosul reforça seu compromisso de seguir operando a rodovia e prestando todos os serviços de atendimento aos usuários, dentro dos padrões de qualidade e segurança, até o término do contrato de concessão, em março de 2026", declarou a empresa em nota.

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul) apontou que 89% dos usuários entrevistados do Polo Rodoviário de Pelotas acreditam que uma nova licitação com outra empresa reduziria as tarifas e aumentaria os investimentos na região. Em contrapartida, a Ecosul afirmou que, em uma pesquisa feita pelo Instituto de Opinião Pública (IPO), 72,6% dos entrevistados apoiavam a proposta de prorrogação da concessão com um novo modelo de contrato com a empresa. A Ecosul administra as rodovias desde 1998.

A assessoria da empresa informou ainda que o próximo reajuste do pedágio está previsto para 1º de janeiro, mas o valor ainda será calculado pela ANTT.

Entenda

A Ecosul pleiteava junto ao Ministério dos Transportes uma prorrogação de sua gestão por até quinze anos, propondo, como contrapartida, investimentos em infraestrutura e uma redução no valor da tarifa de pedágio para R$ 11. A empresa administra cinco praças de pedágio nos trechos da BR-116 e BR-392, no sul do Rio Grande do Sul. A proposta incluía também novas obras na BR-392 e na ponte sobre o Canal São Gonçalo, entre Pelotas e Rio Grande. O ministério chegou a demonstrar abertura para estender o contrato de concessão sob novos moldes.
 
 
 

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