O Aeroporto de Canela, na serra gaúcha, fechará no dia 28 de outubro para o início das obras. Com investimentos acima de R$ 30 milhões, as melhorias incluirão o alargamento da pista, a instalação de equipamentos de navegação, como o PAPI (Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão), sinalização, ampliação do pátio, projeto de terminal e área comercial. A expectativa é que as obras na pista estejam concluídas em menos de um mês. Com essas melhorias, o aeroporto estará apto a receber aeronaves ATR-72, com capacidade para 72 passageiros.
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O gerente interino do aeroporto de Canela, Joacir Araujo dos Santos, considera que o incremento na infraestrutura vai atrair um público à serra gaúcha que não costuma visitar o estado, devido à necessidade de pousar em Porto Alegre e realizar traslados. "Temos uma expectativa de demanda por causa do turismo. A tragédia climática mostrou a necessidade de atender à região, além de Porto Alegre e Caxias do Sul". Ele destacou que o aeroporto de Canela é um dos menores já operados pela Infraero e que a pista será alargada de 18 para 30 metros, acima do exigido pela legislação, além de receber recapeamento. "Nossa intenção é ter até quatro aeronaves do porte ATR-72 operando simultaneamente."
Após a conclusão das obras e a instalação do PAPI, que auxilia na navegação, começa o processo de homologação, que inclui análise cartográfica e testes da Força Aérea Brasileira (FAB). A partir daí, as companhias aéreas estarão aptas a operar rotas no terminal. No entanto, o gerente ressalta que isso dependerá do interesse do mercado. "Fazemos a infraestrutura e conversamos com a indústria, mas essa é uma decisão das aéreas", explicou. Ele acredita que, com as melhorias, "para este ano haja movimentação das empresas que têm condições de operar em Canela". Os recursos para as melhorias são 100% provenientes da Infraero, informou Santos.
Está prevista também a construção de um hangar para aviação particular. "Há pessoas que têm jatinho e gostariam de vir, mas não querem deixar a aeronave, que custa cerca de R$ 20 milhões, exposta", explicou.
O gerente interino do aeroporto de Canela, Joacir Araujo dos Santos, considera que o incremento na infraestrutura vai atrair um público à serra gaúcha que não costuma visitar o estado, devido à necessidade de pousar em Porto Alegre e realizar traslados. "Temos uma expectativa de demanda por causa do turismo. A tragédia climática mostrou a necessidade de atender à região, além de Porto Alegre e Caxias do Sul". Ele destacou que o aeroporto de Canela é um dos menores já operados pela Infraero e que a pista será alargada de 18 para 30 metros, acima do exigido pela legislação, além de receber recapeamento. "Nossa intenção é ter até quatro aeronaves do porte ATR-72 operando simultaneamente."
Após a conclusão das obras e a instalação do PAPI, que auxilia na navegação, começa o processo de homologação, que inclui análise cartográfica e testes da Força Aérea Brasileira (FAB). A partir daí, as companhias aéreas estarão aptas a operar rotas no terminal. No entanto, o gerente ressalta que isso dependerá do interesse do mercado. "Fazemos a infraestrutura e conversamos com a indústria, mas essa é uma decisão das aéreas", explicou. Ele acredita que, com as melhorias, "para este ano haja movimentação das empresas que têm condições de operar em Canela". Os recursos para as melhorias são 100% provenientes da Infraero, informou Santos.
Está prevista também a construção de um hangar para aviação particular. "Há pessoas que têm jatinho e gostariam de vir, mas não querem deixar a aeronave, que custa cerca de R$ 20 milhões, exposta", explicou.
Aviação regional não é concorrência, mas oportunidade, avaliam gestores
Durante a reunião-almoço da Federasul, realizada nesta quarta-feira (23) em Porto Alegre, os gestores dos aeroportos de Canela, Torres e Porto Alegre discutiram a crise na aviação durante as enchentes de maio e destacaram que o fortalecimento da aviação regional não é uma concorrência, mas uma oportunidade.
Para o responsável pelo aeroporto de Canela, o novo público que será atraído pela serra gaúcha não desceria no aeroporto de Porto Alegre. "Inicialmente, poderia se falar em concorrência com a Fraport, mas não é", afirmou. O gerente de aviação da Fraport Brasil, Pedro Navega, concordou. "Há espaço para desenvolvimento. Quando eu vendo Porto Alegre como opção de rota para as companhias aéreas, não é apenas pelo aeroporto, mas pelo que o estado tem a oferecer", disse.
Para o responsável pelo aeroporto de Canela, o novo público que será atraído pela serra gaúcha não desceria no aeroporto de Porto Alegre. "Inicialmente, poderia se falar em concorrência com a Fraport, mas não é", afirmou. O gerente de aviação da Fraport Brasil, Pedro Navega, concordou. "Há espaço para desenvolvimento. Quando eu vendo Porto Alegre como opção de rota para as companhias aéreas, não é apenas pelo aeroporto, mas pelo que o estado tem a oferecer", disse.
Segundo Navega, mais aeroportos regionais também ajudam na logística e no turismo sul-americano. "Há muito potencial a ser desenvolvido. Muitos turistas de países vizinhos chegam ao Brasil pelo Rio Grande do Sul, mas esse não é o destino final. A aviação regional é importante para desenvolver o estado como um todo. O Rio Grande do Sul tem a dimensão de países europeus, que têm mais rotas do que nós", ponderou.
Federasul promveu debate sobre desafios da aviação nesta quarta
Sèrgio González/Federasul/Divulgação/JC
O gestor interino do Aeroporto de Torres, Gessilney da Paz Gomes, destacou que o aeroporto no litoral norte fortalece o turismo rural e de praias. Além disso, ele mencionou que é "uma alternativa a Porto Alegre, Caxias do Sul, Jaguaruna e Florianópolis". Os investimentos na fase inicial somam R$ 2,2 milhões e incluem melhorias no muro e cerca, balizamento, instalação de PAPI, recapeamento, pintura da pista e do pátio.
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Com essas melhorias, ele afirmou que empresas já demonstraram interesse em criar um posto de abastecimento e construir hangares e terminais de carga. "Muitos pilotos perguntavam se havia posto de abastecimento, mas como não tinha, acabavam não vindo. Já os interessados nos terminais de carga têm a ver com a proximidade de Torres com Arroio do Sal, onde será construído o Porto Meridional. Todo esse investimento tende a trazer crescimento para o litoral norte", concluiu Gomes.
Com essas melhorias, ele afirmou que empresas já demonstraram interesse em criar um posto de abastecimento e construir hangares e terminais de carga. "Muitos pilotos perguntavam se havia posto de abastecimento, mas como não tinha, acabavam não vindo. Já os interessados nos terminais de carga têm a ver com a proximidade de Torres com Arroio do Sal, onde será construído o Porto Meridional. Todo esse investimento tende a trazer crescimento para o litoral norte", concluiu Gomes.