Após 148 dias, a Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, deixou de receber, desde segunda-feira, os voos comerciais que tinham sido transferidos do Aeroporto Salgado Filho, na Capital. O fim das operações de empresas aéreas comerciais na base militar ocorreu após a reabertura parcial do Salgado Filho, que ocorreu na manhã de segunda.
Responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul, o Salgado Filho teve que ser integralmente fechado no dia 3 de maio por causa da catástrofe climática que afetou mais de 2,34 milhões de pessoas e ceifou ao menos 183 vidas em quase todo o Estado e alagou as pistas de pouso e decolagem e o terminal de passageiros do aeroporto gaúcho.
O Salgado Filho passou cerca de 170 dias fechado, em obras ainda não integralmente finalizadas. Durante este tempo, autoridades aeroportuárias autorizaram a Base Aérea de Canoas a receber voos comerciais para suprir parte da demanda. A base também foi fundamental ao permitir a movimentação de aeronaves empregadas no resgate e transporte de vítimas das cheias e de suprimentos.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), entre o dia 27 de maio e a última segunda-feira, a Base Aérea de Canoas registrou mais de 1,2 mil pousos e decolagens, permitindo o transporte de cerca de 210 mil pessoas impedidas de usar o terminal do Salgado Filho.