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Publicada em 22 de Outubro de 2024 às 17:20

Eletrobras assina Memorando de Entendimentos com Ocean Winds mirando em eólicas offshore

Ideia é desenvolver projetos de geração de energia no mar

Ideia é desenvolver projetos de geração de energia no mar

Andy Buchanan/AFP/JC
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Agência Estado
A Eletrobras assinou nesta terça-feira (22), um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para atuar no setor de eólicas offshore (no mar) com a Ocean Winds (OW), que já tem experiência no segmento em outros países. De acordo com o diretor de desenvolvimento de negócios e de M&As da Eletrobras, Leonardo Soares Walter, a iniciativa "faz todo sentido" diante do pouco conhecimento que a companhia brasileira tem sobre o segmento e a atuação internacional da Ocean Winds (joint-venture formada pelas companhias EDP Renováveis e Engie).
A Eletrobras assinou nesta terça-feira (22), um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para atuar no setor de eólicas offshore (no mar) com a Ocean Winds (OW), que já tem experiência no segmento em outros países. De acordo com o diretor de desenvolvimento de negócios e de M&As da Eletrobras, Leonardo Soares Walter, a iniciativa "faz todo sentido" diante do pouco conhecimento que a companhia brasileira tem sobre o segmento e a atuação internacional da Ocean Winds (joint-venture formada pelas companhias EDP Renováveis e Engie).
Já o diretor de Desenvolvimento de Negócios Global da Ocean Winds, Rafael Munilla, explica que a ideia é alinhar distintas áreas de conhecimento, identificar em quais projetos as duas empresas podem atuar conjuntamente, além de influenciar o debate sobre a regulação do setor no Brasil. Não está claro qual será o investimento das duas companhias nesta frente nem o cronograma de trabalho. Segundo Walter, as informações estarão mais claras à medida que o regramento para o segmento avançar.
Em relação ao mau momento da indústria eólica, o executivo afirma "não ter dúvidas" que é uma fase, mas que as duas empresas têm atuação de longo prazo. "Quando vai acabar eu não sei dizer, o que a gente tem claro são sinais. Hoje temos um sinal de preço que aponta para uma necessidade de seguir os investimentos", destaca. Antes da privatização da Eletrobras, a companhia chegou a fechar um acordo nesta mesma linha com a Shell, que não avançou. O acordo desta terça-feira foi firmado durante o Brazil WindPower, evento do setor eólico que está sendo realizado em São Paulo.
A Ocean Winds atua no Brasil desde dezembro de 2020 e cadastrou cinco novos projetos de energia eólica offshore no País com capacidade combinada de 15 mil MW nas regiões do Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Na costa gaúcha, a empresa tem dois empreendimentos a serem desenvolvidos, chamados de Tramandaí Offshore e Ventos do Sul, que terão juntos uma capacidade instalada de 7,2 mil MW (o que poderia atender com sobra a demanda de energia de todo o Rio Grande do Sul). Essas iniciativas têm investimento estimado acima de R$ 100 bilhões e a OW já assinou memorando de entendimento com o governo gaúcho para o prosseguimento das ações.

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