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Publicada em 21 de Outubro de 2024 às 18:08

Dólar inverte sinal perto do fechamento e cai por movimento de ajuste

Moeda fechou sessão em queda de 0,15%, a R$ 5,6904

Moeda fechou sessão em queda de 0,15%, a R$ 5,6904

Arte/Jc
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Agência Estado
Depois de ter passado a maior parte do pregão com viés de alta, o dólar à vista passou a ceder e registrou nova mínima intradia, a R$ 5,6879, minutos antes do fechamento, devido a um movimento de ajuste técnico.Ainda assim, a demanda pela divisa americana subiu nesta segunda-feira (21) entre divisas fortes e a maior parte dos emergentes, com o mercado trabalhando com a possibilidade de um retorno do ex-presidente Donald Trump ao comando dos Estados Unidos e de que o Federal Reserve (Fed) corte os juros a "nível moderado", além de incertezas sobre o crescimento da China. Aqui, a preocupação com as contas públicas do País também segue no radar, bem como uma deterioração das expectativas de inflação.O dólar à vista fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,6904. Às 17h21min, o contrato para novembro caía 0,04%, a R$ 5,7040. Já o DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,47% (103,982 pontos), após superar 104 pontos pela primeira vez desde agosto na máxima do dia.A inversão de sinal da divisa americana em relação ao real poucos minutos antes do fechamento ocorreu por um movimento de realização e ajuste técnico pontual, depois de ter ficado na faixa de R$ 5,70 a maior parte do pregão, segundo o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, para quem havia uma expectativa no mercado sobre uma intervenção do Banco Central no câmbio, ainda que a autoridade monetária não tenha dado nenhum sinal neste sentido.Na parte da manhã, o dólar à vista tocou máxima intradia de R$ 5,7351 e mesmo durante a tarde a divisa apresentava um viés de alta. Segundo economista-chefe da Equador Investimentos, o mercado trabalha com um aumento de risco geopolítico em eventual retorno de Trump nos Estados Unidos, enquanto indicadores da economia americana na semana passada seguem surpreendendo para cima, indicando que o juro americano não vai cair tão rápido. "Todo esse contexto, de certa forma, fortalece o dólar lá fora", avalia.Ele pondera que os problemas domésticos, em especial o entendimento de que a dívida pública tende a crescer apesar da melhora do PIB, também pesaram na cotação do câmbio. Já o consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online, André Galhardo, mencionou os riscos inflacionários internos, com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira "mostrando um forte movimento de desancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025".Na cena internacional, destaque hoje também à China, onde banco central anunciou um corte de 25 pontos-base nas principais taxas do mercado, fazendo com que a chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano seja reduzida de 3,35% para 3,1%, enquanto a de 5 anos passou de 3,85% para 3,6%.
Depois de ter passado a maior parte do pregão com viés de alta, o dólar à vista passou a ceder e registrou nova mínima intradia, a R$ 5,6879, minutos antes do fechamento, devido a um movimento de ajuste técnico.

Ainda assim, a demanda pela divisa americana subiu nesta segunda-feira (21) entre divisas fortes e a maior parte dos emergentes, com o mercado trabalhando com a possibilidade de um retorno do ex-presidente Donald Trump ao comando dos Estados Unidos e de que o Federal Reserve (Fed) corte os juros a "nível moderado", além de incertezas sobre o crescimento da China. Aqui, a preocupação com as contas públicas do País também segue no radar, bem como uma deterioração das expectativas de inflação.

O dólar à vista fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,6904. Às 17h21min, o contrato para novembro caía 0,04%, a R$ 5,7040. Já o DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,47% (103,982 pontos), após superar 104 pontos pela primeira vez desde agosto na máxima do dia.

A inversão de sinal da divisa americana em relação ao real poucos minutos antes do fechamento ocorreu por um movimento de realização e ajuste técnico pontual, depois de ter ficado na faixa de R$ 5,70 a maior parte do pregão, segundo o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, para quem havia uma expectativa no mercado sobre uma intervenção do Banco Central no câmbio, ainda que a autoridade monetária não tenha dado nenhum sinal neste sentido.

Na parte da manhã, o dólar à vista tocou máxima intradia de R$ 5,7351 e mesmo durante a tarde a divisa apresentava um viés de alta. Segundo economista-chefe da Equador Investimentos, o mercado trabalha com um aumento de risco geopolítico em eventual retorno de Trump nos Estados Unidos, enquanto indicadores da economia americana na semana passada seguem surpreendendo para cima, indicando que o juro americano não vai cair tão rápido. "Todo esse contexto, de certa forma, fortalece o dólar lá fora", avalia.

Ele pondera que os problemas domésticos, em especial o entendimento de que a dívida pública tende a crescer apesar da melhora do PIB, também pesaram na cotação do câmbio. Já o consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online, André Galhardo, mencionou os riscos inflacionários internos, com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira "mostrando um forte movimento de desancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025".

Na cena internacional, destaque hoje também à China, onde banco central anunciou um corte de 25 pontos-base nas principais taxas do mercado, fazendo com que a chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano seja reduzida de 3,35% para 3,1%, enquanto a de 5 anos passou de 3,85% para 3,6%.

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