O avanço da Inteligência Artificial (IA) e sua incorporação em produtos, serviços e na relação entre fornecedores e clientes foi tema de uma reunião promovida pelo Fórum Latino-Americano de Defesa do Consumidor. O evento aconteceu no Palácio do Comércio, e contou com a participação do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Pucrs e do Tecnopuc, Jorge Audy.
Recém retornando da 41 IASP World Conference on Science Parks and Areas of Innovation, que aconteceu em Nairobi, Quênia, e discutiu o futuro dos ambientes de inovação , ele destaca que o tema número 1 em inovação no mundo é o uso da Inteligência Artificial.
"A tecnologia tem sido prioridade de desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social nos principais países do mundo, como China, Estados Unidos e Brasil. A Inteligência Artificial é transversal e pervasiva; seu potencial de impacto, que já é realidade, é enorme. Isso tem o efeito de mudar e transformar muitos segmentos de negócios, empregos, perfis profissionais e indústrias inteiras", destaca Audy.
Segundo ele, a IA é uma poderosa ferramenta nas mãos dos consumidores, capaz de gerar personalização de ofertas de forma sofisticada. No Tecnopuc, um dos principais hubs dedicados à IA e Ciência de Dados é o NAVI, patrocinado pelo Banrisul. "Vemos muitos projetos, empresas e startups desenvolvendo produtos com IA nos principais ambientes de inovação do mundo", acrescenta. O NAVI conecta startups, que estão aplicando IA em seus produtos e já têm um MVP (Mínimo Produto Viável), com clientes e usuários.
O vice-presidente de Tecnologia e Inovação do Fórum, Renato de Oliveira, destacou o encontro e o debate desse tema estratégico. "A Inteligência Artificial está mudando completamente as relações sociais. No caso das decisões de consumo, isto é potencialmente grave, pois pode transformar os indivíduos em consumidores rigorosamente inconscientes e inconsequentes", avalia.
Fintechs brasileiras apostam em crescimento sustentável
Marcondes diz que startups de finanças estão adotando abordagens mais cautelosas
PwC Brasil/Divulgação/JCAs fintechs brasileiras estão em um momento de consolidação e estabilidade, após enfrentarem um período de desaceleração no crescimento, de acordo com a pesquisa Fintech Deep Dive, realizada pela PwC Brasil em parceria com a ABFintechs.
A busca por sustentabilidade financeira e otimização de recursos são prioridades apontadas pelo estudo. A automação, a inteligência artificial (IA) e o blockchain estão no centro das estratégias dessas empresas para aumentar a competitividade e a eficiência no mercado.
O levantamento também indica que o mercado B2B (business-to-business) ganhou força, representando 64% das operações, contra 40% no ano anterior. O aumento reflete uma tendência de foco no atendimento a empresas, especialmente pequenas e médias, com destaque para as áreas de crédito e meios de pagamento.
Embora 73% das fintechs participantes tenham menos de cinco anos de fundação e dois terços contem com equipes de até 20 colaboradores, mais da metade (51%) já alcançou o ponto de equilíbrio financeiro e apresenta um percentual moderado de crescimento, entre 1% e 50%. Isso indica que o ambiente econômico está mais estável, sem fortes oscilações, mas também demonstra que as estratégias de negócios estão mais moderadas.
"Observamos que as fintechs estão adotando naturalmente uma abordagem ainda cautelosa de crescimento e captação de investimentos", avalia Willer Marcondes, sócio da Strategy& e líder de consultoria em serviços financeiros da PwC. A pesquisa também aponta uma mudança no perfil de financiamento dessas startups. Em 2023, 38% das fintechs dependiam de investimentos externos, principalmente fundos de capital de risco. Neste ano, esse percentual caiu para 15%, refletindo uma busca por maior autonomia financeira. O capital próprio, agora, representa 69% das fontes de financiamento.
Os empreendedores estão otimistas com os resultados para 2024: mais da metade das fintechs (55%) preveem crescimento superior a 100%, ante 41% no ano anterior. A projeção reforça a confiança das empresas na recuperação econômica e no fortalecimento do setor.
Entre os desafios destacados pelo estudo, a falta de visibilidade da marca é um obstáculo apontado por 46% dos entrevistados (em 2023, apenas 26% das fintechs citavam essa dificuldade). Além disso, a concorrência, que no ano anterior preocupava apenas 4% das empresas, agora é mencionada por 32%. Por outro lado, a crise econômica e política, que em 2023 era uma preocupação para 52% das fintechs, caiu para 25% neste ano.
Para Diego Perez, presidente da ABFintechs, as startups do setor financeiro têm demonstrado resiliência e capacidade de adaptação. "Se adaptaram bem ao cenário recente de incerteza econômica e restrição de capital", comenta.
Stefanini Cyber projeta faturamento acima de R$ 200 milhões
Leidivino Natal acaba de ser nomeado CEO Global da Stefanini Cyber
Stefanini Cyber/Divulgação/JCA Stefanini Cyber, plataforma de inteligência e cibersegurança do Grupo Stefanini, dobrou de tamanho em relação a 2023 e espera fechar o ano com faturamento global acima de R$ 200 milhões.
Como parte da estratégia de consolidar as marcas Protega e Safeway, a empresa nomeou Leidivino Natal como CEO Global e Umberto Rosti como CEO Brasil.
Com a crescente ameaça de ataques cibernéticos potencializados por Inteligência Artificial generativa, a Stefanini Cyber oferece soluções "one stop shop" para atender à demanda por segurança digital. "Nosso propósito é cocriar soluções para um futuro digital mais seguro", afirma Leidivino Natal.