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Publicada em 16 de Outubro de 2024 às 18:14

Dólar sobe com cenário externo adverso e espera por medidas no fiscal

Moeda encerrou sessão em alta de 0,14%, a R$ 5,6651

Moeda encerrou sessão em alta de 0,14%, a R$ 5,6651

Arte/Jc
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Agência Estado
Após um pregão volátil, o dólar fechou nesta quarta-feira (16) em leve alta ante o real, decorrente de um cenário externo mais adverso para moedas emergentes e enquanto o mercado cobra medidas concretas por parte do governo sobre o cenário fiscal. O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,6651. Por volta das 17h40min, o contrato para novembro subia 0,21%, a R$ 5,6720. O DXY, que mede a divisa americana ante uma cesta de pares fortes também avançou (+0,29%), a 103,561 pontos, no maior nível desde agosto.O cenário externo é o maior fator de pressão para o real nesta quarta-feira, na avaliação de Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora. "O mercado está reavaliando expectativa sobre o Fed e isso está pegando, enquanto também há chance de que o Trump ganhe a eleição americana, o que embutiria maior taxação em cima de guerra comercial", afirma. A possibilidade de que o Fed diminua o ritmo de corte na taxa de juros, bem como propostas mais protecionistas de Trump, tendem a diminuir a atratividade de divisas emergentes, como é o caso do real.Estes dois fatores levaram a Western Asset a elevar sua projeção de câmbio para o final deste ano de R$ 5,40 com viés de alta para R$ 5,50, com manutenção do viés de alta. "Nesse balanço de risco, acreditamos que o real deve se depreciar mais do que o esperado anteriormente. Mas ainda vemos uma acomodação no patamar abaixo do que se prevalece hoje", diz Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.Na parte da tarde, falas de Haddad negando que as empresas estatais sairão do arcabouço fiscal e que o marco terá "vida longa" chegaram a contribuir para que o real testasse leve alta, mas o movimento não se manteve. Para Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos, a fala de Haddad ajudou em termos de expectativas, de que o governo irá cumprir com o arcabouço, mas o "mercado ainda não tem segurança total porque ainda não foram anunciadas medidas concretas".Ainda assim, a valorização do dólar ante o real nesta quarta foi bem menos expressiva do que a vista no peso mexicano, que teve a pior performance entre a cesta de moedas emergentes e exportadoras de commodities. Às 17h40min, a divisa norte-americana subia 0,99% ante o peso mexicano, acumulando alta de cerca de 4% no mês de outubro e de 17% no ano.
Após um pregão volátil, o dólar fechou nesta quarta-feira (16) em leve alta ante o real, decorrente de um cenário externo mais adverso para moedas emergentes e enquanto o mercado cobra medidas concretas por parte do governo sobre o cenário fiscal. O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,6651. Por volta das 17h40min, o contrato para novembro subia 0,21%, a R$ 5,6720. O DXY, que mede a divisa americana ante uma cesta de pares fortes também avançou (+0,29%), a 103,561 pontos, no maior nível desde agosto.

O cenário externo é o maior fator de pressão para o real nesta quarta-feira, na avaliação de Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora. "O mercado está reavaliando expectativa sobre o Fed e isso está pegando, enquanto também há chance de que o Trump ganhe a eleição americana, o que embutiria maior taxação em cima de guerra comercial", afirma. A possibilidade de que o Fed diminua o ritmo de corte na taxa de juros, bem como propostas mais protecionistas de Trump, tendem a diminuir a atratividade de divisas emergentes, como é o caso do real.

Estes dois fatores levaram a Western Asset a elevar sua projeção de câmbio para o final deste ano de R$ 5,40 com viés de alta para R$ 5,50, com manutenção do viés de alta. "Nesse balanço de risco, acreditamos que o real deve se depreciar mais do que o esperado anteriormente. Mas ainda vemos uma acomodação no patamar abaixo do que se prevalece hoje", diz Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.

Na parte da tarde, falas de Haddad negando que as empresas estatais sairão do arcabouço fiscal e que o marco terá "vida longa" chegaram a contribuir para que o real testasse leve alta, mas o movimento não se manteve. Para Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos, a fala de Haddad ajudou em termos de expectativas, de que o governo irá cumprir com o arcabouço, mas o "mercado ainda não tem segurança total porque ainda não foram anunciadas medidas concretas".

Ainda assim, a valorização do dólar ante o real nesta quarta foi bem menos expressiva do que a vista no peso mexicano, que teve a pior performance entre a cesta de moedas emergentes e exportadoras de commodities. Às 17h40min, a divisa norte-americana subia 0,99% ante o peso mexicano, acumulando alta de cerca de 4% no mês de outubro e de 17% no ano.

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