Não existe certeza de como irá se comportar a bolsa de valores no próximo ano. Mas quem tiver paciência e serenidade, vai ganhar dinheiro em até cinco anos. A avalição foi feita pelos participantes do terceiro painel do Fórum Econômico, realizado na tarde desta quinta-feira, no Instituto Caldeira. O evento foi promovido pela Propósito - Boutique Financeira e Jornal do Comércio, reunindo mais de 500 pessoas.
Com o objetivo discutir o mercado financeiro e aproximar os principais players locais, o Fórum teve também dois painéis voltados não só para profissionais da área, mas para interessados e novos investidores no mercado financeiro. Ao discorrerem sobre o Cenário e Investimentos no Brasil, Frederico Vontobel, da Vokin Investimentos, Rafael Weber, da RJI Investimentos, e Werner Roger, da Trigono Capital, apontaram a possibilidade de uma alta no mercado de ações. Porém, se ressentem sobre a altos dos juros.
“A renda variável sempre acaba sendo mal vista em ciclos de aperto monetário, mas é neste momento em que ela fica mais atrativa”, observou Weber, ao destacar que o momento é desafiador, semelhante ao ocorrido em 2015. “E em 2016 a Bolsa subiu muito”, lembrou, sugerindo que, em breve, investidores poderão ter bons retornos.
Para o CIO da Trígono Capital, Werner Roger, há outros aspectos que podem ser considerados. Quando houver a queda de juros e o PIB aumentar, movimento que vem se consolidando, o investidor estrangeiro ficará mais confortável para voltar a olhar para o país. "A China também deve estar no foco e, este é o ano do dragão. O Brasil é um apêndice da China, se há movimentos positivos por lá, há por aqui na sequência, avaliou Roger, lembrando também que o comportamento positivo da China também refletirá positivamente.
Ainda mais otimista que os demais, Weber acredita que este momento está próximo. "Estamos vivendo um momento semelhante a 2015. Em 2016, a bolsa subiu 40% e algumas empresas, 100%", disse. O executivo também citou estratégias para combater a volatilidade, mesclando a carteira com papéis mais tradicionais e outros mais emergentes.
O mercado não está funcionando na normalidade, mas investir na Bolsa de Valores, seja em empresas tradicionais, seja nas emergentes, como citou o executivo da Vokin, ainda é o mais seguro. “São as empresas que geram riqueza no mundo, as que mais geram impostos. Faz sentido comprar ‘pedaços’ de empresas”, disse Vontobel.
O último painel foi dedicado à regulação. De acordo com o advogado Carlos Zanini, ainda temos distorções e desafios, como o IOF, que está com os dias. contados.