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Publicada em 10 de Outubro de 2024 às 15:56

Estudo de viabilidade de duplicação da BR-290 de Pantano Grande a Rosário do Sul inicia neste ano

Superintendente Regional do Dnit no RS, Hiratan Pinheiro, cita que trechos da rodovia já estão sendo trabalhados

Superintendente Regional do Dnit no RS, Hiratan Pinheiro, cita que trechos da rodovia já estão sendo trabalhados

Karine Viana/Divulgação/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A duplicação de 376 quilômetros da BR-290 entre Eldorado do Sul e Rosário do Sul é vista como uma obra estratégica para o Rio Grande do Sul porque a rodovia é considerada como fundamental para a logística da nova planta de celulose que a CMPC pretende construir em Barra do Ribeiro e que significará um investimento de R$ 24 bilhões. As obras para a duplicação do trecho de 115 quilômetros entre Eldorado do Sul a Pantano Grande já foram contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) para chegar até Rosário do Sul começará antes do final de 2024.
A duplicação de 376 quilômetros da BR-290 entre Eldorado do Sul e Rosário do Sul é vista como uma obra estratégica para o Rio Grande do Sul porque a rodovia é considerada como fundamental para a logística da nova planta de celulose que a CMPC pretende construir em Barra do Ribeiro e que significará um investimento de R$ 24 bilhões. As obras para a duplicação do trecho de 115 quilômetros entre Eldorado do Sul a Pantano Grande já foram contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) para chegar até Rosário do Sul começará antes do final de 2024.
Sobre o segmento já em obras, o superintendente Regional do Dnit no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro, informa que a iniciativa deve absorver um aporte de mais de R$ 800 milhões. Se tudo transcorrer dentro da normalidade, ele estima que em 2026 a duplicação entre Eldorado do Sul a Pantano Grande será finalizada.
Ainda sobre ações de infraestrutura rodoviária, o dirigente detalha que para a contratação das obras necessárias para terminar as alças de acesso da segunda ponte do Guaíba, em Porto Alegre, será preciso antes realizar a desapropriação de áreas no entorno do complexo. Ainda na região Metropolitana, o Dnit inaugurou, recentemente, novas pontes sobre o Rio dos Sinos, em São Leopoldo, na BR-116. Com isso, as pontes antigas serão desmanchadas e reconstruídas mais elevadas para, conforme Pinheiro, dar maior segurança em caso de novas catástrofes climáticas.
Quanto ao modal hidroviário, também afetado pelas enchentes e consequente assoreamento, o superintendente Regional do Dnit diz que a questão da batimetria (medição) da hidrovia gaúcha deve ser pautada na diretoria colegiada do departamento, na próxima semana, para autorização e assinatura de contrato. Ele espera que neste mês o contrato seja firmado e que o serviço comece ainda neste ano.
Pinheiro assinala que o objetivo dessa batimetria é identificar quais os pontos emergenciais e o material que deve ser dragado para que não se tranque o fluxo de embarcações. Além da Lagoa dos Patos, Guaíba, rios Jacuí, Taquari e Sinos, será feita a avaliação da Lagoa Mirim. “Nós já tínhamos a licitação da dragagem da Lagoa Mirim, mas com esse evento (climático) achamos melhor suspender a licitação e reavaliar o local”, frisa o representante do Dnit.
De acordo com o dirigente, a batimetria é um levantamento que levará de três a quatro meses para ser feito completamente. “Porém, isso é todo ele, então a gente vai pontuar locais principais para dar velocidade (ao processo)”, afirma Pinheiro. Assim, a batimetria, que tem um valor destinado de R$ 18 milhões, foi dividida em quatro lotes. Concluída essa etapa, se passará para a fase da dragagem, obra que tem uma estimativa inicial de absorver de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões. Todo esse serviço deverá levar mais de um ano para ser terminado.
Pinheiro participou nesta quinta-feira (10) da 12ª edição do Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística realizado pela Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul, no Hotel Deville Prime, em Porto Alegre. Também integrou o evento o diretor comercial do Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, Rodrigo Velho, que ressaltou que o Porto do Rio Grande tem potencial para ser um concentrador de cargas dentro do Mercosul.
“Nós conseguimos neste ano atingir um feito significativo que é fazer com que um serviço de linha regular de longo curso venha da Ásia a Rio Grande e descarregue aqui as cargas de Buenos Aires e Montevidéu, para fazer uma conexão com um navio alimentador (de menor porte que segue para os destinos finais com as mercadorias)”, comemora Velho. Essa ação é feita pelo armador sul-coreano Hyundai Merchant Marine (HMM) com embarcação da Bengal Tiger Line (BTL).
Na área de tecnologia, o dirigente salienta que o Tecon está atuando com automação de cais e de pátio para aumentar a eficiência operacional. “Equipamentos e veículos eletrificados e autônomos talvez sejam o futuro com que a gente possa trabalhar em alguns anos”, projeta Velho.

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