Com a proposta de promover a cooperação comercial e a facilitação na geração de oportunidades de negócios entre o Brasil e o Cazaquistão, a terceira reunião do Comitê Empresarial Brasil-Cazaquistão foi realizada nesta quinta-feira (10) na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. O encontro tratou também de como reduzir eventuais barreiras para expansão das atividades dos dois países. O evento contou com a participação de empresas e entidades do Brasil e do Cazaquistão.
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Porcello Petry, disse que o Cazaquistão é um mercado novo e promissor para o Brasil e sobretudo para o Rio Grande do Sul. "Sabemos que as relações bilaterais entre o Rio Grande do Sul e o Cazaquistão ainda são modestas em valores e concentrado em determinados produtos como carne, tabaco, combustíveis e fertilizantes", destaca. Petry ressalta que a comitiva do Cazaquistão visitou as empresas Tramontina, Marcopolo e Casa Valduga na quarta-feira (9). "Tivemos uma conversa muito boa com a Tramontina sobre a possibilidade de colocar lojas com seus produtos no Cazaquistão", acrescenta Petry.
O vice-presidente da CNI destaca que a ideia é fortalecer a cooperação e ampliar ainda mais a potencialidade de negócios bilaterais com o Cazaquistão. "A CNI e a Fiergs já realizaram importantes eventos no Cazaquistão para fomentar negócios e ampliar o conhecimento entre as nossas regiões", acrescenta.
O embaixador do Cazaquistão no Brasil, Bolat Nussupov, destaca que após o evento os dois países pretendem implementar ações comerciais na área internacional. "Os dois países tem um grande potencial que não é realizado nas áreas da agricultura, da indústria, do comércio, da educação e da cultura", comenta. Nussupov disse que estava muito feliz pelo Rio Grande do Sul buscar a parceria com o seu país.
Conforme o embaixador do Cazaquistão no Brasil, o país é uma ponte entre a Europa e a Ásia e entre a China e a União Europeia. "Muitos itens exportados da China para a Europa passam pelo Cazaquistão como rota de seda", afirma. Para Nussupov, o Brasil tem um grande potencial para explorar essa oportunidade de utilizar o Cazaquistão como intermediador de comércio entre China e Europa. Uma vez que o Brasil é parceiro da Ásia e da Europa e o Cazaquistão pode ajudar nessa expansão de comércio.
Embaixador Bolat Nussupov afirma que Cazaquistão é uma ponte entre a Europa e a China e pode ajudar o Brasil
Dudu Leal/Fiergs/Divulgação/JC
O vice-presidente do Conselho de Administração da QazIndustry, Alibek Shakimo, disse que o conselho empresarial é uma plataforma importante para discutir e identificar áreas potenciais ao estabelecer contato direto entre representantes empresariais dos dois países. Segundo Shakimo, é gratificante que esteja sendo dado continuidade nos negócios entre o Cazaquistão e o Brasil.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, disse que é uma grande oportunidade do Estado para ampliar as relações comerciais já que o Cazaquistão é um país que está crescendo muito. "Temos muitas semelhanças com o Cazaquistão, principalmente no agronegócio (produção de alimento), de tecnologia e na produção de energias renováveis. São diversas possibilidades de negócios com o Rio Grande do Sul que surgem dessa relação comercial", ressalta.
Foram assinados memorandos de cooperação com o Cazaquistão nas áreas do cultivo de soja entre as empresas Ecosoya, LLP e Savana Sementes. Foi firmado também um acordo na área de processamento de carne de frango e com o Centro de Indústria e Exportação do Cazaquistão (QazIndustry) e os cônsules honorários do Cazaquistão.