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Publicada em 03 de Outubro de 2024 às 14:35

CMPC aborda inovação na preservação ambiental em evento na PUCRS

O coordenador de Viveiro e Pesquisa da CMPC, Franco Quevedo, participou de um dos painéis do Tecnopuc Experience

O coordenador de Viveiro e Pesquisa da CMPC, Franco Quevedo, participou de um dos painéis do Tecnopuc Experience

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Quando a Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) confirmou um investimento de R$ 24 bilhões no Rio Grande do Sul, em abril deste ano, o Estado ainda não tinha sido atingido pela maior tragédia climática da sua história. Mesmo assim, o projeto para a instalação da nova sede em Barra do Ribeiro e as estratégias de atuação na unidade já existente em Guaíba já previam rigorosos estudos de impacto ambiental. Para atingir esses objetivos, a multinacional chilena aposta na inovação e experimenta novas utilidades para ferramentas digitais na preservação da natureza.
Quando a Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) confirmou um investimento de R$ 24 bilhões no Rio Grande do Sul, em abril deste ano, o Estado ainda não tinha sido atingido pela maior tragédia climática da sua história. Mesmo assim, o projeto para a instalação da nova sede em Barra do Ribeiro e as estratégias de atuação na unidade já existente em Guaíba já previam rigorosos estudos de impacto ambiental. Para atingir esses objetivos, a multinacional chilena aposta na inovação e experimenta novas utilidades para ferramentas digitais na preservação da natureza.
Com esse foco, o coordenador de Viveiro e Pesquisa da CMPC, Franco Quevedo, participou de um dos painéis do Tecnopuc Experience, evento promovido pelo Parque Científico e Tecnológico da Pucrs, nesta quinta-feira (3). Ao Jornal do Comércio, o especialista detalhou sobre as tecnologias e novas abordagens para enfrentar desafios ambientais e impulsionar o crescimento sustentável no setor de papel e celulose.


Jornal do Comércio - Quais são estratégias de preservação ambiental adotadas pela companhia?
Franco Quevedo - Estamos iniciando o “Projeto Natureza”, que é a construção de uma nova fábrica aqui no Rio Grande do Sul, em Barra do Ribeiro, e a CMPC vem passando por uma mudança cultural muito grande. E um dos pilares de crescimento desta nova fase é a de pesquisa e a inovação. Através desses processos, nós vamos mudando a característica da empresa, que nasceu no Chile e com características bastante familiares, e agora ela está se expandindo. Ela quer ser uma das 10 melhores do mundo em celulose, por meio do melhoramento genético, da melhoria da qualidade da madeira e de toda parte de sustentabilidade.


JC - Que medidas estão sendo tomadas para se atingir esses objetivos?
Quevedo - Hoje a gente tem um escritório aqui dentro da PUCRS para estarmos cada vez mais perto desse ambiente de inovação e de startups. Esse é um trabalho que se traduzindo nos últimos meses com a criação de um processo dentro da da CMPC chamado Bioeconomia para impulsionar essa parte de pesquisa e inovação na empresa.

JC - Quais lições você acha que a CMPC tirou da tragédia ocorrida no RS?
Quevedo - A CMPC se caracteriza por ter uma maior sustentabilidade das suas áreas, com muitas reservas legais. Além disso, a gente respeita a legislação nesse sentido e faz mais ainda do que aquilo que ela pede. Mas também a gente vai colocar a mão na massa e nós somos um dos parceiros do Estado para essa reconstrução.

JC - De que forma a empresa está trabalhando neste momento de retomada do Estado?
Quevedo - Vários assuntos estão sendo discutidos, e cada vez mais a empresa vem se preparando para esse momento de mudanças climáticas que vem acontecendo. Na parte de pesquisa, isso já vem sendo tratado há alguns anos, sempre com o monitoramento e trabalhando com pesquisadores, buscando entender, em um primeiro momento, como que esse impacto vai se dar na nossa produtividade. Mas também tendo esse olhar bastante crítico e positivo junto aos nossos parceiros, aos nossos vizinhos, para entender tudo aquilo que vai impactar.

JC - Na sua opinião, qual é a relação entre a tecnologia e o meio ambiente?
Quevedo - Totalmente relacionado. Vou te dar um exemplo de um trabalho muito inovador, que nasceu aqui no Rio Grande do Sul. Na área de operações florestais, nós vamos trabalhando com drones. Fazemos as nossas atividades de forma muito mais precisa com drones do que antigamente se faziam com outros equipamentos na aplicação de herbicidas. Nas nossas áreas, tínhamos um gasto de água para preparar o herbicida, mas como o drone é muito específico, atinge pontos localizados e faz com que a gente reduza em mais de 90% o consumo de água nessa atividade. Isso é a tecnologia ajudando o meio ambiente.
Fora outras coisas, como um processo Restauração Florestal, onde a gente entendeu que poderia usar tecnologia, a técnica e a ciência para recuperar o meio ambiente, e isso tem sido bastante feito. Principalmente também entendendo como as nossas florestas funcionam, trazendo produtos biológicos para controle de pragas, sem que afete o meio ambiente. Porque hoje as florestas da CMPC são os refúgios dos animais que já não tem mais onde se esconder.

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