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Publicada em 02 de Outubro de 2024 às 17:40

Semeadura da soja começa em ritmo lento no Rio Grande do Sul

Período de semeadura iniciou nesta terça-feira e segue até dia 28 de janeiro, mas maior parte dos produtores deve realizar o processo até final de novembro

Período de semeadura iniciou nesta terça-feira e segue até dia 28 de janeiro, mas maior parte dos produtores deve realizar o processo até final de novembro

TÂNIA MEINERZ/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
A semeadura da soja para a safra 2024/2025 começou no Rio Grande do Sul. Conforme a portaria 1.111, de 13 de maio de 2024, o período para o plantio segue até o dia 28 de janeiro de 2025. O vazio sanitário da soja, essencial para evitar a Ferrugem Asiática da Soja (FAS), causada por um fungo que afeta a produção, encerrou-se em 30 de setembro. Até essa data e durante os 90 dias que a precederam, nenhum produtor pôde ter plantas de soja. Apesar da liberação para o plantio, poucas áreas foram semeadas até o momento.De acordo com Elder Dal Pra, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emater/RS-Ascar, ainda é cedo para falar sobre a semeadura. "Temos poucas áreas sendo plantadas. Há um pouco na Região Oeste, mas em baixa escala", ponderou.Segundo ele, a expectativa é que a próxima safra não enfrente intempéries severas e que a produção de 2024/2025 apresente crescimento. Por isso, embora o período de plantio vá até janeiro, ele acredita que a maioria dos produtores semeará até o final de novembro. O produtor Eduardo Gonçalves, de Viamão, é um dos que ainda não começou o plantio. Ele afirmou que, devido às chuvas, planeja iniciar em novembro.
A semeadura da soja para a safra 2024/2025 começou no Rio Grande do Sul. Conforme a portaria 1.111, de 13 de maio de 2024, o período para o plantio segue até o dia 28 de janeiro de 2025. O vazio sanitário da soja, essencial para evitar a Ferrugem Asiática da Soja (FAS), causada por um fungo que afeta a produção, encerrou-se em 30 de setembro. Até essa data e durante os 90 dias que a precederam, nenhum produtor pôde ter plantas de soja. Apesar da liberação para o plantio, poucas áreas foram semeadas até o momento.

De acordo com Elder Dal Pra, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emater/RS-Ascar, ainda é cedo para falar sobre a semeadura. "Temos poucas áreas sendo plantadas. Há um pouco na Região Oeste, mas em baixa escala", ponderou.

Segundo ele, a expectativa é que a próxima safra não enfrente intempéries severas e que a produção de 2024/2025 apresente crescimento. Por isso, embora o período de plantio vá até janeiro, ele acredita que a maioria dos produtores semeará até o final de novembro. O produtor Eduardo Gonçalves, de Viamão, é um dos que ainda não começou o plantio. Ele afirmou que, devido às chuvas, planeja iniciar em novembro.
Apesar das chuvas recentes no RS, o Brasil enfrenta, neste ano, a pior seca registrada desde o início da atual série histórica, em 1950, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A seca afeta uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados – 58% do território nacional e 500 mil a mais do que em 2015. O Rio Grande do Sul também deve ter um clima mais seco este ano.
Mesmo com as condições do clima, os dados de julho deste ano da Emater/RS-Ascar projetam uma área de 6,8 milhões de hectares para a safra de soja gaúcha 2024/2025, um aumento de 1,54% em relação à temporada passada (6,7 milhões de hectares). As estimativas apontam ainda uma produção de 21,6 milhões de toneladas da oleaginosa, contra 18,2 milhões de toneladas da safra anterior, o que representa uma diferença de 18,5%. O rendimento médio previsto é de 3.179 kg por hectare, em comparação com 2.809 kg por hectare na última temporada, um crescimento de cerca de 13%.

Emater lança Programa Monitora Ferrugem no dia 14 de outubro


No dia 14 de outubro, a Emater lançará o Programa Monitora Ferrugem. Semanalmente, os técnicos divulgam um relatório para que os agricultores saibam como está a situação em suas regiões. O Programa Monitora Ferrugem RS tem como estratégia metodológica a detecção da presença de esporos associada às condições meteorológicas, para gerar mapas indicativos de predisposição da ocorrência da FAS e auxiliar técnicos e produtores, na tomada de decisão e adoção de medidas de manejo da doença.

O que é o vazio sanitário?

Estabelecido pela portaria SDA/Mapa nº 1.111 (13/05/2024), o vazio sanitário da soja se estendeu até 30 de setembro de 2024 em todas as regiões do Estado. Durante esse período, é proibido manter plantas de soja vivas em qualquer estágio de desenvolvimento. O vazio sanitário varia de acordo com a região do País.

A política foi instituída pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) como medida fitossanitária para controlar a ferrugem da soja, com a obrigatoriedade de 90 dias sem a cultura ou plantas voluntárias no campo. A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo causar danos que variam de 10% a 90% da produção, dependendo da região.

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