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Publicada em 01 de Outubro de 2024 às 17:10

RS é o segundo estado em potência de geração distribuída solar no campo

Avanço das baterias deve impulsionar ainda mais segmento fotovoltaico

Avanço das baterias deve impulsionar ainda mais segmento fotovoltaico

Divulgação MTR Solar/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Dos quase 3 mil MW de potência instalada em geração distribuída solar (em que o consumidor produz sua própria energia) no Rio Grande do Sul, em torno de 572 MW estão concentrados no setor rural. Esse desempenho coloca o Estado na vice-liderança desse segmento no Brasil, superado apenas por Minas Gerais, com em torno de 870 MW. No total do País, o campo verifica aproximadamente 4,6 mil MW de capacidade através de painéis fotovoltaicos, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Dos quase 3 mil MW de potência instalada em geração distribuída solar (em que o consumidor produz sua própria energia) no Rio Grande do Sul, em torno de 572 MW estão concentrados no setor rural. Esse desempenho coloca o Estado na vice-liderança desse segmento no Brasil, superado apenas por Minas Gerais, com em torno de 870 MW. No total do País, o campo verifica aproximadamente 4,6 mil MW de capacidade através de painéis fotovoltaicos, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Apesar de ter praticamente dobrado de potência em cerca de dois anos, passando de 243 MW para o patamar atual, a coordenadora estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e diretora da Solled Energia, Mara Schwengber, informa que tanto no segmento do agronegócio, como de uma maneira em geral, o crescimento da energia solar não é mais tão exponencial como até 2022. “Mas, continua crescendo, ano após ano, e a gente percebe esse aumento nas instalações”, frisa a dirigente.
Essa “desacelerada” se deve, especialmente, a mudanças regulatórias que alongaram o tempo do retorno do investimento na instalação de sistemas fotovoltaicos. No entanto, Mara salienta que os subsídios na conta da luz do produtor rural vêm reduzindo e, por outro lado, o custo da energia para esses consumidores vem subindo, o que ainda deixa atrativa a geração distribuída.
“Hoje, um dos principais custos envolvidos nessa atividade, tirando os insumos para o agronegócio, é a energia”, assinala a representante da Absolar. Mara destaca ainda que o preço dos equipamentos fotovoltaicos está caindo com o passar do tempo, tendo reduzido cerca de 40%, se comparado com o que se praticava em 2022.
Uma vantagem para o produtor rural em relação ao consumidor de energia no meio urbano para o emprego da geração distribuída, apontada pela dirigente, é o fato dele normalmente ter mais disponibilidade de espaço para colocar os sistemas fotovoltaicos. Essa situação, argumenta Mara, permite ao produtor rural enxergar a energia solar como uma oportunidade de negócios, não somente uma solução para si. Ela detalha que há proprietários aproveitando parte das suas terras para a instalação de pequenas usinas fotovoltaicas destinadas a serem alugadas.
A coordenadora estadual da Absolar cita também que a perspectiva do incremento do uso de baterias para armazenar a energia solar produzida é outra ação que deve dar novo fôlego ao setor. As empresas do segmento já estão mirando esse mercado e entre essas companhias estão a MTR Solar e a GoodWe, que desenvolveram o Sistema de Armazenamento de Energia com Baterias batizado de MTR BESS.
O diretor técnico comercial da MTR BESS, Merivaldo Brito, detalha que o cliente pode optar, por exemplo, pelo uso de painéis fotovoltaicos, baterias e geradores de uma forma combinada para evitar que falhas da distribuidora local no fornecimento de energia causem maiores transtornos à sua produção. Ele enfatiza que a solução híbrida permite que o consumidor cada vez dependa menos da concessionária de energia, além de ser possível reduzir custos. “A gente fala de autonomia energética”, ressalta o dirigente.
De acordo com Brito, no Rio Grande do Sul, que ultimamente tem vivido sucessivos eventos climáticos mais intensos, a atratividade dessa iniciativa é maior por causa do receio de ficar sem eletricidade. O diretor técnico comercial da MTR BESS comenta que os equipamentos podem ser instalados, por exemplo, em silos para estocar grãos, usados na irrigação com pivôs, na criação de frangos, entre outras funções.

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