O governo federal afirmou, nesta quinta-feira (26), que irá injetar R$ 1,3 bilhão no Porto Meridional de Arroio do Sal, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Apesar disso, o valor total estimado do empreendimento é de cerca de R$ 6 bilhões, e a maior parte dos recursos será de origem privada. O contrato, segundo o governo, será assinado no dia 20 de outubro.
Em abril deste ano, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) autorizou a construção e exploração de um Terminal de Uso Privado (TUP) em Arroio do Sal. De acordo com a Antaq, na ocasião, o investimento para o uso privado do tipo onshore (em terra) é de R$ 1,3 bilhão na primeira etapa e quase R$ 5 bilhões adicionais – entre investimentos de empresas parceiras – para as adaptações do píer, conforme as características das futuras operações.
Na época da autorização, o presidente da DTA Engenharia (companhia contratada para desenvolver os estudos de engenharia básica e executiva e a obtenção do financiamento – funding – para concretização da estrutura), João Acácio Gomes de Oliveira Neto, considerou a aprovação um passo muito importante, pois a agência reguladora "reconheceu a necessidade desse porto."
Agora, no entanto, a DTA preferiu não se manifestar sobre o anúncio do governo federal, pois não está envolvida no contrato que será assinado. Entretanto, a reportagem apurou que a empresa segue com o processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é um dos itens pendentes para o início da construção do empreendimento. A obra também já conta com as autorizações do Ministério dos Portos, Marinha e Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
O terminal, que terá uma área total terrestre e aquaviária de 1,5 milhão de metros quadrados, prevê a movimentação anual de cinco milhões de toneladas de granéis sólidos, 1,8 milhão de cargas gerais, 800 mil toneladas de granéis líquidos e 300 mil TEUs (unidade padrão utilizada na indústria de transporte marítimo para medir a capacidade de carga dos contêineres) de cargas conteinerizadas.
Em off, a reportagem obteve a informação de que o contrato a ser assinado no dia 20 seria, na verdade, de adesão para concessão da Antaq, e que não teria relação com o início da construção do empreendimento. Em nota enviada hoje, o governo, porém, fala em "contrato de execução." "O contrato de execução deve ser firmado no próximo dia 20 de outubro, no Rio Grande do Sul." A reportagem questionou a Secretaria da Reconstrução, responsável pelo assunto, para obter maiores esclarecimentos, a fim de saber se o contrato em questão já é com a empresa que dará início as obras, e aguarda retorno.
O senador Luis Carlos Heinze, que atua fortemente nessa pauta, afirmou à reportagem nesta quinta-feira (27) que não tinha conhecimento do aporte do governo e que o investimento seria totalmente privado. Ele defende que o porto é necessário para o desenvolvimento da região. "Se Santa Catarina pode ter vários portos, o Rio Grande do Sul não pode ter dois?", questionou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier, reforçou nesta sexta-feira (27) a importância do anúncio da assinatura do contrato para a construção do porto de Arroio do Sal. “O novo porto é essencial para diversificar a oferta de estrutura logística do Rio Grande do Sul, hoje baseada apenas no porto de Rio Grande”, ressaltou.
Bier lembrou na nota que a indústria gaúcha "mantém uma forte conexão com o mercado externo", sendo a via marítima o principal modal utilizado para as exportações. “A logística é um dos fatores que mais impactam a competitividade da indústria gaúcha. Temos um complexo portuário de excelência, que está entre os que mais movimentam cargas no Brasil. Entretanto, Santa Catarina possui cinco portos de significativa relevância, contribuindo para maior concorrência, especialização e oferta de competitividade logística”, destacou.
O ministro Paulo Pimenta também se manifestou em nota divulgada nesta quinta-feira. “Hoje é um dia muito importante para o Rio Grande do Sul, especialmente para a região da Serra Gaúcha. Após vários anos, estamos concluindo os encaminhamentos para viabilizar uma mudança logística estratégica para o estado: nosso terminal de uso privativo, o terminal marítimo de Arroio do Sal, que vai transformar a economia do estado”, considerou.
A expectativa é que o empreendimento gere mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil empregos indiretos.
Em abril deste ano, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) autorizou a construção e exploração de um Terminal de Uso Privado (TUP) em Arroio do Sal. De acordo com a Antaq, na ocasião, o investimento para o uso privado do tipo onshore (em terra) é de R$ 1,3 bilhão na primeira etapa e quase R$ 5 bilhões adicionais – entre investimentos de empresas parceiras – para as adaptações do píer, conforme as características das futuras operações.
Na época da autorização, o presidente da DTA Engenharia (companhia contratada para desenvolver os estudos de engenharia básica e executiva e a obtenção do financiamento – funding – para concretização da estrutura), João Acácio Gomes de Oliveira Neto, considerou a aprovação um passo muito importante, pois a agência reguladora "reconheceu a necessidade desse porto."
Agora, no entanto, a DTA preferiu não se manifestar sobre o anúncio do governo federal, pois não está envolvida no contrato que será assinado. Entretanto, a reportagem apurou que a empresa segue com o processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é um dos itens pendentes para o início da construção do empreendimento. A obra também já conta com as autorizações do Ministério dos Portos, Marinha e Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
O terminal, que terá uma área total terrestre e aquaviária de 1,5 milhão de metros quadrados, prevê a movimentação anual de cinco milhões de toneladas de granéis sólidos, 1,8 milhão de cargas gerais, 800 mil toneladas de granéis líquidos e 300 mil TEUs (unidade padrão utilizada na indústria de transporte marítimo para medir a capacidade de carga dos contêineres) de cargas conteinerizadas.
Em off, a reportagem obteve a informação de que o contrato a ser assinado no dia 20 seria, na verdade, de adesão para concessão da Antaq, e que não teria relação com o início da construção do empreendimento. Em nota enviada hoje, o governo, porém, fala em "contrato de execução." "O contrato de execução deve ser firmado no próximo dia 20 de outubro, no Rio Grande do Sul." A reportagem questionou a Secretaria da Reconstrução, responsável pelo assunto, para obter maiores esclarecimentos, a fim de saber se o contrato em questão já é com a empresa que dará início as obras, e aguarda retorno.
O senador Luis Carlos Heinze, que atua fortemente nessa pauta, afirmou à reportagem nesta quinta-feira (27) que não tinha conhecimento do aporte do governo e que o investimento seria totalmente privado. Ele defende que o porto é necessário para o desenvolvimento da região. "Se Santa Catarina pode ter vários portos, o Rio Grande do Sul não pode ter dois?", questionou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier, reforçou nesta sexta-feira (27) a importância do anúncio da assinatura do contrato para a construção do porto de Arroio do Sal. “O novo porto é essencial para diversificar a oferta de estrutura logística do Rio Grande do Sul, hoje baseada apenas no porto de Rio Grande”, ressaltou.
Bier lembrou na nota que a indústria gaúcha "mantém uma forte conexão com o mercado externo", sendo a via marítima o principal modal utilizado para as exportações. “A logística é um dos fatores que mais impactam a competitividade da indústria gaúcha. Temos um complexo portuário de excelência, que está entre os que mais movimentam cargas no Brasil. Entretanto, Santa Catarina possui cinco portos de significativa relevância, contribuindo para maior concorrência, especialização e oferta de competitividade logística”, destacou.
O ministro Paulo Pimenta também se manifestou em nota divulgada nesta quinta-feira. “Hoje é um dia muito importante para o Rio Grande do Sul, especialmente para a região da Serra Gaúcha. Após vários anos, estamos concluindo os encaminhamentos para viabilizar uma mudança logística estratégica para o estado: nosso terminal de uso privativo, o terminal marítimo de Arroio do Sal, que vai transformar a economia do estado”, considerou.
A expectativa é que o empreendimento gere mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil empregos indiretos.