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Publicada em 26 de Setembro de 2024 às 18:34

Depois das cheias, Aeromot confirma início das obras em Guaíba em 2025

Aeromot vai construir aviões particulares no terreno onde estava prevista fábrica da Ford em Guaíba

Aeromot vai construir aviões particulares no terreno onde estava prevista fábrica da Ford em Guaíba

Aeromot/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O repórter Jefferson Klein colaborou
O repórter Jefferson Klein colaborou
A Aeromot S.A. teve que repensar seus planos e investimentos após as cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. A informação foi fornecida pela vice-presidente da Aeromot, Cristiane Cunha, durante o 2º Congresso de Infraestrutura da Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul), realizado nesta quinta-feira (26). As obras no AeroCiti – Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação, no Distrito Industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão previstas para começar no início de 2025.

De acordo com a vice-presidente, após o evento climático, que deixou a "Fábrica Ponte" – um hangar localizado no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre –, onde seriam montadas provisoriamente as aeronaves DA62 bimotor de sete lugares a partir do segundo semestre de 2024, inundada, a empresa firmou um acordo com a fabricante Diamond Aircraft. "As próximas aeronaves vão sair da Áustria e do Canadá. Vamos pular a etapa Ponte. Vamos trabalhar direto com a fabricação no novo complexo", relatou. A fabricação dos aviões será realizada no complexo AeroCiti, que deve ficar ponto até o final de 2025.  A primeira fase do projeto contemplará uma pista e o hangar da Aeromot.

Aliás, esse projeto também sofreu impacto das enchentes e precisou ser revisto. Em entrevista ao Jornal do Comércio, em maio, o presidente Guilherme Cunha afirmou que a empresa estava com os tratores e máquinas de sondagem no local, antigo terreno da Ford, no momento em que a cheia atingiu o terreno. "Tivemos que fazer novos estudos", disse Cristiane. Esses estudos contemplam medidas de proteção contra as cheias e viabilizarão o complexo, que poderá receber investimentos de até R$ 3 bilhões em dez anos. A fase inicial dos investimentos, segundo Cristiane, está prevista em R$ 300 milhões. Em Guaíba, a projeção é de que se chegue à capacidade produtiva de 100 aeronaves por ano.

Até o final de outubro, a Aeromot vai protocolar os estudos com as novas alterações no projeto junto à Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) para licença. "Nós já temos a LO (Licença de Operação). Esperamos conseguir a nova licença até o final do ano. Com isso, em 2025, começamos as obras", disse. O modelo DA62 é referência no mercado em termos de tecnologia, segurança e economia. No Brasil, desde 2020, já representa mais de 86% das entregas de bimotores a pistão novos – fator determinante para a vinda da fábrica das aeronaves para o país.

A Aeromot é responsável pela distribuição e pelo centro de serviços autorizado da Diamond Aircraft, que fabrica diversos tipos de aeronaves. Hoje, a Diamond possui sede na Áustria e instalações no Canadá e na China. O mercado de atuação da Aeromot abrange órgãos de segurança pública, Forças Armadas, órgãos governamentais, empresas de táxi aéreo, escolas de pilotagem, aviação agrícola, geral e executiva.
 

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