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Publicada em 24 de Setembro de 2024 às 17:56

Associações de aéreas defendem 180 dias de adaptação à eventual volta do horário de verão

Estudos no governo sobre possível implementação estão em andamento, ainda sem previsão de divulgação

Estudos no governo sobre possível implementação estão em andamento, ainda sem previsão de divulgação

LUIZA PRADO/JC
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Agência Estado
Associações de empresas aéreas questionaram, por meio de nota conjunta, a possibilidade de "restabelecimento do horário de verão pelo governo federal de forma tempestiva". As entidades defendem um prazo mínimo de 180 dias, entre a publicação do decreto e o início efetivo da mudança, para que as companhias consigam fazer as adaptações necessárias.
Associações de empresas aéreas questionaram, por meio de nota conjunta, a possibilidade de "restabelecimento do horário de verão pelo governo federal de forma tempestiva". As entidades defendem um prazo mínimo de 180 dias, entre a publicação do decreto e o início efetivo da mudança, para que as companhias consigam fazer as adaptações necessárias.
As associações afirmam que a entrada súbita do horário de verão causará alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. "Isso mudará a hora de saída/chegada dos voos, podendo gerar a perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia e eventual perda de conectividade", diz a nota.
Entre as adaptações necessárias, as entidades citam reprogramação de voos, acomodação de última hora e alterações de planos de viagem dos passageiros. Outros impactos diretos afetarão a escala de tripulantes, a disponibilidade de slots e a capacidade dos aeroportos, principalmente aqueles com restrições e escassez na alocação de novos horários.
"A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano", afirmam. Com isso, as associações argumentam a necessidade do prazo mínimo de 180 dias para reorganização.
O pronunciamento é assinado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB).
Na segunda-feira (23), o CEO da Azul, John Rodgerson, reconheceu que o possível retorno do horário de verão teria impacto no planejamento de horário dos voos. Para o executivo, seriam necessários 45 dias, no mínimo, para uma reprogramação.
Na mesma data, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os estudos no governo sobre a possível implementação do horário de verão estão em andamento, ainda sem previsão de divulgação.

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