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Publicada em 20 de Setembro de 2024 às 10:47

Dólar abre em alta nesta sexta-feira após sete sessões seguidas de queda

Na quinta-feira (19), o dólar fechou em queda de 0,71%, a R$ 5,421

Na quinta-feira (19), o dólar fechou em queda de 0,71%, a R$ 5,421

Arte/Jc
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Folhapress
O dólar começou a sexta-feira (20) com leve alta, após sete sessões consecutivas de queda. As primeiras negociações mostram alinhamento com a maioria dos países emergentes. 
O dólar começou a sexta-feira (20) com leve alta, após sete sessões consecutivas de queda. As primeiras negociações mostram alinhamento com a maioria dos países emergentes. 
Às 9h05, a divisa norte-americana subia 0,27%, cotada a R$ 5,4361. Na quinta-feira (19), o dólar fechou em queda de 0,71%, a R$ 5,421, e a Bolsa perdeu 0,47%, a 133.122 pontos.
O dia foi marcado pela repercussão das decisões do BC (Banco Central) e do Fed (Federal Reserve, a autoridade americana) da véspera. Os movimentos foram opostos -e em linha com as expectativas do mercado.
O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, citando resiliência da economia brasileira. Já o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, num afrouxamento de 0,50 ponto após temores de desaceleração do mercado de trabalho americano. Os juros americanos agora estão na banda de 4,75% e 5%.
Ao divulgar a decisão unânime de aumentar a Selic para 10,75% ao ano, o comitê afirmou que o cenário demanda uma política de juros mais contracionista, ou seja, que ajude a frear a força da atividade econômica para assegurar o controle da inflação.
Como justificativa, o colegiado citou a força da economia do país, as pressões do mercado de trabalho, a elevação das projeções de inflação, as expectativas distantes da meta perseguida e o hiato do produto positivo (indicação de que a atividade está operando acima do seu potencial, ou seja, aquecida e sujeita a pressões inflacionárias).
O Copom deixou os próximos passos em aberto e evitou se comprometer com a intensidade e com o tamanho do ciclo de alta de juros. Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo, porém, preevem que a Selic deve entrar em 2025 a 11% e permanecer neste patamar por um bom tempo.
"O Banco Central deixou claro que a magnitude total do ciclo de alta vai depender da evolução de indicadores e expectativas", diz Silvio Campos, economista-sênior da consultoria Tendências. "Vai precisar de mais Selic para fazer a inflação chegar à meta de 3%", diz o economista.
Na quinta, as projeções de alta na Selic chegaram às curvas de juros futuros, sobretudo aos contratos de curto e médio prazo. A taxa para janeiro de 2026 subiu para 12,045%, ante 11,765% da véspera, enquanto a de janeiro de 2027 marcou 12,015%, contra 11,814% do ajuste anterior.
Isso afetou as ações mais sensíveis à economia doméstica na Bolsa, como Magazine Luiza, MRV, Lojas Renner, que ajudaram a pressionar o Ibovespa para baixo.
Já nos Estados Unidos, a decisão de corte em 0,50 ponto coroou um debate que tomou os mercados desde a confirmação de que a hora de reduzir os juros havia chegado.
"O comitê ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% e julga que os riscos para alcançar os objetivos de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados", disse o Fed no anúncio. 

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