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Publicada em 19 de Setembro de 2024 às 12:19

Ibovespa perde fôlego com avanço dos juros futuros mesmo com disparada das bolsas de NY

Na quarta-feira, encerrou em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos

Na quarta-feira, encerrou em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos

ARTE/JC
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Agência Estado
O apetite por risco no exterior após o corte do juro básico pelo banco central dos Estados Unidos é insuficiente para impulsionar o Ibovespa nesta quinta-feira, 19. O principal indicador da B3 chegou a subir 0,76%, na máxima aos 134.758,76 pontos, na máxima. Na quarta-feira, encerrou em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos.A tendência é que o Índice Bovespa acompanhe o rali global, estima Victor Furtado, head de alocação da W1 Capital.A valorização do Índice Bovespa é contida no avanço dos juros futuros, após o aumento da taxa Selic também ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de 10,50% para 10,75% ao ano, em decisão unânime e dentro do esperado.O tom do comunicado foi considerado duro por especialistas já que o Banco Central reconheceu o hiato positivo, isto é, que a economia cresce acima de seu potencial, e que há uma "assimetria altista" no balanço de riscos. Ou seja, mais aumentos da Selic são esperados, com a taxa podendo ir a 12% no fim deste ano para alguns."Muito difícil a Selic não ser mais elevada, deve continuar avançando a não ser que haja uma melhora muito grande no câmbio, na inflação", pontua Victor Furtado, head de alocação da W1 Capital. "Mas o corte pelo Fed acaba ajudando Ibovespa, corrobora para uma tranquilidade dos mercados. No entanto, não tem como olhar só para o Fed", completa o head de alocação da W1 Capital.O balanço entre a queda do juro nos EUA e alta da Selic pode resultar em valorização do real. "A apreciação da moeda deve se acentuar até o final do ano levando o par para R$ 5,30/5,20. O catalisador disso é justamente o fluxo de capital externo que será realocado dos EUA para os mercados emergentes", avalia Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital.Conforme o profissional da Ville Capital, o único fator que pode atrapalhar um pouco a "festa" é a questão fiscal que vem mostrando desdobramentos preocupantes ante práticas "obscuras" por parte do governo.Além de continuadas dúvidas fiscais, a fraqueza do Ibovespa pode refletir um movimento técnico, após dois meses seguidos de ingresso de capital estrangeiro na B3 (julho e agosto), pontua Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital.sugere Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital. "Sugere ser um movimento mais técnico, pois não vimos nada de novo. Continuam as mesmas preocupações de sempre com fiscal", diz.Às 11h30, o Ibovespa cedia 0,15%, na mínima aos 133.545,22 pontos, após alta de 0,76%, na máxima aos 134.758,76 pontos.
O apetite por risco no exterior após o corte do juro básico pelo banco central dos Estados Unidos é insuficiente para impulsionar o Ibovespa nesta quinta-feira, 19. O principal indicador da B3 chegou a subir 0,76%, na máxima aos 134.758,76 pontos, na máxima. Na quarta-feira, encerrou em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos.

A tendência é que o Índice Bovespa acompanhe o rali global, estima Victor Furtado, head de alocação da W1 Capital.

A valorização do Índice Bovespa é contida no avanço dos juros futuros, após o aumento da taxa Selic também ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de 10,50% para 10,75% ao ano, em decisão unânime e dentro do esperado.

O tom do comunicado foi considerado duro por especialistas já que o Banco Central reconheceu o hiato positivo, isto é, que a economia cresce acima de seu potencial, e que há uma "assimetria altista" no balanço de riscos. Ou seja, mais aumentos da Selic são esperados, com a taxa podendo ir a 12% no fim deste ano para alguns.

"Muito difícil a Selic não ser mais elevada, deve continuar avançando a não ser que haja uma melhora muito grande no câmbio, na inflação", pontua Victor Furtado, head de alocação da W1 Capital. "Mas o corte pelo Fed acaba ajudando Ibovespa, corrobora para uma tranquilidade dos mercados. No entanto, não tem como olhar só para o Fed", completa o head de alocação da W1 Capital.

O balanço entre a queda do juro nos EUA e alta da Selic pode resultar em valorização do real. "A apreciação da moeda deve se acentuar até o final do ano levando o par para R$ 5,30/5,20. O catalisador disso é justamente o fluxo de capital externo que será realocado dos EUA para os mercados emergentes", avalia Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital.

Conforme o profissional da Ville Capital, o único fator que pode atrapalhar um pouco a "festa" é a questão fiscal que vem mostrando desdobramentos preocupantes ante práticas "obscuras" por parte do governo.

Além de continuadas dúvidas fiscais, a fraqueza do Ibovespa pode refletir um movimento técnico, após dois meses seguidos de ingresso de capital estrangeiro na B3 (julho e agosto), pontua Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital.sugere Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital. "Sugere ser um movimento mais técnico, pois não vimos nada de novo. Continuam as mesmas preocupações de sempre com fiscal", diz.

Às 11h30, o Ibovespa cedia 0,15%, na mínima aos 133.545,22 pontos, após alta de 0,76%, na máxima aos 134.758,76 pontos.

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