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Publicada em 16 de Setembro de 2024 às 01:25

Aeroporto de Caxias quer ser opção permanente no Estado

Na terceira etapa de obras, área do terminal deve aumentar de 2 mil para 3,5 mil metros quadrados

Na terceira etapa de obras, área do terminal deve aumentar de 2 mil para 3,5 mil metros quadrados

Rodrigo Rossi/Prefeitura Caxias do Sul/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, pode se consolidar como alternativa para os passageiros, mesmo com o retorno das operações do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, previsto para outubro. Para isso, estão sendo realizadas melhorias. A área do terminal de embarques e desembarques da Serra, por exemplo, deve aumentar 75% na terceira etapa de investimentos previstos. A informação foi fornecida pelo diretor do terminal caxiense, Cleberson Babetzki, durante o evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado nesta sexta-feira pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), em conjunto com a Rede de Mulheres na Engenharia.
O Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, pode se consolidar como alternativa para os passageiros, mesmo com o retorno das operações do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, previsto para outubro. Para isso, estão sendo realizadas melhorias. A área do terminal de embarques e desembarques da Serra, por exemplo, deve aumentar 75% na terceira etapa de investimentos previstos. A informação foi fornecida pelo diretor do terminal caxiense, Cleberson Babetzki, durante o evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado nesta sexta-feira pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), em conjunto com a Rede de Mulheres na Engenharia.
Segundo ele, o projeto de reformas estava previsto desde o início do ano e começou após o repasse do aeroporto pelo governo do Estado ao município de Caxias do Sul, em maio do ano passado. Nesta semana, iniciaram-se as obras no telhado do terminal, que devem seguir até a próxima semana. Já no dia 18 de setembro, será aberto o processo licitatório para o recapeamento total da pista, que possui 1.770 metros de extensão e 30 metros de largura. As melhorias não interferem e  nem devem interferir nas operações, garantiu o diretor do aeroporto. "As obras serão realizadas entre 22h e 5h, porque às 6h já temos operações. O recapeamento será feito em partes", explicou.
Sobre a ampliação do terminal, ele esclareceu que as obras incluirão aumento das áreas de embarque e desembarque, dos canais de inspeção e das esteiras. A área deve aumentar de 2 mil metros quadrados para 3,5 mil metros quadrados, o que representa a ampliação de 75%. Durante o evento, Babetzki também destacou que os aparelhos instalados em Caxias para auxiliar os pilotos em pousos com neblina reduziram em 50% a 60% o número de voos que precisavam sofrer alteração de rota. No entanto, ele explicou que não é possível resolver o problema por completo. Nesta quinta e sexta-feira, o aeroporto permaneceu fechado, por exemplo, devido à neblina.
Antes das enchentes, o aeroporto da Serra recebia de 10 a 13 operações diárias regulares. Com o fechamento do aeroporto da Capital, o número de operações subiu para 93, entre regulares e gerais. Atualmente, são 8 regulares e cerca de 20 operações da aviação geral por dia. O aeroporto recebeu R$ 14 milhões do Estado para investimentos. Outros R$ 5,7 milhões vieram da gestão municipal.
Questionado sobre o futuro do aeroporto após a reabertura do Salgado Filho, ele afirmou que deseja que o terminal continue forte. "Fomenta a economia e o turismo na Serra. As agências costumavam oferecer voos diretos para Porto Alegre, pois não tínhamos estrutura. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas de que podem pousar diretamente na Serro", ponderou.

Evento debateu infraestrutura aeroportuária

No evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado pela Sergs, empresários e lideranças concordaram que não é mais possível o Estado contar apenas com o Aeroporto Salgado Filho.
"Na aviação, existe um princípio que diz que quando se tem apenas um aeroporto, na verdade, não se tem nenhum", afirmou o diretor do aeroporto de Caxias.
Joarez José Piccinini, executivo das empresas Randon, destacou que o evento climático recente expôs a fragilidade de infraestrutura que já existia antes. "Precisamos de mobilidade. Estamos desenvolvendo polos de inovação no Estado. Sem infraestrutura, é difícil atrair palestrantes de renome ou mesmo talentos para nossas empresas", alertou. Ele defendeu ainda a construção do Aeroporto Vila Oliva como o segundo principal terminal do RS.
Já o presidente da Sergs, Walter Lídio Nunes, afirmou que a reconstrução do Estado passa pela engenharia e tecnologia. "Além disso, precisamos de uma agenda estadual que considere o ciclo das águas, tanto para prevenir danos causados por enchentes quanto por estiagens", concluiu.

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