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Publicada em 13 de Setembro de 2024 às 18:50

Preço do frete por quilômetro rodado sobe 0,47% em agosto ante julho, aponta IFR

Preço do diesel representa cerca de 40% do valor do transporte

Preço do diesel representa cerca de 40% do valor do transporte

MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
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Agência Estado
O Índice de Frete Edenred Repom (IFR) mostrou que o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o mês de agosto a R$ 6,36, alta de 0,47% ante julho. A variação vem após a atualização dos preços dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas, realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na metade de julho.
O Índice de Frete Edenred Repom (IFR) mostrou que o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o mês de agosto a R$ 6,36, alta de 0,47% ante julho. A variação vem após a atualização dos preços dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas, realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na metade de julho.
O diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, ressalta que o reajuste da tabela não impactou muito o preço médio do frete no mês fechado de julho — que variou 0,31% —, mas agosto teve uma variação maior, apesar do aumento ainda ter sido moderado, diferentemente do previsto, afirma em nota.
O aumento do preço médio do diesel no País está entre as razões para a alta no acumulado do mês, já que ele representa cerca de 40% do custo do frete.
De acordo com dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum do combustível foi vendido em agosto a um preço médio de R$ 6,10, após alta de 1%, enquanto o diesel S-10 foi comercializado a R$ 6,18, após aumento de 0,16% ante julho.
Além disso, com a crise hídrica, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos em 2023/24 está estimada em 298,6 milhões, um recuo de 21,2 milhões de toneladas, ou 6,6% quando comparada ao volume do ciclo anterior (2022/23). A previsão do mês de agosto mostrou uma baixa de 0,2% em relação à pesquisa do mês anterior, diz a Conab, o que se deve ao avanço ou encerramento das operações de colheita das principais culturas.
"A alta no preço do frete vem sendo registrada desde maio deste ano e pode se manter nos próximos meses. A redução de grãos produzidos pode resultar em uma menor quantidade de carga a ser transportada, mudança na eficiência de veículos e rotas, que potencialmente, não irão operar em capacidade máxima e afetar a cadeia de suprimentos relacionados aos setores ligados à produção de grãos, que podem refletir no preço do frete", finaliza Fernandes.

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