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Publicada em 13 de Setembro de 2024 às 19:03

Aeroporto de Caxias quer ser alternativa mesmo com Salgado Filho em operação, avalia diretor

Na terceira etapa de obras, o área do terminal deve aumentar de 2 mil metros quadrados para 3,5 mil metros quadrados

Na terceira etapa de obras, o área do terminal deve aumentar de 2 mil metros quadrados para 3,5 mil metros quadrados

Rodrigo Rossi/Prefeitura Caxias do Sul/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, quer ser alternativa para os passageiros mesmo com o retorno do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, previsto para outubro. Para isso, estão sendo realizadas melhorias. A área do terminal do aeroporto da Serra, por exemplo, deve aumentar 75% na terceira etapa de investimentos no equipamento. A informação foi fornecida pelo diretor do aeroporto da Serra, Cleberson Babetzki, durante o evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado nesta sexta-feira (13), pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), em conjunto com a Rede de Mulheres na Engenharia.Segundo ele, o projeto de reformas estava previsto desde o início do ano e começou após o repasse do aeroporto pelo governo do Estado ao município de Caxias do Sul, em maio do ano passado. Nesta semana, iniciaram-se as obras no telhado do terminal, que devem seguir até a próxima semana. Já no dia 18 de setembro, será aberto o processo licitatório para o recapeamento total da pista, que possui 1.770 metros de extensão e 30 metros de largura. As melhorias não interferem e não devem interferir nas operações, garantiu o diretor do aeroporto. "As obras serão realizadas entre 22h e 5h, porque às 6h já temos operações. Então, às 6h, o trecho do asfalto novo precisa estar pronto e pintado. O recapeamento será feito em partes", explicou.Sobre a ampliação do terminal, ele esclareceu que as obras incluirão a ampliação dos terminais de embarque e desembarque, dos canais de inspeção e das esteiras. O espaço deve aumentar de 2 mil metros quadrados para 3,5 mil metros quadrados, o que representa uma ampliação de 75%. "O projeto para esta etapa já está desenhado e aprovado", acrescentou. Durante o evento, Babetzki também destacou que os aparelhos instalados em Caxias para auxiliar os pilotos em pousos com neblina reduziram em 50% a 60% o número de voos que precisavam sofrer alteração de rota. No entanto, ele explicou que não é possível resolver o problema por completo. Nesta quinta e sexta-feira, o aeroporto permaneceu fechado devido à neblina.Antes das enchentes, o aeroporto da Serra recebia de 10 a 13 operações diárias regulares. Com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre, o número de operações subiu para 93, entre regulares e gerais. Atualmente, são 8 operações regulares e cerca de 20 da aviação geral por dia. O aeroporto recebeu R$ 14 milhões do Estado para investimentos. Outros R$ 5,7 milhões são provenientes da gestão municipal.Questionado sobre o futuro do aeroporto de Caxias após a reabertura do Salgado Filho, Babetzki afirmou que deseja que o aeroporto continue forte nas operações, ressaltando que o terminal conquistou, inclusive, a internacionalização. "Fomenta a economia e o turismo na Serra. As agências de turismo costumavam oferecer voos diretos para Porto Alegre, pois não tínhamos estrutura. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas de que podem pousar diretamente na Serra, o que é mais prático", ponderou.Além disso, o diretor enfatizou que outros equipamentos na região, como o Aeroporto de Canela e o projeto do Vila Oliva, não são concorrentes. "Precisamos de alternativas. Em Caxias, não tivemos alagamentos, mas houve desmoronamentos nas estradas, isso nos deixou isolados por um tempo. Quando ocorre uma enchente, terremoto, incêndio ou é necessário transportar um paciente para outra cidade, todas essas situações demandam transporte aéreo", refletiu.
O Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, quer ser alternativa para os passageiros mesmo com o retorno do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, previsto para outubro. Para isso, estão sendo realizadas melhorias. A área do terminal do aeroporto da Serra, por exemplo, deve aumentar 75% na terceira etapa de investimentos no equipamento. A informação foi fornecida pelo diretor do aeroporto da Serra, Cleberson Babetzki, durante o evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado nesta sexta-feira (13), pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), em conjunto com a Rede de Mulheres na Engenharia.

Segundo ele, o projeto de reformas estava previsto desde o início do ano e começou após o repasse do aeroporto pelo governo do Estado ao município de Caxias do Sul, em maio do ano passado. Nesta semana, iniciaram-se as obras no telhado do terminal, que devem seguir até a próxima semana. Já no dia 18 de setembro, será aberto o processo licitatório para o recapeamento total da pista, que possui 1.770 metros de extensão e 30 metros de largura. As melhorias não interferem e não devem interferir nas operações, garantiu o diretor do aeroporto. "As obras serão realizadas entre 22h e 5h, porque às 6h já temos operações. Então, às 6h, o trecho do asfalto novo precisa estar pronto e pintado. O recapeamento será feito em partes", explicou.

Sobre a ampliação do terminal, ele esclareceu que as obras incluirão a ampliação dos terminais de embarque e desembarque, dos canais de inspeção e das esteiras. O espaço deve aumentar de 2 mil metros quadrados para 3,5 mil metros quadrados, o que representa uma ampliação de 75%. "O projeto para esta etapa já está desenhado e aprovado", acrescentou. Durante o evento, Babetzki também destacou que os aparelhos instalados em Caxias para auxiliar os pilotos em pousos com neblina reduziram em 50% a 60% o número de voos que precisavam sofrer alteração de rota. No entanto, ele explicou que não é possível resolver o problema por completo. Nesta quinta e sexta-feira, o aeroporto permaneceu fechado devido à neblina.

Antes das enchentes, o aeroporto da Serra recebia de 10 a 13 operações diárias regulares. Com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre, o número de operações subiu para 93, entre regulares e gerais. Atualmente, são 8 operações regulares e cerca de 20 da aviação geral por dia. O aeroporto recebeu R$ 14 milhões do Estado para investimentos. Outros R$ 5,7 milhões são provenientes da gestão municipal.

Questionado sobre o futuro do aeroporto de Caxias após a reabertura do Salgado Filho, Babetzki afirmou que deseja que o aeroporto continue forte nas operações, ressaltando que o terminal conquistou, inclusive, a internacionalização. "Fomenta a economia e o turismo na Serra. As agências de turismo costumavam oferecer voos diretos para Porto Alegre, pois não tínhamos estrutura. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas de que podem pousar diretamente na Serra, o que é mais prático", ponderou.

Além disso, o diretor enfatizou que outros equipamentos na região, como o Aeroporto de Canela e o projeto do Vila Oliva, não são concorrentes. "Precisamos de alternativas. Em Caxias, não tivemos alagamentos, mas houve desmoronamentos nas estradas, isso nos deixou isolados por um tempo. Quando ocorre uma enchente, terremoto, incêndio ou é necessário transportar um paciente para outra cidade, todas essas situações demandam transporte aéreo", refletiu.

Evento reúne empresários e lideranças para debater infraestrutura


No evento Infraestrutura Aeroportuária: Desafios e Oportunidades para a Reconstrução do Estado, realizado nesta sexta-feira (13) pela Sergs Debates em conjunto com a Rede de Mulheres na Engenharia, na sede da Sergs na Capital, empresários e lideranças concordaram que não é mais possível contar apenas com o Aeroporto Salgado Filho. "Na aviação, existe um princípio que diz que quando se tem apenas um aeroporto, na verdade, não se tem nenhum", afirmou o diretor do aeroporto de Caxias.
Evento reuniu empresários e lideranças na sede da Sergs | Bárbara Lima/Especial/JC
Evento reuniu empresários e lideranças na sede da Sergs Bárbara Lima/Especial/JC


Joarez José Piccinini, executivo das empresas Randon, destacou que o evento climático recente expôs uma fragilidade na infraestrutura que já existia antes das enchentes. "Precisamos de mobilidade. Estamos desenvolvendo polos de inovação no Estado. Sem infraestrutura, é difícil atrair palestrantes de renome ou mesmo talentos para nossas empresas. A situação já era precária", alertou. Ele defendeu a construção do Aeroporto Vila Oliva como o segundo principal terminal do Rio Grande do Sul. "Londres, por exemplo, tem cinco aeroportos a 40 minutos do centro. Temos capacidade de reagir, mas a iniciativa privada precisa colaborar com os governos, e os impostos devem ser direcionados para essas situações", exemplificou.

O presidente da Sergs, Walter Lídio Nunes, afirmou que a reconstrução do Estado passa pela engenharia e pela tecnologia. "Além disso, precisamos de uma agenda estadual superior que considere o ciclo das águas, tanto para prevenir danos causados por enchentes quanto por estiagens", concluiu.

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