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Publicada em 10 de Setembro de 2024 às 12:58

Brasil precisa de legislações que sejam adequadas aos biomas, afirma economista da Farsul

Uso da tecnologia na produção agrícola será discutida no evento da Elicit

Uso da tecnologia na produção agrícola será discutida no evento da Elicit

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Os desafios em promover uma agricultura mais verde, rentável e resiliente serão discutidos nesta quarta-feira (11) no Elicit Talks, que ocorre no estúdio Lumiére Produções, em Porto Alegre. O evento terá diversos painelistas, entre eles o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, que afirma que o País possui uma legislação federal que não ajuda em nada os agricultores. "A União trata o Rio Grande do Sul e a Amazônia do mesmo jeito e isso é uma coisa não faz muito sentido", destaca. Segundo Luz, o Brasil precisa ter de legislações que sejam adequadas aos biomas e com regras específicas para cada estado brasileiro, principalmente o território gaúcho que tem sofrido com estiagens e enchentes de forma constante.
Os desafios em promover uma agricultura mais verde, rentável e resiliente serão discutidos nesta quarta-feira (11) no Elicit Talks, que ocorre no estúdio Lumiére Produções, em Porto Alegre. O evento terá diversos painelistas, entre eles o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, que afirma que o País possui uma legislação federal que não ajuda em nada os agricultores. "A União trata o Rio Grande do Sul e a Amazônia do mesmo jeito e isso é uma coisa não faz muito sentido", destaca. Segundo Luz, o Brasil precisa ter de legislações que sejam adequadas aos biomas e com regras específicas para cada estado brasileiro, principalmente o território gaúcho que tem sofrido com estiagens e enchentes de forma constante.
O economista-chefe da Farsul destaca que o País aprendeu a produzir e que agora é preciso aumentar os níveis de eficiência financeira do negócio. "Os produtores rurais tem que trabalhar de uma maneira mais eficiente do ponto de vista financeiro", explica. De acordo com Luz, estiagens e enchentes são situações recorrentes no Rio Grande Sul. O problema, segundo o economista, as estiagens foram muito piores que as enchentes. "A gente precisa aprender a lidar com o nosso clima assim como outros países fazem. Precisamos saber lidar com armazenagem de água para usar quando falta", acrescenta.
A meteorologista Estael Sias, sócia-diretora da MetSul Meteorologia, também participará do painel. Estael destaca que a agricultura 4.0 é uma tecnologia de certa forma recente dos últimos 10 anos a 15 anos com o uso da tecnologia na produção agrícola. "Quando a gente pensa em uma agricultura 4.0 não podemos pensar apenas do ponto de vista de softwares, de banco de dados ou do conhecimento histórico de chuvas ou de sol", comenta. Para a meteorologista, é importante ter tecnologias que possam auxiliar na resistência e na eficiência da produtividade.
A sócia-diretora da MetSul salienta que a produção de alimentos é fundamental e para que isso aconteça é preciso ter planejamento para que haja ampliação da produtividade e da eficiência. "Toda a tecnologia é bem-vinda sem exaurir todas as condições de solo para que esse solo consiga se manter produtivo por muito tempo", explica. Estael diz que é necessário tornar ou manter o Brasil competitivo no cenário internacional utilizando as tecnologias que contribuam com a redução do uso da água, da energia elétrica e dos insumos. "Quando temos um planejamento, por exemplo, de como trabalhar de forma correta o  uso da água acaba se exaurindo menos as nossas riquezas naturais e acabamos produzindo mais", acrescenta.
Para Estael, a meteorologia entra nesse processo para projetar quais são as deficiências e as batalhas que o agricultor vai ter na próxima safra: como o excesso de chuva, a falta de chuva e em que momento vai ter energia elétrica suficiente para produção e se não tiver como o agricultor vai enfrentar isso. Segundo a meteorologista, o debate da Elicit trará um otimismo para o setor agrícola, principalmente do Rio Grande do Sul, que nos últimos anos passou por três anos seguido de La Niña e um El Niño devastador no último ano. "Vai ser um sopro de esperança a gente enxergar que a tecnologia está evoluindo para que possamos enfrentar algo que a gente não controla. Os especialistas podem prever e até antecipar, mas não temos o controle sobre o clima", acrescenta.
O Elicit Talks terá ainda as participações de Felipe Sulzbach, Country Head - Brasil; de Mayra Juline, CEO da Plant Colab; de Murilo Moraes, gerente de marketing da Elicit Plant Brasil e de Karol Czelusniak, gerente de Desenvolvimento de Mercado. A medição do debate será do jornalista Nestor Tipa Júnior.

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