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Publicada em 09 de Setembro de 2024 às 18:11

Infraero começa obra que permitirá voos comerciais no aeroporto de Torres

Obras com investimento inicial de cerca de R$ 2,5 milhões começam nesta semana

Obras com investimento inicial de cerca de R$ 2,5 milhões começam nesta semana

Tânia Meinerz/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
No aeroporto de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a placa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já está instalada na fachada, e é possível observar máquinas prontas para o trabalho. Em cerimônia realizada na segunda-feira (9), na presença do presidente da empresa, Rogério Amado Barzellay, foram assinadas as três primeiras ordens de serviço que dão início às obras necessárias para a operação de voos comerciais no aeroporto. No total, essa primeira fase custará R$ 2,5 milhões e deve ser concluída entre 15 e 30 dias.
No aeroporto de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a placa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já está instalada na fachada, e é possível observar máquinas prontas para o trabalho. Em cerimônia realizada na segunda-feira (9), na presença do presidente da empresa, Rogério Amado Barzellay, foram assinadas as três primeiras ordens de serviço que dão início às obras necessárias para a operação de voos comerciais no aeroporto. No total, essa primeira fase custará R$ 2,5 milhões e deve ser concluída entre 15 e 30 dias.
As melhorias incluem a execução de toda a sinalização horizontal da pista de pouso, da pista de taxiamento e do pátio de aeronaves. Os serviços começam nesta semana e devem ser finalizados em outubro, com a instalação de cinco posições para aeronaves e uma para helicóptero. Além disso, será realizado o alargamento da pista de taxiamento, visando à operação de aeronaves 3C (como o B737 e o A320), também com previsão de conclusão para outubro. Por fim, será instalada a iluminação PAPI (Sistema Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão) em ambas as cabeceiras, um equipamento importante para a segurança de voo, que amplia o leque de aeronaves que poderão operar no aeroporto.

Em uma segunda etapa, será construída uma via de inspeção nos limites patrimoniais do aeroporto, além de um muro nos trechos mais vulneráveis, onde animais de grande porte podem forçar a entrada. Este serviço é fundamental para evitar sanções da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). As obras começarão em outubro e serão concluídas em janeiro de 2025. A Infraero também planeja o reforço e recapeamento da pista de pouso, da pista de taxiamento e do pátio de aeronaves, visando à operação de aeronaves de maior porte.

Outro serviço importante em planejamento é a adequação do Terminal de Passageiros (TPS), com a instalação de esteiras, balcões de check-in, raio-X, pórticos, entre outros, preparando o aeroporto para receber voos regulares. Essa parte não tem o valor detalhado ainda.

O presidente da Infraero garantiu que, no "curtíssimo prazo", o aeroporto, que atualmente está interditado pela ANAC, voltará a funcionar. "Também vamos trabalhar na internacionalização imediatamente. A regulação é simples, e a pista é adequada", disse, comparando a largura da pista com a do aeroporto de Santos Dumont, também administrado pela Infraero, no Rio de Janeiro. "Os equipamentos já estão aqui ou estão vindo. Inicialmente, estaremos aptos a operar aeronaves ATR-72", afirmou.
O diretor de projeto da Secretaria de Reconstrução do RS, Milton Zuanazzi, ressaltou, mais uma vez, que o fato de a Infraero estar administrando o aeroporto não significa que as companhias aéreas irão operar imediatamente, mas que os contatos já estão acontecendo e que "não há falta de interesse" por parte das empresas. "O grande ganho de hoje é que abrimos a possibilidade para as empresas privadas operarem", enfatizou, sugerindo que voos fretados, principalmente nas festividades de final de ano, são uma opção, além da possibilidade de voos médicos. Ele também ponderou que a Infraero pode se tornar a grande administradora dos aeroportos regionais e que pode assumir outros aeroportos no Rio Grande do Sul, como o de Santo Ângelo.
Para o prefeito de Torres, Carlos Souza, o aeroporto trará desenvolvimento para o turismo e para a área empresarial no geral. "O Rio Grande do Sul precisa de outros equipamentos, como o de Torres, para que a gente não passe por momentos de falta de conectividade", declarou. O Secretário de Turismo do Estado do RS, Ronaldo Santini, concordou. "Queremos o litoral gaúcho turístico o ano todo, para que as pessoas conheçam nossos geoparques e o turismo de natureza", acrescentou.

Balonismo e Espaço Aéreo

Reni Pinho, piloto de aviação civil e de balão, e Rogério Daitx, presidente da Federação Gaúcha de Balonismo, manifestaram preocupação com a relação entre o balonismo e o espaço aéreo, além da impossibilidade atual de usar o aeroporto para aulas de aviação. "Havia um raio de proteção que nos preocupava quanto ao balonismo, mas agora já sabemos para quem reportar", disse Pinho.

Sobre a aviação particular, Daitx comentou que 10 pilotos da escola estão parados, sem poder voar, e que empresários também não conseguem pousar devido a problemas na cerca que interditaram o aeroporto. "Nos informaram que em 15 dias isso pode ser resolvido", afirmou.

Durante sua fala, o prefeito de Torres também demonstrou preocupação com o balonismo e o espaço aéreo, visto que Torres é conhecida pelo Festival de Balonismo, além das aulas de paraquedismo. "Queremos manter tudo isso. Faz parte do nosso contexto turístico", ponderou. Barzellay e Zuanazzi garantiram que o aeroporto não irá impedir essas atividades. "O espaço aéreo é imenso. O regulamento favorece os esportes aéreos", disse Zuanazzi.

Uma reunião similar ocorre nesta terça-feira pela manhã, em Canela, para tratar do aeroporto regional da Serra.

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