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Publicada em 05 de Setembro de 2024 às 18:26

Venda de veículos no RS segue tendência de melhora no pós-enchente

No total do mês, foram emplacadas 19,7 mil unidades, resultado 0,9% melhor do que em julho

No total do mês, foram emplacadas 19,7 mil unidades, resultado 0,9% melhor do que em julho

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Miguel Campana
O mercado de veículos no Estado manteve em agosto a tendência de melhora do período pós-enchente. No total do mês, foram emplacadas 19,7 mil unidades, resultado 0,9% melhor do que em julho, segundo dados levantados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS). Os veículos mais comercializados no Estado foram os comerciais leves, as motocicletas e os implementos rodoviários. 
O mercado de veículos no Estado manteve em agosto a tendência de melhora do período pós-enchente. No total do mês, foram emplacadas 19,7 mil unidades, resultado 0,9% melhor do que em julho, segundo dados levantados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS). Os veículos mais comercializados no Estado foram os comerciais leves, as motocicletas e os implementos rodoviários. 
De acordo com o presidente do Sincodiv-RS, Jefferson Fürstenau, o crescimento do mercado em agosto é consequência da liberação de crédito para os consumidores e também das condições especiais oferecidas pelas concessionárias e montadoras, como ocorreu durante a Expointer 2024.
“Durante eventos como a Expointer, as montadoras fazem ofertas diferenciadas para os consumidores. Na edição deste ano, nós vimos proprietários que guardaram a indenização de seguro do veículo recebida no final de junho para aproveitar as promoções oferecidas”, explica Fürstenau.
As vendas no mês de agosto representaram, em sua grande maioria, trocas usuais de automóveis ou recuperações de veículos sinistrados. Esta expressão é utilizada para descrever os veículos que foram roubados ou que se envolveram em acidentes.
Fürstenau também destaca o cenário de manutenção da taxa Selic como fundamental para devolver a confiança para o consumidor. Segundo ele, a estabilidade dos juros alivia o consumidor de preocupações relacionadas ao poder de compra.
“O automóvel é um bom investimento porque oferece tranquilidade e segurança. O consumidor não observa a depreciação de um automóvel 0km”, explica Fürstenau.
Ainda de acordo com o material feito pelo Sincodiv, as vendas de motocicletas tiveram pouca participação no mercado de veículos do RS neste ano - em Porto Alegre, representam somente 16,8%, contra 21,7% no interior do Estado. Para Fürstenau, esse cenário é resultado da falta de estrutura e de incentivo do uso da motocicleta no Rio Grande do Sul. Neste contexto, ele destaca a importância da construção de motovias, além da facilitação da passagem de motos por pedágios.
“Hoje, o motorista de motocicleta precisa tirar os seus equipamentos, como luva e jaqueta, para conseguir pegar a carteira e fazer o pagamento no pedágio”, lamenta Fürstenau. Ele sugere a criação de um guichê específico e adaptado para as motos.
Com o propósito de estimular as vendas do setor de duas rodas, o presidente do Sincodiv-RS também alerta para o custo desproporcional da carteira de motorista para motos. “O preço da carteira de moto e de carro não são muito diferentes, mas o valor de venda dos dois tipos de veículos, sim. Um automóvel custa R$ 50 mil, enquanto a moto tem preço médio de R$ 5 mil”, explica Fürstenau.
Como consequência do bom momento do setor de veículos, o Sincodiv-RS promove os chamados Feirões de Empregos, que buscam apresentar as vagas de trabalho disponíveis nas concessionárias e também formar mão de obra qualificada de técnicos e mecânicos. Em dezembro, a projeção do Sincodiv-RS é de que o mercado de veículos apresente, no acumulado do ano, 15% de crescimento em relação a 2023.

Volkswagen concluiu mais de mil negociações na Expointer

O objetivo da concessionária é apresentar, no final do ano, crescimento de 20% em relação a 2023

O objetivo da concessionária é apresentar, no final do ano, crescimento de 20% em relação a 2023

Unidos VW / Divulgação / JC
No período de vendas em torno da Expointer deste ano, que abrange também a semana anterior e a posterior ao evento, a Volkswagen concluiu 1.110 negociações. Para o diretor de vendas da concessionária, Fernando Ruga, o resultado positivo pode ser explicado pela criação de programas de liberação de crédito e também pela realização da Expointer. Ruga explica que o lançamento dos novos modelos do T-Cross e do Amarok, ambos da Volkswagen, deve ter influenciado positivamente as vendas da empresa.
Durante o período pós-enchente, a concessionária Unidos Volkswagen definiu a estratégia de agilizar os emplacamentos para compensar o período em que a empresa não pôde fazer a entrega dos veículos. "Nós ficamos no mês de maio praticamente 25 dias sem poder entregar os carros que estavam sendo negociados, e por isso muitas vendas caíram", explica Ruga.
De acordo com Ruga, o objetivo da Volkswagen até o final do ano é crescer 20% em relação ao ano passado.

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