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Publicada em 05 de Setembro de 2024 às 12:00

Preço do aluguel em Porto Alegre bate novo recorde; valorização em 1 ano passa de 20%

Procura por regiões mais altas e menos afetadas pelas enchentes reflete nos preços

Procura por regiões mais altas e menos afetadas pelas enchentes reflete nos preços

ISABELLE RIEGER/JC
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Agências
O preço do aluguel em Porto Alegre bateu um novo recorde em agosto ao atingir R$ 37,14 pelo metro quadrado, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta quinta-feira (5). A alta mensal no período foi a maior de toda a série histórica, iniciada em 2019. O crescimento acumulado em um ano passou, pela primeira vez, da casa dos 20%. As informações são do QuintoAndar Imovelweb.
O preço do aluguel em Porto Alegre bateu um novo recorde em agosto ao atingir R$ 37,14 pelo metro quadrado, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta quinta-feira (5). A alta mensal no período foi a maior de toda a série histórica, iniciada em 2019. O crescimento acumulado em um ano passou, pela primeira vez, da casa dos 20%. As informações são do QuintoAndar Imovelweb.
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No mês passado, o custo médio do metro quadrado para locação na capital gaúcha subiu 3,85% em comparação com julho. No acumulado de 12 meses, a alta é de 20,38%.

Desde a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul em maio deste ano, o preço dos aluguéis têm subido de forma acelerada em Porto Alegre. “Os dados consolidam um cenário de aceleração no preço nunca antes visto na cidade, reflexo da tragédia ambiental, cujos impactos têm sido sentidos no mercado de locação de forma bastante expressiva”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.

Os imóveis de três dormitórios registraram a maior alta para um mês em toda a série histórica do Índice. Em comparação com julho, o custo médio do metro quadrado das residências com três quartos subiram 3,28%, com o preço médio de R$ 35,29/m².

Segundo o levantamento, os apartamentos de um e dois quartos também tiveram altas expressivas. Em ambas as tipologias, o crescimento do preço acumulado em um ano ultrapassou a barreira dos 20%, o que é inédito na pesquisa. Os apartamentos de um quarto foram negociados a uma média de R$ 41,96 o metro quadrado, enquanto aqueles com dois dormitórios fecharam o mês com o custo de R$ 36/m².

A procura por regiões mais altas e menos afetadas pelas enchentes continua a se refletir nos preços. Em agosto, houve valorização em 38 dos 42 bairros pesquisados pelo indicador. O Humaitá, bastante afetado pela enchente, teve queda de 2,8% no valor do metro quadrado.

Os bairros mais caros em agosto foram o Mont'Serrat, Petrópolis, Auxiliadora, Rio Branco, Bela Vista, Boa Vista, Vila Ipiranga, Chácara das Pedras, Três Figueiras e Praia de Belas.

“Regiões mais afastadas e com menos risco de inundações têm sido mais procuradas. O problema é que não há tantos imóveis disponíveis, o que tem feito com que a demanda aumente, pressionando os preços para cima nessas localidades”, diz Reis. “O mercado na cidade está tão aquecido que o percentual de desconto nas negociações em agosto foi o menor já registrado pelo Índice: 2,9%”, complementa.

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