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Publicada em 06 de Setembro de 2024 às 17:06

Mercado de consórcios cresce no Brasil e no Rio Grande do Sul

São 313.103 membros de consórcios de veículos leves no RS, a maior modalidade na região

São 313.103 membros de consórcios de veículos leves no RS, a maior modalidade na região

FERNANDA FELTES/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram um forte crescimento dos consórcios no País. De acordo com a associação, houve um aumento de 17,3% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo a ABAC, os créditos comercializados também subiram, registrando uma alta de 13,2% e atingindo R$ 201,65 bilhões.Foram vendidas 2,5 milhões de cotas entre janeiro e julho de 2024, um aumento de 4,2% em comparação com as 2,4 milhões de cotas vendidas no mesmo período de 2023. Desde janeiro de 2022, o número de participantes ativos cresceu de 8,21 milhões para 10,70 milhões em julho de 2024, representando um aumento de 30,3% ao longo de trinta e um meses.Com base no anuário relativo ao ano de 2023, dados mais atuais do segmento para o Rio Grande do Sul, também houve  números positivos no mercado de consórcios gaúcho. A ABAC aponta que foram vendidas 105.875 cotas para veículos leves, um aumento de 22,2% em comparação a 2022. São 313.103 membros de consórcios de veículos leves no RS, a maior modalidade na região. No total, entre todas as modalidades, foram vendidas 219.734 cotas no Estado em 2023, representando um aumento de 7,4%. Todas as modalidades somam 689.734 membros de consórcios no RS.De acordo com Eduardo Rocha, CEO da fintech Klubi e especialista em consórcios, uma das razões para o crescimento do mercado de consórcios é a dificuldade do brasileiro médio em acessar crédito em instituições financeiras tradicionais, o que torna o consórcio uma oportunidade. "A taxa de aprovação é baixa e os juros são altos. O consórcio é um negócio muito inclusivo, não precisa de entrada e os prazos são bem dilatados. Logo, quem tem uma renda intermediária opta pelo consórcio", afirmou. Rocha ressalta também a 'boa regulamentação' realizada pelo Banco Central como um fator que impulsiona o mercado.Ainda assim, ele analisa que o mercado tem potencial de crescimento e que o principal desafio é a conexão com o público mais jovem. "Hoje temos 10 milhões de pessoas no mundo do consórcio, mas a faixa intermediária de renda chega a 90 milhões, temos muito a explorar. Acho que é preciso deixar a linguagem mais acessível e construir uma boa experiência para a geração mais nova, que dificilmente irá a locais físicos para fazer um consórcio", disse. Ele também avalia que é preciso "derrubar o preconceito" que muitas pessoas ainda possuem com o modelo de negócio. "Ainda há muita desinformação sobre o funcionamento", afirmou.Pensando nisso, ele conta que a Klubi, totalmente digital, retirou do processo o corretor de consórcio. O próprio cliente faz tudo pela plataforma da empresa. Além disso, a oferta de compra planejada, modalidade de acesso ao crédito que permite receber o valor na metade do período escolhido para o pagamento das parcelas, e a possibilidade de contratar crédito para eletrônicos e serviços (como viagens) têm atraído os jovens. "O usuário tem independência. E sem o intermediário, que busca uma comissão maior, abre-se um leque de possibilidades com planos de valores menores, que permitem a compra do celular dos sonhos, por exemplo", explicou Rocha.
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram um forte crescimento dos consórcios no País. De acordo com a associação, houve um aumento de 17,3% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo a ABAC, os créditos comercializados também subiram, registrando uma alta de 13,2% e atingindo R$ 201,65 bilhões.

Foram vendidas 2,5 milhões de cotas entre janeiro e julho de 2024, um aumento de 4,2% em comparação com as 2,4 milhões de cotas vendidas no mesmo período de 2023. Desde janeiro de 2022, o número de participantes ativos cresceu de 8,21 milhões para 10,70 milhões em julho de 2024, representando um aumento de 30,3% ao longo de trinta e um meses.

Com base no anuário relativo ao ano de 2023, dados mais atuais do segmento para o Rio Grande do Sul, também houve  números positivos no mercado de consórcios gaúcho. A ABAC aponta que foram vendidas 105.875 cotas para veículos leves, um aumento de 22,2% em comparação a 2022. São 313.103 membros de consórcios de veículos leves no RS, a maior modalidade na região. No total, entre todas as modalidades, foram vendidas 219.734 cotas no Estado em 2023, representando um aumento de 7,4%. Todas as modalidades somam 689.734 membros de consórcios no RS.

De acordo com Eduardo Rocha, CEO da fintech Klubi e especialista em consórcios, uma das razões para o crescimento do mercado de consórcios é a dificuldade do brasileiro médio em acessar crédito em instituições financeiras tradicionais, o que torna o consórcio uma oportunidade. "A taxa de aprovação é baixa e os juros são altos. O consórcio é um negócio muito inclusivo, não precisa de entrada e os prazos são bem dilatados. Logo, quem tem uma renda intermediária opta pelo consórcio", afirmou. Rocha ressalta também a 'boa regulamentação' realizada pelo Banco Central como um fator que impulsiona o mercado.

Ainda assim, ele analisa que o mercado tem potencial de crescimento e que o principal desafio é a conexão com o público mais jovem. "Hoje temos 10 milhões de pessoas no mundo do consórcio, mas a faixa intermediária de renda chega a 90 milhões, temos muito a explorar. Acho que é preciso deixar a linguagem mais acessível e construir uma boa experiência para a geração mais nova, que dificilmente irá a locais físicos para fazer um consórcio", disse. Ele também avalia que é preciso "derrubar o preconceito" que muitas pessoas ainda possuem com o modelo de negócio. "Ainda há muita desinformação sobre o funcionamento", afirmou.

Pensando nisso, ele conta que a Klubi, totalmente digital, retirou do processo o corretor de consórcio. O próprio cliente faz tudo pela plataforma da empresa. Além disso, a oferta de compra planejada, modalidade de acesso ao crédito que permite receber o valor na metade do período escolhido para o pagamento das parcelas, e a possibilidade de contratar crédito para eletrônicos e serviços (como viagens) têm atraído os jovens. "O usuário tem independência. E sem o intermediário, que busca uma comissão maior, abre-se um leque de possibilidades com planos de valores menores, que permitem a compra do celular dos sonhos, por exemplo", explicou Rocha.

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