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Publicada em 30 de Agosto de 2024 às 17:32

Haddad: déficit anunciado do Governo Central em julho está em linha com metas do ano

Ministro afirmou que houve interpretação errada de dados divulgados pelo BC

Ministro afirmou que houve interpretação errada de dados divulgados pelo BC

Lula Marques/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Agência Estado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (30) que o resultado primário do Governo Central — formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrado em julho, divulgado pelo BC, veio "completamente em linha com as metas do ano".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (30) que o resultado primário do Governo Central — formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrado em julho, divulgado pelo BC, veio "completamente em linha com as metas do ano".
Embora o rombo do setor público consolidado do mês passado tenha surpreendido negativamente o mercado, o resultado isolado do Governo Central que será apresentado pelo Tesouro Nacional deverá vir próximo das estimativas, segundo fontes.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, calcula que o déficit primário para o mês passado fechou em R$ 8,5 bilhões. Pela metodologia do BC, o déficit do Governo Central ficou em R$ 8,618 bilhões.
O BC divulgou nesta sexta que o setor público consolidado — que inclui Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras — teve déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho.
O número surpreendeu porque a mediana do mercado indicava déficit de R$ 6,70 bilhões nessas contas, com estimativas que variavam de déficit de R$ 13,80 bilhões a superávit de R$ 6,10 bilhões. Mas a maior surpresa veio do rombo registrado dos governos regionais, que ficou em R$ 11,038 bilhões.
Haddad comentou o dado lembrando que, em ano eleitoral, os prefeitos avançam com seus gastos nos primeiros nove meses e depois freiam para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para o ministro, houve uma interpretação errada dos dados hoje, ao se confundir o resultado do setor consolidado com o do governo central. Ele comentou ter passado a manhã conversando com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, para entender o que havia acontecido.
"Esse ano a meta é zero com banda de 0,25%. Teve interpretação errada sobre divulgação do BC, pegaram o déficit do setor público todo e atribuíram ao governo federal, mas nosso déficit anunciado é completamente em linha com as metas do ano", disse em evento em São Paulo.
Ele ainda lembrou que as projeções da Focus para o déficit neste ano eram piores no início do ano, o que, para ele, não fazia sentido, tendo em vista as medidas que o governo conseguiu aprovar no Congresso. "Aí pega as projeções da Focus, era de 0,8% a 1% déficit, como vou fazer déficit perto do ano passado com tudo que aprovei? Aí mercado dizendo que seria maior, pressionando dólar, juro, BC, e eu dizia que não casavam os números. Então existe aí uma questão que tem que ver com mercado financeiro, BC IPCA-15 veio a 0,19%, com tudo que estão falando de pressão inflacionária. O índice de desconforto, que é a soma da inflação com desemprego, é o menor da história", disse o ministro.
Haddad comentou ainda que 1 ponto percentual do déficit de 2,1% registrado no ano passado foi resultado de problemas herdados do governo passado, como a indenização aos governadores e o "calote" dos precatórios. "Eu prometi 1% de déficit no ano passado, todo mundo dizia que era impossível", afirmou.

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