O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (30), que o governo pode entregar um déficit primário dentro da banda de tolerância da meta este ano, caso o Congresso aprove as medidas desenhadas para compensar a desoneração da folha de pagamentos.
"É quase certo que o déficit caia a menos da metade do ano passado, e há uma probabilidade, se o Congresso aprovar a compensação da desoneração, de a gente estar na banda do déficit previsto pela LDO", afirmou, em um evento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em São Paulo.
A meta fiscal deste ano é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos.
Haddad disse que, em 2023, o governo não conseguiu cumprir o déficit esperado devido a gastos extras, como indenizações a governadores. E voltou a afirmar que o mercado vinha insistindo que o rombo nas contas públicas seria maior.
Servidores
Um grupo de servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) compareceu ao evento para levar reivindicações da categoria ao ministro. Os servidores entregaram um panfleto ao ministro, minutos antes do início de sua fala, e fizeram uma foto na entrada do auditório do hotel.
Além da retomada das negociações para reajuste salarial da categoria, os servidores reivindicam reestruturação da carreira e se dizem "preocupados" com o efeito dos cortes orçamentários em despesas obrigatórias anunciado pelo governo para o orçamento de 2025.
Segundo eles, os cortes já têm impactado o pagamento de custeio de viagens e há temor de que a redução orçamentária afete o funcionamento de atividades como o Portal da Transparência.