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Publicada em 27 de Agosto de 2024 às 12:20

RS tem captação de R$ 20 bi em fundos de investimentos

Posição do RS em investimentos é consolidada, segundo executivo

Posição do RS em investimentos é consolidada, segundo executivo

Raphael Ribeiro/BCB/Divulgação/JC
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Caren Mello
Caren Mello
Os fundos de investimentos gaúchos captaram R$ 20,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. Mesmo com todos os impactos das enchentes do final do mês de abril e maio, houve um incremento de 128% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados R$ 8,9 bilhões entre janeiro e junho.
Os fundos de investimentos gaúchos captaram R$ 20,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. Mesmo com todos os impactos das enchentes do final do mês de abril e maio, houve um incremento de 128% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados R$ 8,9 bilhões entre janeiro e junho.
No mesmo período deste ano, aumentou também o número de cotistas de fundos no Estado, chegando a 439,5 mil investimentos feitos neste mercado, com alta de 6,7% no comparativo. Os números fazem parte do levantamento Mapa dos Fundos, realizado pela Nelogica, maior provedora de tecnologia para investimentos da América Latina. “O Rio Grande do Sul tem uma posição consolidada nesse mercado. Esse desempenho demonstra a confiança que o investidor sempre teve ao escolher um gestor para deixar o seu é dinheiro investido. A confiança é o monte central”, avaliou o diretor da Nelogica, Filipe Ferreira.
De acordo com Ferreira, o Estado sempre se manteve como uma terceira força nesse mercado, embora tenha havido uma preocupação dos executivos. Existia, segundo ele, a possibilidade de os próprios investidores locais alocarem recursos com gestores geograficamente próximos, um fenômeno comum no setor. “É uma demonstração de confiança na força do Estado”, avaliou.
Em relação ao país, o Mapa dos Fundos indicou uma captação de R$ 234,95 bilhões entre janeiro e junho deste ano, invertendo o elevado movimento de saques registrado no mesmo período de 2023. Em termos de expansão geográfica do mercado, se destaca o Mato Grosso, que em junho de 2023 não sediava nenhum fundo e agora tem quatro fundos operados por dois gestores com CNPJ local. "Há bastante tempo contamos com uma riqueza muito forte na região, especialmente pelo agronegócio, porém muitas vezes o mercado de capitais ficava ainda um pouco deslocado pela falta de operadores locais olhando diretamente para esse público", observou.
Doutor em Finanças, Ferreira explica como é a produção do Mapa dos Fundos, levantamento feito semestralmente pela empresa com o objetivo de estudar o fluxo de valores no mercado financeiro. A principal referência para o estudo é a geografia dos fundos. As maiores concentrações, tradicionalmente, estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em um segundo momento, é avaliado quem está captando, como acontecem os fluxos de dinheiro e como essas tendências mudam ao longo do tempo. Enquanto a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima) avalia apenas onde são colocados os valores, a Neológica observa toda a movimentação dos investimentos.
Fundada em 2003, a Nelogica é a maior provedora de tecnologia para investimentos da América Latina. Por meio de suas plataformas, dezenas de bilhões de ordens são geradas diariamente nas principais bolsas de valores do mundo. A empresa atende milhões de usuários, localizados em mais de 150 países. Atua ainda provendo produtos e serviços para corretoras, bancos e clientes institucionais.

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