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Publicada em 22 de Agosto de 2024 às 18:04

Com quase R$ 80 mi arrecadados, Vakinha encerra campanha solidária da enchente com evento

 Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha, visitou o JC nesta quinta-feira

Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha, visitou o JC nesta quinta-feira

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Com quase R$ 80 milhões arrecadados durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano, a plataforma de doações Vakinha realiza, na próxima segunda-feira (26), a partir das 19h, o evento de encerramento da "Maior Campanha Solidária do RS", que acontece na Fábrica do Futuro, em Porto Alegre e terá a participação de personalidades que engajaram na divulgação, como o influenciador Badin (O colono) e integrantes do Pretinho Básico. 
Com quase R$ 80 milhões arrecadados durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano, a plataforma de doações Vakinha realiza, na próxima segunda-feira (26), a partir das 19h, o evento de encerramento da "Maior Campanha Solidária do RS", que acontece na Fábrica do Futuro, em Porto Alegre e terá a participação de personalidades que engajaram na divulgação, como o influenciador Badin (O colono) e integrantes do Pretinho Básico. 
Além do painel que contará os bastidores de quem atuou na linha de frente dos resgates e apoio aos atingidos pelas cheias e da apresentação de projetos contemplados pelos recursos da campanha, o evento fará uma prestação de contas parcial da alocação dos recursos. De acordo com o CEO da Vakinha, Luiz Felipe Gheller, essa também é uma oportunidade de agradecer e reconhecer quem ajudou na campanha que, inicialmente, esperava arrecadar cerca de R$ 5 milhões.
"Essa é a sexta enchente em que atuamos. Sempre que acontece algo importante, surge uma vaquinha na Vakinha. Nós evitávamos ser protagonista, mas, dessa vez, resolvemos fazer a nossa e isso nos ajudou a ativar uma rede de pessoas que doaram e divulgaram. Cresceu muito rápido", considerou. O pico de doações aconteceu nas primeiras duas semanas da vaquinha e, ao total, foram mais de 1,3 milhão de doadores.
Gheller afirmou que a primeira parte do processo de doação foi emergencial. Ou seja, a verba foi direcionada para a compra de alimentos e materiais de higiene. "Depois, contratamos uma consultoria para nos ajudar com a distribuição. Isso foi importante para a gente saber se as entidades escolhidas para receber o dinheiro tinham equipe capacitada, outras formas de obter recursos financeiros, além de conseguirmos, assim, avaliar qual era a complexidade do projeto", complementou. A maioria dos recursos ficou em Porto Alegre e Região Metropolitana, mas o CEO garantiu que as distribuições foram pulverizadas pelas regiões do Estado, com mais de 95 municípios beneficiados. Ainda restam R$ 5 milhões para serem distribuídos.
Em visita ao Jornal do Comércio nesta quinta-feira (22), o CEO da instituição de pagamento explicou que a ideia da vaquinha da Vakinha surgiu da necessidade de facilitar a distribuição dos recursos e, apesar do Instituto Vakinha já atuar em outras causas há três anos, a campanha da enchente no Rio Grande do Sul foi a primeira de grande repercussão. "Entendemos que tem um complicador em fazer a divulgação da campanha e a distribuição do recurso. O instituto consegue fazer isso com mais facilidade, e os parceiros se preocupam apenas em divulgar", disse. Ainda segundo Gheller, que foi recebido na sede do JC pelo Diretor-Presidente Giovanni Jarros Tumelero, cerca de 4,5 mil vaquinhas surgiram na plataforma no período das cheias, movimentando cerca de R$ 126 milhões.

'Presentes não convencionais' deram origem à plataforma Vakinha 

 
A Vakinha, plataforma de doações e pagamento que conquistou o Brasil, tem 16 anos de atuação e surgiu de um "obstáculo" no casamento do CEO, Luiz Felipe Gheller. O casal desejava morar fora depois do matrimônio e, por isso, não desejava receber presentes físicos. 
"Naquela época era comum dar presente físico, e nós queríamos arrecadar recursos para morar fora. A alternativa eram aquelas cotas de lua de mel que as empresas de viagem faziam, mas era um sistema complicado, difícil", resumiu. A partir desse desafio, ele e o cunhado, que também é sócio da plataforma, começaram a amadurecer a ideia da Vakinha, que se consolidou cerca de dois anos depois, com o propósito inicial de propiciar um ambiente virtual para presentes 'não convencionais' de casamentos e formaturas, como foi o caso de Gheller.
A 'vaquinha', expressão informal utilizada por pequenos grupos que desejavam dividir o valor de um presente ou evento, migrou, então, para o ambiente digital, alcançando mais pessoas. O negócio cresceu e virou, nas palavras do CEO, quase um "serviço social". Atualmente, são 43 colaboradores, a maioria com base em Porto Alegre. De acordo com Gheller, as três causas que mais mobilizam usuários na plataforma são saúde, educação e causa pet. A empresa cobra uma taxa das doações. Atualmente, mais de 3 mil vaquinhas são abertas por dia na Vakinha. 

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