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Publicada em 02 de Agosto de 2024 às 12:20

"Não vou mais alugar para bar", diz proprietário do imóvel onde fica Van Gogh

Ponto na esquina da João Pessoa com a República será entregue

Ponto na esquina da João Pessoa com a República será entregue

Maria Amélia Vargas/Especial/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
O tradicional bar Van Gogh vai fechar as portas em agosto. A informação foi divulgada pelo site Rua da Margem, do jornalista Paulo César Teixeira, e confirmada pelo Jornal do Comércio. O local ficou conhecido por servir sopas nos fins de noite no bairro Cidade Baixa e marcou a história da boemia de Porto Alegre.
O tradicional bar Van Gogh vai fechar as portas em agosto. A informação foi divulgada pelo site Rua da Margem, do jornalista Paulo César Teixeira, e confirmada pelo Jornal do Comércio. O local ficou conhecido por servir sopas nos fins de noite no bairro Cidade Baixa e marcou a história da boemia de Porto Alegre.
O Van Gogh, entretanto, seguiu um curso irregular ao longo do tempo. O ponto de encontro das madrugadas teve seus melhores dias nas décadas de 1980 e 1990, mas não resistiu à mudança de comportamento da boemia porto-alegrense.
O advogado Pascoal Luzzi, proprietário do imóvel da Avenida João Pessoa com a Rua da República, conta que o empreendimento acumulava dívidas de aluguel há mais de quatro anos, assim como de IPTU e outras despesas. "Tentamos várias vezes entrar em contato com ele (com o dono do bar, Cláudio Piovesani), sugerindo inclusive que entregasse o prédio, porque está muito estragado. Ele foi protelando, protelando, mas não quisemos entrar na Justiça. E assinou um termo de compromisso da entrega, do passe, que vai ser agora no dia 11 (de agosto)", detalha.
Luzzi conta que durante o período da pandemia, em 2020, foi até colocado cartaz em frente ao estabelecimento para a venda do ponto, mas, segundo ele, "ninguém quis assumir esse compromisso". Para o advogado, o estado atual do imóvel deve ter desencorajado possíveis compradores. "Depois que ele sair, eu vou ver o que eu fazer. Tem que fazer uma reforma muito grande lá, nunca foram cumpridas as determinações do Plano de Prevenção Contra Incêndio e outras incomodações que eu não gosto nem de falar", lamenta.
Questionado sobre planos para o local após a desocupação, Luzzi diz só ter uma certeza: "Não vou mais alugar para bar! O condomínio não aceita mais".
A reportagem não conseguiu contatar o dono do bar, Cláudio Piovesani, até o fechamento desta matéria.

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