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Publicada em 01 de Agosto de 2024 às 18:02

Pronampe Gaúcho tem 856 operações e libera R$ 79 milhões para empresas

Banrisul está liberando crédito do Estado a empreendedores de pequeno porte

Banrisul está liberando crédito do Estado a empreendedores de pequeno porte

MARCELO G. RIBEIRO/ARQUIVO/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Anunciado em 15 de julho pelo Palácio Piratini, o Pronampe Gaúcho, programa de crédito com subsídio do Estado, contabiliza, até a manhã desta quinta-feira, 1º de agosto, 856 operações. O total dos contratos assinados somam R$ 79 milhões. As informações foram divulgadas à reportagem pelo Banrisul, banco responsável por liberar o crédito aos empresários afetados pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul.
Anunciado em 15 de julho pelo Palácio Piratini, o Pronampe Gaúcho, programa de crédito com subsídio do Estado, contabiliza, até a manhã desta quinta-feira, 1º de agosto, 856 operações. O total dos contratos assinados somam R$ 79 milhões. As informações foram divulgadas à reportagem pelo Banrisul, banco responsável por liberar o crédito aos empresários afetados pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul.
Na semana passada, dia 25 de julho, o empreendedor Ezequiel de Andrade Neves, proprietário do Atelier do Tempo, loja especializada na restauração, conserto e comércio de relógios antigos, aderiu ao programa. Ele foi um dos pequenos empresários impactados pela enchente que atingiu Porto Alegre. A loja, localizada na avenida Farrapos, sofreu com estragos estruturais e perda de mercadorias, além da paralisação das atividades. De acordo com ele, o prejuízo ficou em torno de R$ 300 mil. 
"Nós perdemos muita coisa. Perdemos relógios, perdemos móveis. Perdemos relógios de clientes que teremos que repor e alguns que não vamos conseguir. Tem relógios que o valor afetivo é maior que o financeiro", contou. Segundo o empresário, a loja já havia enfrentado outros alagamentos, ainda que de proporções menores, em outros momentos. "Em novembro do ano passado, a água entrou na loja, mas não foi a mesma coisa que a cheia de maio", comparou. Com as enchentes históricas deste ano, o empreendedor disse que o nível da água atingiu a marca de, aproximadamente, 1,20 metro. 
Na visão dele, o Pronampe Gaúcho deu fôlego ao negócio, agora localizado em outro endereço, na avenida Cristóvão Colombo, 1.438, no bairro Floresta, enquanto outros programas do governo federal não foram suficientes para sanar o problema. "No Pronampe federal, pelo Banco do Brasil, não obtive resposta", disse. Pelo auxílio do governo estadual, ele conseguiu um crédito de R$ 50 mil. "É um valor importante. Conseguimos investir em segurança, na compra de relógios e manter as três pessoas que empregamos aqui. Tem ajudado bastante", resumiu. 
Antes, durante e depois das cheias, Ezequiel considera que a classe empresarial ficou desassistida. "Os empresários geralmente têm um cartucho para queimar. Ou eles usam para pagar as contas e os salários e fechar o negócio, ou alimentam a esperança de um empréstimo. O que acontece é que estamos com dificuldades nos empréstimos. É um descaso", acusou. Ele cobrou, ainda, mais ação e celeridade dos governos municipal e federal. "É muita falta de consideração. É revoltante a demora. Meu sentimento, como empresário, é que houve negligência antes, falta de protocolo durante e falta de socorro depois das cheias", refletiu.

Pronampe Gaúcho

No total, a linha de crédito conta com R$ 250 milhões em recursos, dos quais 40% serão subvencionados pelo governo do Estado, no montante de R$ 100 milhões. A iniciativa, que faz parte do Plano Rio Grande lançado pelo Executivo estadual, pretende apoiar a recuperação de 22 mil microempreendedores gaúchos.

O Pronampe Gaúcho é direcionado exclusivamente aos MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte localizados (matriz ou filial) em municípios em estado de calamidade e apontados pelo sistema de mapeamento de áreas atingidas pelas enchentes, o Mapa Único do Plano Rio Grande (MUP RS). As empresas devem ter registro ativo e operação antes de 24 de abril de 2024.

O valor máximo de crédito será de R$ 3 mil para MEIs e de R$ 150 mil para outros empreendimentos enquadrados no programa de fomento à reconstrução econômica. Os encargos financeiros serão limitados a 1,35% ao mês, com equalização do juro pelo subsídio de 40% do valor da operação pelo Estado. O prazo de pagamento será de 60 meses, com um ano de carência, sem desembolsos nesse período.

A contratação ocorre nas agências do Banrisul. A linha de crédito também está disponível para empreendedores que ainda não são clientes, que podem procurar a agência do Banrisul mais próxima para abrir o seu cadastro.

Programa conta com R$ 250 milhões para empreendedores

No total, a linha de crédito conta com R$ 250 milhões em recursos, dos quais 40% serão subvencionados pelo Governo do Estado, no montante de R$ 100 milhões. A iniciativa, que faz parte do Plano Rio Grande lançado pelo executivo estadual, pretende apoiar a recuperação de 22 mil microempreendedores gaúchos.

O Pronampe Gaúcho é direcionado exclusivamente aos MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte localizados (matriz ou filial) em municípios em estado de calamidade e apontados pelo sistema de mapeamento de áreas atingidas pelas enchentes, o Mapa Único do Plano Rio Grande (MUP RS). As empresas devem ter registro ativo e operação antes de 24 de abril de 2024.

O valor máximo de crédito será de R$ 3 mil para MEIs e de R$ 150 mil para outros empreendimentos enquadrados no programa de fomento à reconstrução econômica. Os encargos financeiros serão limitados a 1,35% ao mês, com equalização do juro pelo subsídio de 40% do valor da operação pelo Estado. O prazo de pagamento será de 60 meses, com um ano de carência, sem desembolsos nesse período.

A contratação ocorre nas agências do Banrisul. A linha de crédito também está disponível para empreendedores que ainda não são clientes, que podem procurar a agência do Banrisul mais próxima para abrir o seu cadastro.

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