com Eduardo Laguna e Caroline Aragaki
Após uma tarde marcada por troca de sinais e oscilações ao redor da estabilidade, o dólar à vista se firmou em leve baixa na reta final dos negócios e encerrou a sessão desta terça-feira (30) em queda de 0,15%, a R$ 5,6173, perto da mínima de R$ 5,6122. Operadores afirmam que o clima de cautela na véspera de decisão de política monetária nos EUA, Japão e Brasil manteve investidores na defensiva, sem apetite por apostas mais contundentes.
Pela manhã, o dólar ensaiou um movimento de alta, subindo até R$ 5,6633 na máxima, refletindo a queda das commodities, como do minério de ferro e petróleo, e uma retomada de posições cambiais defensivas. Era esperado que o real devolvesse na primeira etapa de negócios parte dos ganhos obtidos ontem, quando se apreciou na contramão da tendência de queda das divisas emergentes.
A formação da taxa de câmbio também esteve muito sujeita a questões técnicas típicas de fim de mês, como a rolagem de posições no segmento futuro e a preparação para a disputa amanhã pela formação da última taxa Ptax de julho. Investidores estrangeiros ainda carregam estoque superior a US$ 70 bilhões em posições compradas em derivativos cambiais — dólar futuro, mini contratos, cupom cambial e swap.
"O mercado está completamente sem convicção, na espera dos sinais do Federal Reserve de que a queda de juros está próxima", afirma o diretor de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão. "Na teoria, a perspectiva de corte nos Estados Unidos beneficiaria o real, mas infelizmente a nossa questão fiscal ainda pesa sobre o câmbio."
Espera-se que o governo publique ainda hoje decreto com detalhamento da contenção de R$ 15 bilhões em gastos no orçamento deste ano. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a ala política do Planalto ainda tenta preservar ao máximo as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A avaliação da maioria dos economistas é a de que, para cumprir a meta fiscal deste ano, o governo terá que anunciar novos congelamentos nos próximos meses.
No exterior, o índice DXY — que mede o comportamento do dólar em relação a uma sexta de seis divisas fortes — operou ao redor da estabilidade à tarde, pouco acima dos 104,500 pontos. Não houve impacto relevante nas moedas globais do ataque de Israel a Beirute, capital do Líbano, visando alvos do Hezbollah.
A moeda americana teve leve ganho em relação ao euro e baixa moderada na comparação com o iene. A divisa japonesa se fortalece na expectativa de que o Banco do Japão (BoJ) anuncie no início da madrugada da próxima quarta-feira (31) uma elevação dos juros, após intervenções no mercado cambial ao longo do mês.
É dado como certo que o Federal Reserve vai anunciar amanhã manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%, mas há expectativa de sinais de corte nos próximos meses, provavelmente em setembro, no comunicado da decisão e na entrevista coletiva do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell.
Em live organizada pela Warren Investimentos, o sócio-fundador e portfolio manager da Novus Capital, Eduardo Portella, afirmou que, se o Fed não reduzir os juros em setembro, o Brasil entrará em uma "espiral negativa" e verá o "o câmbio brigando lá nos R$ 6,00".
Na mesma linha, o sócio e economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, avalia que uma postergação do início do alívio monetário vai aumentar o grau de incerteza no mercado local. "Se o Fed atrasar corte de setembro, acho que as cosias ficam muito difíceis. É inevitável até pela influência que vai ter no câmbio", disse Chermont.
Por aqui, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncie manutenção da Selic em 10,50%, em um comunicado com tom duro, dada a deterioração recente das expectativas de inflação, a valorização do dólar e o crescente ceticismo com o cumprimento das metas fiscais.
Pela manhã, o dólar ensaiou um movimento de alta, subindo até R$ 5,6633 na máxima, refletindo a queda das commodities, como do minério de ferro e petróleo, e uma retomada de posições cambiais defensivas. Era esperado que o real devolvesse na primeira etapa de negócios parte dos ganhos obtidos ontem, quando se apreciou na contramão da tendência de queda das divisas emergentes.
A formação da taxa de câmbio também esteve muito sujeita a questões técnicas típicas de fim de mês, como a rolagem de posições no segmento futuro e a preparação para a disputa amanhã pela formação da última taxa Ptax de julho. Investidores estrangeiros ainda carregam estoque superior a US$ 70 bilhões em posições compradas em derivativos cambiais — dólar futuro, mini contratos, cupom cambial e swap.
"O mercado está completamente sem convicção, na espera dos sinais do Federal Reserve de que a queda de juros está próxima", afirma o diretor de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão. "Na teoria, a perspectiva de corte nos Estados Unidos beneficiaria o real, mas infelizmente a nossa questão fiscal ainda pesa sobre o câmbio."
Espera-se que o governo publique ainda hoje decreto com detalhamento da contenção de R$ 15 bilhões em gastos no orçamento deste ano. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a ala política do Planalto ainda tenta preservar ao máximo as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A avaliação da maioria dos economistas é a de que, para cumprir a meta fiscal deste ano, o governo terá que anunciar novos congelamentos nos próximos meses.
No exterior, o índice DXY — que mede o comportamento do dólar em relação a uma sexta de seis divisas fortes — operou ao redor da estabilidade à tarde, pouco acima dos 104,500 pontos. Não houve impacto relevante nas moedas globais do ataque de Israel a Beirute, capital do Líbano, visando alvos do Hezbollah.
A moeda americana teve leve ganho em relação ao euro e baixa moderada na comparação com o iene. A divisa japonesa se fortalece na expectativa de que o Banco do Japão (BoJ) anuncie no início da madrugada da próxima quarta-feira (31) uma elevação dos juros, após intervenções no mercado cambial ao longo do mês.
É dado como certo que o Federal Reserve vai anunciar amanhã manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%, mas há expectativa de sinais de corte nos próximos meses, provavelmente em setembro, no comunicado da decisão e na entrevista coletiva do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell.
Em live organizada pela Warren Investimentos, o sócio-fundador e portfolio manager da Novus Capital, Eduardo Portella, afirmou que, se o Fed não reduzir os juros em setembro, o Brasil entrará em uma "espiral negativa" e verá o "o câmbio brigando lá nos R$ 6,00".
Na mesma linha, o sócio e economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, avalia que uma postergação do início do alívio monetário vai aumentar o grau de incerteza no mercado local. "Se o Fed atrasar corte de setembro, acho que as cosias ficam muito difíceis. É inevitável até pela influência que vai ter no câmbio", disse Chermont.
Por aqui, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncie manutenção da Selic em 10,50%, em um comunicado com tom duro, dada a deterioração recente das expectativas de inflação, a valorização do dólar e o crescente ceticismo com o cumprimento das metas fiscais.