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Publicada em 30 de Julho de 2024 às 10:23

Tradicional boate de Porto Alegre é demolida e deve dar lugar a rede de fast food

Cord atraía frequentadores famosos para seus camarotes

Cord atraía frequentadores famosos para seus camarotes

Mauro Belo Schneider/Especial/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
O número 1.233 da rua Casemiro de Abreu, em Porto Alegre, onde funcionou a tradicional boate Cord, dará lugar a um novo empreendimento. Vizinhos e trabalhadores do terreno atualmente em demolição já sabem o que funcionará no endereço. “Será um McDonald’s”, garante o frentista João Valmir da Silva, que é empregado do posto da frente do ponto há 38 anos.
O número 1.233 da rua Casemiro de Abreu, em Porto Alegre, onde funcionou a tradicional boate Cord, dará lugar a um novo empreendimento. Vizinhos e trabalhadores do terreno atualmente em demolição já sabem o que funcionará no endereço. “Será um McDonald’s”, garante o frentista João Valmir da Silva, que é empregado do posto da frente do ponto há 38 anos.
A assessoria de imprensa da rede norte-americana ainda não confirmou a informação e diz que não há previsão de novas lojas no Rio Grande do Sul no segundo semestre. Nas redondezas, no entanto, a nova moradora já é dada como certa e muito aguardada. Isto porque o imóvel estava fechado desde 2019. “Quando começou a pandemia, não abriu mais”, lamenta Silva.
João Valmir da Silva trabalha no posto da frente há 38 anos | Mauro Belo Schneider/Especial/JC
João Valmir da Silva trabalha no posto da frente há 38 anos Mauro Belo Schneider/Especial/JC
O frentista lembra que, além de Cord, funcionou ali a Wood's, voltada à música sertaneja. Antes disso, um pouco mais no passado, foi estúdio da Rádio Capital. “Posso escrever um livro do que já vi aqui. Os frequentadores tomavam bebidas no posto antes de ir para a festa e depois. Eu trabalhava de noite e cuidava para que os carros não invadissem o posto”, lembra, sobre os tempos áureos do Cord.
Era comum ver muitas filas na Casemiro de Abreu nos dias de festas. Jovens das mais diversas regiões da capital gaúcha frequentavam a balada, uma vez que o Cord agradava diferentes estilos, do pagode ao emo. 
“Havia muitos camarotes, o que acabava trazendo jogadores de futebol e gente famosa. Era uma boate muito requisitada”, recorda o frentista. Ele mesmo, aliás, era frequentador. “Quando comecei a trabalhar aqui, era solteiro, tinha 21 anos. Hoje sou pai de quatro mulheres, tenho cinco netos e 59 anos”, descreve.
A demolição é feita por uma retroescavadeira, e há apenas resquícios do antigo prédio. Do lado de fora, funcionários pintam os tapumes de preto.
Atualmente, local é demolido com retroescavadeiras | Mauro Belo Schneider/Especial/JC
Atualmente, local é demolido com retroescavadeiras Mauro Belo Schneider/Especial/JC

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