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Publicada em 26 de Julho de 2024 às 18:27

Ibovespa sobe 1,22%, perto de 127,5 mil, e quase neutraliza perda da semana

Índice sobe 2,89% no mês, mas ainda cede 4,99% no ano

Índice sobe 2,89% no mês, mas ainda cede 4,99% no ano

ARTE/JC
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Agência Estado
O Ibovespa acentuou ganho ao longo da tarde, recuperando a linha dos 127 mil pontos e quase zerando as perdas que haviam se acumulado na semana. Nesta sexta-feira (26), o índice da B3 oscilou entre mínima de 125.953,28 e máxima de 127.699,91 pontos, encerrando ainda em alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos, com giro a R$ 22,6 bilhões. No mês, sobe 2,89%, ainda cedendo 4,99% no ano. Na semana, recuou 0,10%, após queda de 0,99% no intervalo anterior.Na B3, o dia foi amplamente positivo para as ações de primeira linha, com destaque para Vale (ON +1,49%), após o balanço do segundo trimestre, na noite de ontem, que permitiu que a ação da mineradora fechasse a semana com ganho de 0,57%. Após dois pregões em alta, os preços do petróleo voltaram a ceder terreno, em queda superior a 1% na sessão, com a incerteza em torno da demanda chinesa. Ainda assim, tanto a ON como a PN de Petrobras tiveram ajuste discreto nesta sexta-feira, com a primeira em alta de 0,29% e a segunda, baixa de 0,11%.Os grandes bancos foram bem na sessão, tendo Santander (Unit +1,80%) à frente nesta sexta-feira. Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Azul (+6,87%), JBS (+6,72%) e Hypera (+5,77%). No lado oposto, atenção para a forte queda de Usiminas (-23,55%), bem à frente de Carrefour (-1,50%) e Suzano (-1,30%). Os bancos Itaú BBA e Safra consideraram negativos os números trimestrais apresentados pela siderúrgica, em especial o Ebitda abaixo do esperado, reporta a jornalista Júlia Pestana, do Broadcast. A Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo trimestre, depois de ter registrado lucro no mesmo período de 2023.No quadro mais amplo, além dos bons números apresentados pela Vale na noite de ontem, o cenário externo contribuiu, hoje, para a melhora do Ibovespa a ponto de quase reverter o sinal na semana. Nesta sexta-feira, a curva de juros doméstica mostrou queda em todos os vértices, refletindo os dados da inflação dos EUA divulgados hoje (PCE), dentro do consenso, o que permite que os investidores voltem a atenção para a reunião do Copom na próxima semana, observa Inácio Alves, analista da Melver.Para Cesar Mikail, gestor de renda variável na Western Asset, há uma relativa melhora na percepção de risco fiscal, com o contingenciamento de R$ 15 bilhões anunciado pelo governo para que a meta de déficit fiscal zero, este ano, seja buscada — o que não apaga a incerteza que persiste para 2025 e 2026. Tal incerteza é refletida, ainda, no nível do câmbio e dos juros longos, que continuam a embutir prêmios decorrentes da cautela quanto à condução das contas públicas. Como se diz, "quando a pasta de dente sai do tubo, não dá para colocar de volta"."Muito foi dito sobre gastos, e ainda que exista uma correção agora no que tem sido dito e se procura fazer, o dólar está a R$ 5,65, quando o natural seria algo como R$ 5,40 — e o DI para 2030 seguia a 12,16% nesta tarde, comparado a 12,43% no auge do estresse sobre as contas públicas", acrescenta. "Houve melhora de fluxo estrangeiro neste mês na Bolsa, mas muito baseada também no câmbio, que derrubou demais os preços, atraindo atenção para papéis como os de Gerdau e Petrobras."Em paralelo, o gestor aponta o movimento em curso nos índices de Nova York, de rotação de ações de tecnologia para as "valor", o que ajuda a entender o desempenho do Dow Jones — e especialmente do Russell 2000, de small caps, ações de menor capitalização de mercado — em relação ao amplo S&P 500 e ao tecnológico Nasdaq. Hoje, Dow Jones fechou em alta de 1,64%, em dia também positivo para S&P 500 (+1,11%) e Nasdaq (+1,03%). Na semana e no mês, contudo, enquanto Dow Jones avança, respectivamente, 0,75% e 3,76%, o desempenho é negativo para S&P 500 e Nasdaq: o amplo cai, pela ordem, 0,83% e 0,03%, enquanto o tecnológico cede 2,08% e 2,11% — ambos em correção técnica, vindo de máximas históricas recentes, aponta Mikail.
O Ibovespa acentuou ganho ao longo da tarde, recuperando a linha dos 127 mil pontos e quase zerando as perdas que haviam se acumulado na semana. Nesta sexta-feira (26), o índice da B3 oscilou entre mínima de 125.953,28 e máxima de 127.699,91 pontos, encerrando ainda em alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos, com giro a R$ 22,6 bilhões. No mês, sobe 2,89%, ainda cedendo 4,99% no ano. Na semana, recuou 0,10%, após queda de 0,99% no intervalo anterior.

Na B3, o dia foi amplamente positivo para as ações de primeira linha, com destaque para Vale (ON +1,49%), após o balanço do segundo trimestre, na noite de ontem, que permitiu que a ação da mineradora fechasse a semana com ganho de 0,57%. Após dois pregões em alta, os preços do petróleo voltaram a ceder terreno, em queda superior a 1% na sessão, com a incerteza em torno da demanda chinesa. Ainda assim, tanto a ON como a PN de Petrobras tiveram ajuste discreto nesta sexta-feira, com a primeira em alta de 0,29% e a segunda, baixa de 0,11%.

Os grandes bancos foram bem na sessão, tendo Santander (Unit +1,80%) à frente nesta sexta-feira. Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Azul (+6,87%), JBS (+6,72%) e Hypera (+5,77%). No lado oposto, atenção para a forte queda de Usiminas (-23,55%), bem à frente de Carrefour (-1,50%) e Suzano (-1,30%). Os bancos Itaú BBA e Safra consideraram negativos os números trimestrais apresentados pela siderúrgica, em especial o Ebitda abaixo do esperado, reporta a jornalista Júlia Pestana, do Broadcast. A Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo trimestre, depois de ter registrado lucro no mesmo período de 2023.

No quadro mais amplo, além dos bons números apresentados pela Vale na noite de ontem, o cenário externo contribuiu, hoje, para a melhora do Ibovespa a ponto de quase reverter o sinal na semana. Nesta sexta-feira, a curva de juros doméstica mostrou queda em todos os vértices, refletindo os dados da inflação dos EUA divulgados hoje (PCE), dentro do consenso, o que permite que os investidores voltem a atenção para a reunião do Copom na próxima semana, observa Inácio Alves, analista da Melver.

Para Cesar Mikail, gestor de renda variável na Western Asset, há uma relativa melhora na percepção de risco fiscal, com o contingenciamento de R$ 15 bilhões anunciado pelo governo para que a meta de déficit fiscal zero, este ano, seja buscada — o que não apaga a incerteza que persiste para 2025 e 2026. Tal incerteza é refletida, ainda, no nível do câmbio e dos juros longos, que continuam a embutir prêmios decorrentes da cautela quanto à condução das contas públicas. Como se diz, "quando a pasta de dente sai do tubo, não dá para colocar de volta".

"Muito foi dito sobre gastos, e ainda que exista uma correção agora no que tem sido dito e se procura fazer, o dólar está a R$ 5,65, quando o natural seria algo como R$ 5,40 — e o DI para 2030 seguia a 12,16% nesta tarde, comparado a 12,43% no auge do estresse sobre as contas públicas", acrescenta. "Houve melhora de fluxo estrangeiro neste mês na Bolsa, mas muito baseada também no câmbio, que derrubou demais os preços, atraindo atenção para papéis como os de Gerdau e Petrobras."

Em paralelo, o gestor aponta o movimento em curso nos índices de Nova York, de rotação de ações de tecnologia para as "valor", o que ajuda a entender o desempenho do Dow Jones — e especialmente do Russell 2000, de small caps, ações de menor capitalização de mercado — em relação ao amplo S&P 500 e ao tecnológico Nasdaq. Hoje, Dow Jones fechou em alta de 1,64%, em dia também positivo para S&P 500 (+1,11%) e Nasdaq (+1,03%). Na semana e no mês, contudo, enquanto Dow Jones avança, respectivamente, 0,75% e 3,76%, o desempenho é negativo para S&P 500 e Nasdaq: o amplo cai, pela ordem, 0,83% e 0,03%, enquanto o tecnológico cede 2,08% e 2,11% — ambos em correção técnica, vindo de máximas históricas recentes, aponta Mikail.

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