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Publicada em 25 de Julho de 2024 às 18:30

Ibovespa cai 0,37%, aos 125.954,09 pontos, no menor nível desde 3 de julho

Índice tem ganho de 1,65% no mês, mas cai 6,13% no ano

Índice tem ganho de 1,65% no mês, mas cai 6,13% no ano

ARTE/JC
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Agência Estado
O Ibovespa acentuou um pouco as perdas à tarde, encerrando abaixo do limiar de 126 mil, no menor nível desde 3 de julho, então a 125,6 mil pontos. Nesta quinta-feira (25), oscilou em margem relativamente mais ampla do que a do dia anterior, entre mínima de 125.626,28 e máxima de 126.422,73, correspondente à abertura. E fechou em baixa de 0,37%, a 125.954,09 pontos, com giro a R$ 17,5 bilhões. Na semana, recua 1,30%, sustentando ganho de 1,65% no mês — no ano, cai 6,13%.Na B3, o desempenho de Petrobras (ON -0,42%, PN -0,13%) e dos grandes bancos (Santander Unit -2,43%, Bradesco PN -1,59%, Itaú PN -0,44%) prevaleceu sobre o avanço do setor metálico, com exceção de CSN (ON -0,25%) e de Vale (-0,05%), à espera do balanço do segundo trimestre da mineradora, nesta noite. No segmento metálico, destaque para Gerdau (PN +2,06%) e Usiminas (PNA +2,10%) no encerramento. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Lwsa (+3,01%), Lojas Renner (+2,41%), além de Usiminas e Gerdau. No lado oposto, Vamos (-3,55%), Carrefour (-2,92%), PetroReconcavo (-2,82%), Sabesp (-2,78%) e Arezzo (-2,51%).Foi a terceira perda consecutiva para o índice da B3, algo não visto desde a transição de maio para junho, há quase dois meses. Desde que foi interrompida a série de 11 ganhos diários, em 16 de julho, foram oito sessões, com seis perdas e apenas dois avanços, ambos sutis: +0,26%, no dia 17, e +0,19%, na última segunda-feira. No mesmo intervalo, houve duas quedas mais agudas, nos dias 18 (-1,39%) e 23, anteontem (-0,99%). Assim, em relação ao pico mais recente, de 17 de julho, a 129.450 pontos no fechamento, o Ibovespa retrocede quase 3,5 mil pontos."Iniciada ainda na semana passada, a toada de correção na Bolsa prosseguiu hoje, com dois vetores principais: o próprio movimento de alta acumulada desde meados de junho, com o relativo alívio das preocupações fiscais; e o cenário externo, que tem se mostrado menos favorável", diz Felipe Moura, analista da Finacap, destacando também o início de nova temporada de balanços, referentes ao segundo trimestre, o que traz um pouco mais de volatilidade ao momento. "A temporada doméstica de resultados trimestrais será importante para atualização de números e para ver como ficará o valuation, considerando que a Bolsa permanece em patamar muito depreciado", acrescenta.No cenário doméstico, há também retomada da "pauta fiscal", com grau maior de questionamento em relação a como o contingenciamento de gastos será cumprido. "São esforços válidos que acalmaram muito os ânimos, mas há um certo ceticismo por parte dos investidores, o que explica esses prêmios de risco ainda elevados", diz o analista, ressaltando que o dólar segue "estressado" também por questões externas, com a moeda americana avançando ante referências globais e de emergentes.Para Matt Peron, head global de Soluções na Janus Henderson, a leitura do PIB dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre foi "significativamente mais forte do que o esperado, com a maior parte da surpresa por conta do aumento de estoques e do crescimento no consumo pessoal". Embora o resultado possa vir a ser revisado, ressalva Peron, a leitura desta manhã apoia a narrativa de pouso suave para a economia americana, que corresponde a "nosso cenário-base", acrescenta em nota."Deve proporcionar algum alívio aos mercados, ao mostrar que o segundo trimestre foi, de forma geral, sólido. No entanto, observamos que a economia parece estar desacelerando, o que pode causar volatilidade contínua nos próximos meses", pontua.Na agenda doméstica desta quinta-feira, destaque para o IPCA-15, a prévia da inflação oficial de julho. A leitura preliminar, a 0,30%, foi a maior para o mês desde 2021, então a 0,72%. E fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar de 4,06% em junho para 4,45% em julho, conforme divulgou o IBGE. Em julho de 2023, o IPCA-15 tinha registrado queda de 0,07% e, em julho de 2022, houve alta de 0,13%.No front fiscal, em Brasília, a equipe econômica admite não haver condições de suportar aperto de R$ 25 bilhões caso não haja definição da compensação para a desoneração da folha de pagamentos no Orçamento de 2025. Na reta final da elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que precisa ser enviado ao Congresso até 31 de agosto, impera a avaliação de que essa peça já é bastante desafiadora, assim como a meta de déficit zero fixada para o próximo ano. Caso não haja acordo para compensar a desoneração, não haverá espaço no orçamento para abarcar a renúncia, reportam da capital as jornalistas Fernanda Trisotto e Giordanna Neves, do Broadcast.
O Ibovespa acentuou um pouco as perdas à tarde, encerrando abaixo do limiar de 126 mil, no menor nível desde 3 de julho, então a 125,6 mil pontos. Nesta quinta-feira (25), oscilou em margem relativamente mais ampla do que a do dia anterior, entre mínima de 125.626,28 e máxima de 126.422,73, correspondente à abertura. E fechou em baixa de 0,37%, a 125.954,09 pontos, com giro a R$ 17,5 bilhões. Na semana, recua 1,30%, sustentando ganho de 1,65% no mês — no ano, cai 6,13%.

Na B3, o desempenho de Petrobras (ON -0,42%, PN -0,13%) e dos grandes bancos (Santander Unit -2,43%, Bradesco PN -1,59%, Itaú PN -0,44%) prevaleceu sobre o avanço do setor metálico, com exceção de CSN (ON -0,25%) e de Vale (-0,05%), à espera do balanço do segundo trimestre da mineradora, nesta noite. No segmento metálico, destaque para Gerdau (PN +2,06%) e Usiminas (PNA +2,10%) no encerramento. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Lwsa (+3,01%), Lojas Renner (+2,41%), além de Usiminas e Gerdau. No lado oposto, Vamos (-3,55%), Carrefour (-2,92%), PetroReconcavo (-2,82%), Sabesp (-2,78%) e Arezzo (-2,51%).

Foi a terceira perda consecutiva para o índice da B3, algo não visto desde a transição de maio para junho, há quase dois meses. Desde que foi interrompida a série de 11 ganhos diários, em 16 de julho, foram oito sessões, com seis perdas e apenas dois avanços, ambos sutis: +0,26%, no dia 17, e +0,19%, na última segunda-feira. No mesmo intervalo, houve duas quedas mais agudas, nos dias 18 (-1,39%) e 23, anteontem (-0,99%). Assim, em relação ao pico mais recente, de 17 de julho, a 129.450 pontos no fechamento, o Ibovespa retrocede quase 3,5 mil pontos.

"Iniciada ainda na semana passada, a toada de correção na Bolsa prosseguiu hoje, com dois vetores principais: o próprio movimento de alta acumulada desde meados de junho, com o relativo alívio das preocupações fiscais; e o cenário externo, que tem se mostrado menos favorável", diz Felipe Moura, analista da Finacap, destacando também o início de nova temporada de balanços, referentes ao segundo trimestre, o que traz um pouco mais de volatilidade ao momento. "A temporada doméstica de resultados trimestrais será importante para atualização de números e para ver como ficará o valuation, considerando que a Bolsa permanece em patamar muito depreciado", acrescenta.

No cenário doméstico, há também retomada da "pauta fiscal", com grau maior de questionamento em relação a como o contingenciamento de gastos será cumprido. "São esforços válidos que acalmaram muito os ânimos, mas há um certo ceticismo por parte dos investidores, o que explica esses prêmios de risco ainda elevados", diz o analista, ressaltando que o dólar segue "estressado" também por questões externas, com a moeda americana avançando ante referências globais e de emergentes.

Para Matt Peron, head global de Soluções na Janus Henderson, a leitura do PIB dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre foi "significativamente mais forte do que o esperado, com a maior parte da surpresa por conta do aumento de estoques e do crescimento no consumo pessoal". Embora o resultado possa vir a ser revisado, ressalva Peron, a leitura desta manhã apoia a narrativa de pouso suave para a economia americana, que corresponde a "nosso cenário-base", acrescenta em nota.

"Deve proporcionar algum alívio aos mercados, ao mostrar que o segundo trimestre foi, de forma geral, sólido. No entanto, observamos que a economia parece estar desacelerando, o que pode causar volatilidade contínua nos próximos meses", pontua.

Na agenda doméstica desta quinta-feira, destaque para o IPCA-15, a prévia da inflação oficial de julho. A leitura preliminar, a 0,30%, foi a maior para o mês desde 2021, então a 0,72%. E fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar de 4,06% em junho para 4,45% em julho, conforme divulgou o IBGE. Em julho de 2023, o IPCA-15 tinha registrado queda de 0,07% e, em julho de 2022, houve alta de 0,13%.

No front fiscal, em Brasília, a equipe econômica admite não haver condições de suportar aperto de R$ 25 bilhões caso não haja definição da compensação para a desoneração da folha de pagamentos no Orçamento de 2025. Na reta final da elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que precisa ser enviado ao Congresso até 31 de agosto, impera a avaliação de que essa peça já é bastante desafiadora, assim como a meta de déficit zero fixada para o próximo ano. Caso não haja acordo para compensar a desoneração, não haverá espaço no orçamento para abarcar a renúncia, reportam da capital as jornalistas Fernanda Trisotto e Giordanna Neves, do Broadcast.

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