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Publicada em 24 de Julho de 2024 às 16:08

Energia e tecnologia aproximam Alemanha do Rio Grande do Sul

Cônsul da Alemanha disse que país quer intensificar parcerias com o RS

Cônsul da Alemanha disse que país quer intensificar parcerias com o RS

TÂNIA MEINERZ/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
 Às vésperas do bicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul, comemorado no dia 25 de julho, o Tá Na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), debateu os potenciais da relação comercial entre as duas culturas. De acordo com o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no RS, Cleomar Prunzel, a energia limpa, assim como a tecnologia e o agronegócio são oportunidades para o crescimento dos investimentos em solo gaúcho e das trocas entre os dois países.
 Às vésperas do bicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul, comemorado no dia 25 de julho, o Tá Na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), debateu os potenciais da relação comercial entre as duas culturas. De acordo com o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no RS, Cleomar Prunzel, a energia limpa, assim como a tecnologia e o agronegócio são oportunidades para o crescimento dos investimentos em solo gaúcho e das trocas entre os dois países.
"Não tem como não falar em inteligência artificial, em tecnologia. Além disso, a Alemanha precisa muito da energia limpa. O país europeu pode contribuir com a tecnologia e o Rio Grande do Sul com os recursos", refletiu o presidente durante o painel intitulado "Bicentenário Imigração Alemã". Segundo dados apresentados por ele durante a reunião-almoço, realizada no Centro de Porto Alegre, a Alemanha é o maior parceiro comercial europeu do Brasil.
São cerca de R$ 25 bilhões movimentados com importação e exportação entre os dois países e mais de 1.400 empresas alemãs em território brasileiro, que empregam cerca de 250 mil funcionários. As empresas de origem germânica representam, ainda, cerca de 10% do PIB industrial do Brasil. Apesar disso, a balança comercial é deficitária para o país latino, que exporta, principalmente, alimentos, e importa produtos industrializados. 
O cônsul-geral da República Federal da Alemanha no Brasil, Marc Bogdahn, afirmou que uma comitiva alemã chega nesta quarta-feira ao país para intensificar as relações com Rio Grande do Sul. "O Brasil é uma nação pacífica. Podemos estreitar as relações. A Alemanha precisa importar energia renovável, por exemplo", disse. Nesta quinta-feira (25), uma rodada de negócios acontece com empresas gaúchas e alemãs através da Câmara de Comércio.
Evento teve apresentação de Grupo Folclórico de Estrela em comemoração aos 200 anos da imigração alemã no Brasil | TÂNIA MEINERZ/JC
Evento teve apresentação de Grupo Folclórico de Estrela em comemoração aos 200 anos da imigração alemã no Brasil TÂNIA MEINERZ/JC
No Rio Grande do Sul, Prunzel citou quatro exemplos de grandes empresas que foram criadas por famílias de origem alemã: Renner, Gerdau, Fruki e Stihl. Jorge Gerdau Johannpeter, um dos palestrantes e acionista da Gerdau, uma das maiores empresas do ramo do aço no mundo, acredita que o Rio Grande do Sul teve a sorte de ser formado pela diversidade, que, segundo ele, convive "harmoniosamente" e que contribui para a cultura de trabalho de excelência no Estado. "O clima do frio que temos no Rio Grande do Sul, como também acontece na Alemanha e no norte da Itália, de onde partiram os imigrantes, favorece a cultura de trabalhar e poupar". 
Sobre as recentes cheias do Estado, que seguem impactando economicamente os diversos setores, o empresário acredita que é necessário mais empenho dos governos, que precisam se articular. "O Rio Grande do Sul contribui e contribuiu muito para a economia brasileira, acho que, neste momento, é hora de haver um incentivo maior para o Estado", declarou Gerdau. Já Prunzel explicou que uma das ações da Câmara no RS foi buscar junto ao banco alemão de desenvolvimento KFW crédito para empresas gaúchas se reconstruírem. 
Os palestrantes também abordaram as oportunidades da economia circular, desenvolvimento urbano, reforma tributária e acordo comercial da União Europeia com o Mercosul.

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