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Publicada em 10 de Julho de 2024 às 17:22

Empresários cobram agilidade da União para a liberação de recursos ao Estado

Vilson Noer, da Federação AGV, Arlei Romeiro, da Associação dos Empresários do 4º Distrito, Rodrigo Costa, presidente da Federasul, Paulo Geremia, do Sindha, e Douglas Winter da Federasul participaram do Tá na Mesa

Vilson Noer, da Federação AGV, Arlei Romeiro, da Associação dos Empresários do 4º Distrito, Rodrigo Costa, presidente da Federasul, Paulo Geremia, do Sindha, e Douglas Winter da Federasul participaram do Tá na Mesa

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
A falta de agilidade do governo federal para a liberação de recursos financeiros para a reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido pela tragédia climática de maio, foi criticada pelos empresários que nesta quarta-feira (10) participaram do Tá na Mesa da Federasul, que debateu o tema "A Tragédia, perdas e ações que o RS precisa".
A falta de agilidade do governo federal para a liberação de recursos financeiros para a reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido pela tragédia climática de maio, foi criticada pelos empresários que nesta quarta-feira (10) participaram do Tá na Mesa da Federasul, que debateu o tema "A Tragédia, perdas e ações que o RS precisa".
A palestra contou com as presenças do presidente da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (Federação AGV), Vilson Noer, do presidente da Associação dos Empresários do 4º Distrito Vítimas da Enchente, Arlei Romeiro, e de Paulo Geremia, presidente do Sindicato da Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha). O debate contou ainda com a presença do presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, e do vice-presidente da entidade, Douglas Winter.  
Segundo Noer, os valores liberados pela União não estão sendo suficientes para a reconstrução do Estado e para recuperação das empresas. "O que parece é que o ministro Paulo Pimenta, da Reconstrução, tem muita boa vontade e sabe dos problemas do Rio Grande do Sul. Só que ele não consegue executar, chega em Brasília e bate na trave", comenta Noer. O presidente da Federação AGV defende também a suspensão de contratos com o pagamento do seguro desemprego como aconteceu na pandemia da Covid-19 e ampliação do pagamento de salários mínimos de 2 para 4 meses. "Está difícil a recuperação das empresas afetadas pelas enchentes porque faltam recursos financeiros que deveriam ser liberados pela União", explica.
Para Romeiro, falta recursos financeiros para os empresários e uma regra clara para as empresas acessarem esses valores. "Não adianta a cada visita do presidente Lula e dos ministros ao Estado o anúncio de verbas se a burocracia dificulta o acesso dos empresários atingidos pelas enchentes ao dinheiro", ressalta. Conforme o presidente da Associação dos Empresários do 4º Distrito Vítimas da Enchente todas as empresas gaúchas (direta ou indiretamente) tiveram prejuízos com a tragédia climática de maio. "Toda a infraestrutura (Aeroporto Salgado Filho, rodovias e pontes) e a logística do Estado foram afetadas", disse. Romeiro defende o acesso a linhas de crédito facilitadas pela União para que as empresas retomem as suas atividades.
Segundo presidente da Federasul, o cenário para o Rio Grande do Sul é cada vez mais sombrio devido à morosidade e a inércia do governo federal com relação às enchentes que atingiram o Estado. "São políticas públicas equivocadas e o governo federal vem nos ignorando completamente", acrescenta. Costa disse que as empresas precisam de recursos financeiros para não agravar a situação com o fechamento de empresas e a demissão de trabalhadores.
Já Paulo Geremia, do Sindha, disse que o setor precisa da liberação de linhas de crédito a quem necessita, e não exclusivamente às empresas localizadas na "mancha de inundação" e efetiva pausa nos financiamentos atuais por 12 meses. Conforme Geremia, 1,8 mil empresas do setor de gastronomia foram alagadas em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Na Capital, foram paralisados mais de 1,2 mil bares e restaurantes e 37 hotéis. "As enchentes causaram uma queda no faturamento das empresas de 50% a 80%, perdas de estoques, equipamentos e patrimônio", acrescenta.
O presidente do Sindha disse que haverá muitas demissões no setor de hotéis. "junho, julho e agosto são os meses de alta temporada na rede hoteleira. Porém, sem o funcionamento do Aeroporto Salgado Filho tudo fica mais difícil", lamenta. No dia 14, às 15h, no Sítio do Laçador será realizado o ato público "O RS também é Brasil" organizado por diversas entidades como CDL POA, Sindilojas, FCDL e Abrasel. 
 

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