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Publicada em 04 de Julho de 2024 às 18:13

Vinícolas gaúchas apostam no retorno do enoturismo depois das chuvas

Roteiros incluem degustação de vinhos e espumantes, piqueniques e almoço

Roteiros incluem degustação de vinhos e espumantes, piqueniques e almoço

Cristofoli/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Após as chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, o setor de turismo da serra gaúcha se mobilizou para retomar suas atividades e atrair turistas, especialmente de Porto Alegre e do restante do Estado, reforçando que a maioria das estradas que levam às cidades da serra está liberada. Entre os principais atrativos estão as diversas vinícolas de Bento Gonçalves, Garibaldi e Flores da Cunha. Das pequenas às grandes, os roteiros incluem degustação, piqueniques e almoço nos parreirais.
Após as chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, o setor de turismo da serra gaúcha se mobilizou para retomar suas atividades e atrair turistas, especialmente de Porto Alegre e do restante do Estado, reforçando que a maioria das estradas que levam às cidades da serra está liberada. Entre os principais atrativos estão as diversas vinícolas de Bento Gonçalves, Garibaldi e Flores da Cunha. Das pequenas às grandes, os roteiros incluem degustação, piqueniques e almoço nos parreirais.
De acordo com o secretário municipal de turismo de Bento, Evandro Vinicius Manes Soares, o fluxo turístico diminuiu 95% no início da tragédia climática. "Tivemos uma preocupação com a manutenção dos empregos e desde o início reunimos os empresários para que a gente focasse no turismo do próprio cidadão de Bento e da nossa microrregião", disse. Ainda conforme ele, cerca de 7 mil pessoas trabalham com turismo, setor que corresponde por 18,5% da economia da cidade.
"A expectativa é que entre maio e junho a gente consiga ficar com 30% do fluxo normal de turismo para a época e que, a partir de julho, a gente possa chegar a 50%", projeta. Como estratégia, hotéis e espaços de turismo têm oferecido descontos para quem agenda viagens com mais antecedência. Soares afirmou que 65% dos visitantes são de fora do Rio Grande do Sul e que, mesmo com algumas dificuldades, a cidade está pronta para receber os turistas. 
Uma das opções visitadas pela reportagem é a vinícola Cristofoli, na Rota Cantinas Históricas, no interior de Bento Gonçalves. Além de experiências nos parreirais, como piqueniques, a propriedade, que é familiar, conta com um restaurante focado em enogastronomia, que abre nas sextas e sábados. As receitas são da família, mas ganharam um toque contemporâneo para cultivar as memórias afetivas mantidas há gerações. 
 “Quem nos visita sabe que tudo o que fazemos parte das nossas origens, do que a nossa família preserva no dia a dia e no que acreditamos" pondera Bruna Cristofoli, uma das sócias. Informações e reservas podem ser feitas pelo site (vinhoscristofoli.com.br) ou pelo whats (54) 98403.9247. O valor é de R$ 195 por pessoa (com vinhos, suco de uva e água durante o serviço do almoço).

Degustação em Casa-Contêiner 

Localizada às margens da BR 470 km 224, a Casa Chandon Garibaldi também está aberta para visitação. O diferencial fica por conta de uma Casa-Contêiner, que pode receber turistas, inclusive, em dias de chuva. Lá é possível degustar os clássicos da marca, Chandon Réserve Brut, Chandon Brut Rosé, Chandon Riche Demi-Sec e Chandon Passion (experiência no valor de R$ 150 por pessoa) ou, ainda, a experiência Estilo Chandon, que inclui quatro espumantes, sendo um de cada linha (Assinatura, Raízes, Ícones e Free Spirit). A experiência é no valor de R$ 190 por pessoa.
Além disso, a Chandon disponibiliza um terraço e um jardim para brindes. À sombra de um taquaral (bambu), nativo da região, e cercado por araucárias e vinhedos, é possível assistir ao do pôr do sol. O Jardim Chandon abre todos os sábados, das 14h às 17h. Reservas podem ser feitas pelo site (chandon.com.br) ou pelo Whatsapp (54) 99203.4067.

Miolo explora terroirs brasileiros em visitação

A Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos, em Bento, tem diversos tipos de degustação disponíveis à população e também está aberta. Além do roteiro turístico, que custa R$ 50 e tem a experimentação de quatro rótulos, o pacote de experiências inclui o roteiro DOVV Vinhos, feito com agendamento no valor R$ 130, o roteiro DOVV Espumante, de mesmo valor, e o roteiro Os 7 Lendários, realizado com agendamento por R$ 280, nas sextas e sábados. A Miolo também aposta nos diferentes terroirs do Brasil: Vale dos Vinhedos – Bento Gonçalves, RS (Miolo), Campanha Meridional – Candiota, RS (Seival), Vale do São Francisco – Casa Nova, Bahia (Terranova) e Campanha Central – Santana do Livramento, RS (Almadén).
O diferencial da Miolo é que todos os vinhedos são próprios. “Nos dedicamos todos os dias do ano à nossa maior fortaleza, nossos vinhedos. Hoje são mil hectares de vinhedos próprios. É deles que nascem nossos vinhos e espumantes. E ao abrir cada garrafa e compartilhar nossa produção, estamos dividindo com todos o que de melhor sabemos fazer”, destaca Adriano Miolo, diretor superintendente da Miolo.
Miolo no Vale dos Vinhedos explora terroirs brasileiros
Miolo no Vale dos Vinhedos explora terroirs brasileiros Miolo/ Diuvlgação/ JC

Nova Aliança aposta em enoturismo 

Um pouco mais distante da tradicional rota das vinícolas, a cooperativa Nova Aliança, com sede em Flores da Cunha, planeja investir cada vez mais nos seus vinhos finos e nos espumantes. Nesse sentido, nada melhor do que apostar em enoturismo para divulgar a marca e aproximar os turistas da produção.
É pensando nisso que a Nova Aliança está considerando inaugurar, no segundo semestre do ano, o seu Wine Garden. "É um novo ciclo da marca, uma renovação que vai do vinhedo ao consumidor, em que o produtor é a nossa estrela. E Flores da Cunha tem muito a avançar nesse setor de enoturismo. Com o Garden as pessoas vão poder conhecer a nossa fábrica", diz Heleno Facchin, CEO da cooperativa. 
 

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