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Publicada em 04 de Julho de 2024 às 01:25

Entidades esperam medidas especiais para o Estado

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Jornal do Comércio
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, o reconhecimento do agro pelo governo é importante. Mas o plano é aquém das necessidades. "A taxa de juros é acima da Selic, não há subsídio". Como positivos, destacou os juros a 7% para renovação ambiental e o recurso extra do PSR.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, o reconhecimento do agro pelo governo é importante. Mas o plano é aquém das necessidades. "A taxa de juros é acima da Selic, não há subsídio". Como positivos, destacou os juros a 7% para renovação ambiental e o recurso extra do PSR.
Darci Pedro Hartmann, presidente do Sistema Ocergs, também considera que o Plano Safra é positivo, ainda que não atenda a todas as demandas do setor. "É bom, dentro do que é possível. O investimento está de bom tamanho quando falamos em teto de gastos. Na agricultura empresarial, porém, os juros ainda estão muito altos". Hartmann enfatizou, ainda, a preocupação quanto aos produtores gaúchos, fortemente afetados pelas chuvas e enchentes de maio. "Precisamos de alongamento da dívida e que o fundo garantidor funcione, sob pena dos produtores não terem acesso ao crédito". A expectativa é que o governo federal anuncie condições especiais para o RS nos próximos dias.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, concorda que é necessário alongar o pagamento das dívidas dos agricultores e que o valor anunciado é adequado, mas que precisa chegar aos produtores. Ele considerou que em relação ao Pronampe, as condições não são favoráveis. "O juros para o médio agricultor que busca crédito no Pronampe ficou inviável".
Segundo ele, as condições do Pronaf são boas, mas há fatores que poderiam ser melhores. "O valor financiado para o custeio de investimento aumentou, mas ainda é pouco. E também o enquadramento do Pronaf ainda poderia ser melhorado. Mas tivemos redução de juros e novas linhas, com juros baixos para agroecologia, para quem trabalha com flores, para os jovens e para as mulheres e para a cadeia do leite".
Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar do Congresso Nacional, deputado Heitor Schuch (PSB/RS) analisou positivamente as medidas do novo Plano Safra da Agricultura Familiar. "Aumentar o volume de recursos, reduzir a taxa de juros, apostar no cooperativismo e criar o fundo garantidor são fundamentais para suporte aos agricultores", afirmou.
O parlamentar reforçou, no entanto, que a expectativa agora é para que o governo federal garanta a anistia das dívidas rurais aos produtores gaúchos afetados pelas enchentes, além da liberação de auxílio emergencial nos moldes do que ocorreu na pandemia. "Os agricultores precisam ter condições de acessar o Plano Safra, o que só é possível com a garantia de perdão dos débitos e de bolsa auxílio".

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