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Publicada em 03 de Julho de 2024 às 14:06

Fenabrave vê crédito em alta mesmo com Selic estacionada em 10,5%

Entidade acredita na continuidade da expansão do crédito, que tem sido motor de mercado de carros

Entidade acredita na continuidade da expansão do crédito, que tem sido motor de mercado de carros

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Agência Estado
A Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis, acredita na continuidade da expansão do crédito, que tem sido um motor do mercado de carros, mesmo com a interrupção do ciclo de cortes dos juros de referência, a Selic.
A Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis, acredita na continuidade da expansão do crédito, que tem sido um motor do mercado de carros, mesmo com a interrupção do ciclo de cortes dos juros de referência, a Selic.
Hoje, a associação revisou de 12% para 14,7% a previsão de crescimento das vendas de veículos neste ano. No cenário macroeconômico que baliza o prognóstico, a Selic seguirá estacionada em 10,5% até o fim do ano. A Fenabrave, porém, acredita que a redução no risco de crédito, com a acomodação da inadimplência e o marco de garantias, pode abrir espaço para quedas adicionais das taxas praticadas no mercado.
"Se a Selic ficar estável, mas a inadimplência recuar, o spread dos financiamentos também deve baixar", disse o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, referindo-se à diferença entre a taxa de captação e a taxa cobrada pelos bancos nos financiamentos.
Depois do desempenho considerado positivo no primeiro semestre, Andreta lembrou que normalmente o mercado de automóveis é 30% maior no segundo semestre. Ele disse que a entidade pretende reavaliar suas previsões em outubro.
A Fenabrave trabalha com a premissa de que o dólar voltará a cair para perto de R$ 5. A expectativa é de que o estresse no mercado de câmbio seja superado, dados os fundamentos como as robustas reservas internacionais, sem gerar assim um impacto relevante na inflação. Os riscos ponderados pela entidade, no entanto, estão nas incertezas fiscais e no comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujas declarações sobre as contas públicas e a sucessão no Banco Central (BC) contribuíram nos últimos dias para a escalada do dólar.
A associação das revendas entende ainda que a volta do mercado gaúcho, após as enchentes que devastaram regiões do Estado, deve contribuir para o setor ter um segundo semestre positivo. No momento, relatou Andreta, muitas concessionárias seguem paradas no Rio Grande do Sul, Estado que normalmente reponde por 5% das vendas de carros no País.

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