O fundo filantrópico RegeneraRS é uma iniciativa para angariar recursos a serem usados na reconstrução do Rio Grande do Sul. Idealizado pelo Instituto Helda Gerdau, em parceria com a Din4mo Lab – que fará a gestão do fundo –, o projeto está ampliando o número de apoiadores
A doação inicial de R$ 30 milhões foi da Gerdau e seu instituto. Logo ganhou a parceria da Vale, que aportou outros R$ 8 milhões.
A meta do RegeneraRS é captar um total de R$ 100 milhões para apoiar projetos em quarto áreas temáticas: Educação, Habitação, Soluções Urbanas e Apoio a Negócios. O projeto tem previsão de dois anos de atuação.
A iniciativa será tema de um evento online nesta terça-feira (2 de julho), às 18h, para apresentar a potenciais parceiros os detalhes sobre o funcionamento da iniciativa. O encontro pretende sensibilizar, engajar e construir capital social para a iniciativa, além de mobilizar aliados para financiamento de projetos. As inscrições devem ser realizadas através do link: https://www.sympla.com.br/regenerars__2519391.
De acordo com Beatriz Gerdau Johannpeter, diretora Instituto Helda Gerdau, a empresa Din4mo, consultoria especializada em negócios de impacto social, foi contratada para orquestrar e gerir o fundo filantrópico RegeneraRS. O Instituto Helda Gerdau também tem como diretora Juliana Johannpeter. Beatriz conceceu entrevista ao Jornal do Comércio e detalhou a proposta da iniciativa.
Jornal do Comércio – Como surgiu esta iniciativa?
Beatriz Gerdau Johannpeter – No final abril, começo de maio, a família Gerdau Johannpeter, junto com a empresa Gerdau, iniciou a criação do Fundo Filantrópico para apoio na Regeneração do Rio Grande do Sul, conscientes da crescente frequência e severidade de catástrofes climáticas no Estado, bem como da necessidade urgente de soluções e modelos eficazes para endereçar os desafios emergenciais. No dia 2 de maio, a família Gerdau fez a primeira doação perante essa situação emergencial das chuvas. Percebemos que se tratava de uma situação sem precedentes e fizemos alguns aportes, pensando na situação de resgate, na distribuição de alimentos, filtros de água. A partir desta atuação, percebemos que a catástrofe era muito relevante e que precisaríamos pensar em algo mais a longo prazo. Então, começamos a pensar o quão importante seria o papel da iniciativa privada na estruturação de alguns mecanismos que fossem mais ágeis em estruturação e que também fossem mais resilientes.
JC – O Instituto Helda Gerdau assumiu para si essa tarefa?
Beatriz – O Instituto Helda Gerdau, que é familiar, e a empresa Gerdau idealizaram então o fundo filantrópico RegeneraRS com o apoio da Din4mo, contratada para orquestrar e gerir o fundo filantrópico RegeneraRS. O Instituto Helda Gerdau também está articulando com grupos de investidores em associações. Olhamos, igualmente, para empresas que queiram fazer co-investimentos em iniciativas mais específicas. Nós temos no nosso site (www.regenerars.org) uma aba destinada para quem queira colocar os seus projetos dentro de uma das quatro áreas já estabelecidas.
JC – Você pode detalhar o que é o fundo filatrópico RegeneraRS?
Beatriz – Bom, RegeneraRS surge através do Instituto Helda Gerdau e da Gerdau e que são os seus instituidores, bem como com a tarefa de buscar outros investidores com o objetivo de potencializar essa iniciativa para potencializar essa iniciativa, como uma grande coalizão de indivíduos e de empresas que buscam modelos mais eficazes para dar conta desses desafios do Rio Grande do Sul.
JC – Existe um valor projetado para mobilização deste fundo?
Beatriz – Acreditamos que o fundo pode mobilizar uma quantia de R$ 100 milhões para apoiar projetos em quatro áreas temáticas: Educação, Habitação, Soluções Urbanas e Apoio a Negócios. Nós já dispomos de um valor inicial de R$ 38 milhões, ou seja, R$ 30 milhões do Instituto Helda Gerdau e da empresa Gerdau, já a Vale aportou R$ 8 milhões para diferentes iniciativas. Estamos trabalhando muito para saber como irá funcionar a seleção destas iniciativas, fundos e projetos.
JC – Como foram definidas essas áreas temáticas?
Beatriz – Estamos focando na educação, habitação, soluções urbanas e apoio aos negócios. Estas quatro áreas foram escolhidas porque temos maior relacionamento com elas. Tanto a Gerdau que tem foco na habitação, como na educação. Nós, do Instituto Helda Gerdau, já tínhamos apoiado pequenos negócios de impacto socioambiental. As soluções urbanas também entendemos que possuem um potencial de um repensar de como poder tornar as cidades mais resilientes, com mais prontidão para futuras situações, como crises climáticas.
JC – Como deverão ser os projetos na área da educação?
Beatriz – Na área da educação, já fizemos um primeiro aporte para uma consultoria e a Secretaria de Educação do Estado está mapeando as necessidades, ou seja, as coisas que são mais urgentes para a retomada das escolas. Saber quais são os níveis de necessidades, como por exemplo o mobiliário, ou aquelas que precisam de obras de reconstrução. Na escolha desses projetos, podemos agilizar, mas precisamos que aja sinergia para dar continuidade, como o que já foi mencionado. Atender primeiro, questões emergenciais e depois as questões de médio prazo com o governo entrando com recursos públicos.
JC – Como devem ser os projetos para área de habitação?
Beatriz – Esta área é muito desafiadora. Estamos buscando soluções de habitação com equilíbrio entre custos, benefícios e técnicas construtivas ágeis. Elas são muito importantes para dar conta da demanda imediata. Também precisamos ver em que áreas essas casas serão construídas. Nós estamos buscando diferentes soluções e tentando apoiar algumas iniciativas para enxergarmos os melhores caminhos. Na habitação, fizemos um aporte com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). Um dos modelos, por exemplo, conta com um projeto para construção de 50 casas piloto e nós financiamos 12 delas, porém a área ainda não está definida. Há uma parceria com a Melnick também e com várias construtoras, bem como a participação da Gerdau.
JC – Como devem ser os projetos voltados à área de apoio a negócios?
Beatriz Gerdau – Já estamos apoiando o Sebrae que, por sua vez, já está com uma iniciativa chamada de Supera. Os consultores do Sebrae estão ajudando os pequenos negócios a fazerem um plano de recuperação. Nós também estamos apoiando com recursos filantrópicos para retomada deles, como por exemplo a compra de equipamentos e de algumas coisas em parceria, conforme os consultores do Sebrae vão mapeando.
JC – Como devem ser os projetos voltados a soluções urbanas?
Beatriz Gerdau – Há diversas oportunidades ainda não tão emergenciais. Então, deixamos para um momento posterior, mas estamos falando muito com o Pacto Alegre tem, por sua vez, tem uma iniciativa chamada Poa Resiliente, ou Porto Alegre Resiliente. Eles têm uma equipe técnica maravilhosa, porque há a união de três universidades (Ufrgs, Unisinos e Pucrs). Certamente, estaremos apoiando alguma das iniciativas, porém, ainda não selecionamos.
JC – Como será a governança do fundo?
Beatriz Gerdau – Teremos uma governança estruturada com um time de técnicos específicos para atuarem nestas quatro áreas. Eles vão estar nos ajudando na seleção destes projetos e escolher os que apresentam um maior potencial de aplicação. Os técnicos, então, vão dar seus pareceres a um conselho deliberativo que, por sua vez, irá tomar as decisões. Teremos ainda um conselho consultivo com personalidades debatendo o que queremos como o futuro do Rio Grande do Sul. Teremos um conselho consultivo multi-stakeholder, ou seja, reunindo múltiplas partes interessadas para fazer as melhores escolhas.
Beatriz Gerdau Johannpeter – No final abril, começo de maio, a família Gerdau Johannpeter, junto com a empresa Gerdau, iniciou a criação do Fundo Filantrópico para apoio na Regeneração do Rio Grande do Sul, conscientes da crescente frequência e severidade de catástrofes climáticas no Estado, bem como da necessidade urgente de soluções e modelos eficazes para endereçar os desafios emergenciais. No dia 2 de maio, a família Gerdau fez a primeira doação perante essa situação emergencial das chuvas. Percebemos que se tratava de uma situação sem precedentes e fizemos alguns aportes, pensando na situação de resgate, na distribuição de alimentos, filtros de água. A partir desta atuação, percebemos que a catástrofe era muito relevante e que precisaríamos pensar em algo mais a longo prazo. Então, começamos a pensar o quão importante seria o papel da iniciativa privada na estruturação de alguns mecanismos que fossem mais ágeis em estruturação e que também fossem mais resilientes.
JC – O Instituto Helda Gerdau assumiu para si essa tarefa?
Beatriz – O Instituto Helda Gerdau, que é familiar, e a empresa Gerdau idealizaram então o fundo filantrópico RegeneraRS com o apoio da Din4mo, contratada para orquestrar e gerir o fundo filantrópico RegeneraRS. O Instituto Helda Gerdau também está articulando com grupos de investidores em associações. Olhamos, igualmente, para empresas que queiram fazer co-investimentos em iniciativas mais específicas. Nós temos no nosso site (www.regenerars.org) uma aba destinada para quem queira colocar os seus projetos dentro de uma das quatro áreas já estabelecidas.
JC – Você pode detalhar o que é o fundo filatrópico RegeneraRS?
Beatriz – Bom, RegeneraRS surge através do Instituto Helda Gerdau e da Gerdau e que são os seus instituidores, bem como com a tarefa de buscar outros investidores com o objetivo de potencializar essa iniciativa para potencializar essa iniciativa, como uma grande coalizão de indivíduos e de empresas que buscam modelos mais eficazes para dar conta desses desafios do Rio Grande do Sul.
JC – Existe um valor projetado para mobilização deste fundo?
Beatriz – Acreditamos que o fundo pode mobilizar uma quantia de R$ 100 milhões para apoiar projetos em quatro áreas temáticas: Educação, Habitação, Soluções Urbanas e Apoio a Negócios. Nós já dispomos de um valor inicial de R$ 38 milhões, ou seja, R$ 30 milhões do Instituto Helda Gerdau e da empresa Gerdau, já a Vale aportou R$ 8 milhões para diferentes iniciativas. Estamos trabalhando muito para saber como irá funcionar a seleção destas iniciativas, fundos e projetos.
JC – Como foram definidas essas áreas temáticas?
Beatriz – Estamos focando na educação, habitação, soluções urbanas e apoio aos negócios. Estas quatro áreas foram escolhidas porque temos maior relacionamento com elas. Tanto a Gerdau que tem foco na habitação, como na educação. Nós, do Instituto Helda Gerdau, já tínhamos apoiado pequenos negócios de impacto socioambiental. As soluções urbanas também entendemos que possuem um potencial de um repensar de como poder tornar as cidades mais resilientes, com mais prontidão para futuras situações, como crises climáticas.
JC – Como deverão ser os projetos na área da educação?
Beatriz – Na área da educação, já fizemos um primeiro aporte para uma consultoria e a Secretaria de Educação do Estado está mapeando as necessidades, ou seja, as coisas que são mais urgentes para a retomada das escolas. Saber quais são os níveis de necessidades, como por exemplo o mobiliário, ou aquelas que precisam de obras de reconstrução. Na escolha desses projetos, podemos agilizar, mas precisamos que aja sinergia para dar continuidade, como o que já foi mencionado. Atender primeiro, questões emergenciais e depois as questões de médio prazo com o governo entrando com recursos públicos.
JC – Como devem ser os projetos para área de habitação?
Beatriz – Esta área é muito desafiadora. Estamos buscando soluções de habitação com equilíbrio entre custos, benefícios e técnicas construtivas ágeis. Elas são muito importantes para dar conta da demanda imediata. Também precisamos ver em que áreas essas casas serão construídas. Nós estamos buscando diferentes soluções e tentando apoiar algumas iniciativas para enxergarmos os melhores caminhos. Na habitação, fizemos um aporte com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). Um dos modelos, por exemplo, conta com um projeto para construção de 50 casas piloto e nós financiamos 12 delas, porém a área ainda não está definida. Há uma parceria com a Melnick também e com várias construtoras, bem como a participação da Gerdau.
JC – Como devem ser os projetos voltados à área de apoio a negócios?
Beatriz Gerdau – Já estamos apoiando o Sebrae que, por sua vez, já está com uma iniciativa chamada de Supera. Os consultores do Sebrae estão ajudando os pequenos negócios a fazerem um plano de recuperação. Nós também estamos apoiando com recursos filantrópicos para retomada deles, como por exemplo a compra de equipamentos e de algumas coisas em parceria, conforme os consultores do Sebrae vão mapeando.
JC – Como devem ser os projetos voltados a soluções urbanas?
Beatriz Gerdau – Há diversas oportunidades ainda não tão emergenciais. Então, deixamos para um momento posterior, mas estamos falando muito com o Pacto Alegre tem, por sua vez, tem uma iniciativa chamada Poa Resiliente, ou Porto Alegre Resiliente. Eles têm uma equipe técnica maravilhosa, porque há a união de três universidades (Ufrgs, Unisinos e Pucrs). Certamente, estaremos apoiando alguma das iniciativas, porém, ainda não selecionamos.
JC – Como será a governança do fundo?
Beatriz Gerdau – Teremos uma governança estruturada com um time de técnicos específicos para atuarem nestas quatro áreas. Eles vão estar nos ajudando na seleção destes projetos e escolher os que apresentam um maior potencial de aplicação. Os técnicos, então, vão dar seus pareceres a um conselho deliberativo que, por sua vez, irá tomar as decisões. Teremos ainda um conselho consultivo com personalidades debatendo o que queremos como o futuro do Rio Grande do Sul. Teremos um conselho consultivo multi-stakeholder, ou seja, reunindo múltiplas partes interessadas para fazer as melhores escolhas.