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Publicada em 02 de Julho de 2024 às 14:39

Haddad nega que governo vá usar IOF no mercado de câmbio para barrar alta do dólar

É a segunda tentativa do ministro de coordenar comunicação em torno das expectativas fiscais

É a segunda tentativa do ministro de coordenar comunicação em torno das expectativas fiscais

Diogo Zacarias/Divulgação/JC
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Folhapress
Sob pressão com a disparada do dólar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vá adotar uma medida de controle da alta da moeda norte-americana frente ao real por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de câmbio.
Sob pressão com a disparada do dólar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vá adotar uma medida de controle da alta da moeda norte-americana frente ao real por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de câmbio.
As especulações aumentaram depois que o presidente Lula, em entrevista nesta terça-feira (2), disse que o governo tem que agir contra a alta do dólar e que iria se reunir com Haddad na quarta (3).
"A nossa agenda com o presidente amanhã é exclusivamente uma agenda fiscal. Não sei de onde saiu esse rumor", disse o ministro ao negar medidas de controle de capital.
Em menos de 24 horas, é a segunda tentativa do ministro de coordenar a comunicação em torno das expectativas fiscais para tentar diminuir a volatilidade no mercado de câmbio. Haddad desceu nesta segunda-feira (01) após o fechamento do mercado para falar com os jornalistas na portaria do Ministério e hoje novamente.
O ministro reforçou que o Ministério da Fazenda está trabalhando numa agenda eminentemente fiscal para apresentar propostas de medidas e garantir o cumprimento do novo arcabouço fiscal em 2024, 2025 e 2026.
Questionado se essas medidas são o melhor que o governo pode fazer para conter a alta do dólar, o ministro respondeu: "Eu acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central, como o presidente fez hoje de manhã, quanto em relação ao arcabouço fiscal.
Para ele, é uma "questão mais de comunicação do que qualquer outra coisa". "Não vejo nada fora disso, autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas"
Haddad não quis se comprometer com uma data para um primeiro anúncio de uma proposta de corte de gastos. "Eu não estou querendo marcar data, porque nós estamos há 60 dias trabalhando nisso", justificou.
O ministro disse que o presidente Lula está mobilizando os ministérios da Fazenda, Planejamento, Casa Civil e da Gestão não só para a elaboração do PLOA (Projeto de Lei de Orçamento) de 2025, mas também para execução orçamentária de 2024.
Hadadd disse que Lula está preocupado. "Hoje mesmo falou disso, elogiou o arcabouço fiscal, elogiou a autonomia do Banco Central. É nessa linha que nós vamos despachar com ele amanhã", disse.
O ministro disse que não sabem de onde saem os rumores do mercado. Ele reforçou que, quando lhe perguntam sobre rumores, responde sempre que está trabalhando na agenda fiscal.

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