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Publicada em 30 de Junho de 2024 às 16:44

Aeroporto de Torres receberá investimento de R$ 9 milhões

Atualmente, obras de recuperação da cobertura do terminal e do cercamento do aeroporto estão em andamento, com um custo de R$ 2 milhões

Atualmente, obras de recuperação da cobertura do terminal e do cercamento do aeroporto estão em andamento, com um custo de R$ 2 milhões

PREFEITURA DE TORRES/DIVULGAÇÃO/JC
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O governador Eduardo Leite anunciou investimento de R$ 9 milhões para melhorias no Aeroporto Regional de Torres, no Litoral Norte. Acompanhado de secretários de Estado e de lideranças da região, Leite vistoriou o terminal na sexta-feira. O governador informou que os recursos serão aplicados na infraestrutura do aeroporto, para que as companhias aéreas tenham interesse de utilizar o terminal como mais uma alternativa ao Aeroporto Salgado Filho, que segue fechado. “Melhorar a conexão aérea é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado, especialmente nessa situação emergencial que estamos vivenciando”, disse.
O governador Eduardo Leite anunciou investimento de R$ 9 milhões para melhorias no Aeroporto Regional de Torres, no Litoral Norte. Acompanhado de secretários de Estado e de lideranças da região, Leite vistoriou o terminal na sexta-feira. O governador informou que os recursos serão aplicados na infraestrutura do aeroporto, para que as companhias aéreas tenham interesse de utilizar o terminal como mais uma alternativa ao Aeroporto Salgado Filho, que segue fechado. “Melhorar a conexão aérea é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado, especialmente nessa situação emergencial que estamos vivenciando”, disse.
Atualmente, obras de recuperação da cobertura do terminal e do cercamento do aeroporto estão em andamento, com um custo de R$ 2 milhões. Na contratação emergencial do Papi (sigla que, em português, significa Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão) para assegurar a aproximação precisa das aeronaves durante pousos e decolagens, será investido mais R$ 1,5 milhão.
O governo ainda iniciou processos para a aquisição de mobiliário e outros equipamentos, com valor previsto de R$ 400 mil. Além disso, estima-se que serão investidos cerca de R$ 5 milhões por ano na operação do aeroporto, incluindo a contratação de um operador, bombeiros e demais serviços necessários para o pleno funcionamento do terminal.
Na quinta-feira (27), Leite realizou uma série de reuniões, em São Paulo, com diretores de companhias aéreas que operam no Rio Grande do Sul. Ao lado do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, o governador conversou com representantes das empresas Azul, Latam e Gol para discutir alternativas que auxiliem na ampliação do número de voos.
Principal terminal do Estado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, administrado pela Fraport, está com atividades suspensas devido à enchente de maio. "Melhorar a conexão aérea é fundamental para o desenvolvimento do Estado, especialmente nessa situação emergencial que a gente está vivenciando. Recebemos informações que nos deixam com muito otimismo de que nos próximos dias, a gente tenha anúncios de novos voos para o Estado", destacou Leite.
Segundo Leite, todos estão comprometidos em garantir para o Rio Grande do Sul a volta à normalidade. "Ou algo mais próximo da normalidade em termos de conexões aéreas, enquanto o aeroporto de Porto Alegre não estiver pronto", destaca.
O governo calcula que o fechamento do Aeroporto Salgado Filho pode impactar o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul em 0,5% em 2024. Considerando todos os setores atingidos, o cálculo é de uma perda de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,2 bilhões até o final do ano.
Na reunião com os executivos das companhias, o governador ressaltou que os aeroportos de Caxias do Sul, Santa Maria, Torres, Passo Fundo e, principalmente, o de Pelotas, podem absorver parte da demanda reprimida.

Expansão do terminal é demanda antiga na região

Fernanda Crancio
Desde as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, a busca por soluções que mitigassem o gargalo logístico e de transporte de passageiros com o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, passou também a dominar a pauta. A utilização de aeroportos regionais localizados em áreas estratégicas, como o de Caxias do Sul, na Serra, se consolidou como importante alternativa. No Litoral Norte, a possibilidade de ampliar a operação do Aeroporto de Torres chegou a ser debatida em reuniões entre governos do Estado e federal, empresários e a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amminorte).
A possibilidade de expansão do terminal, que não opera voos comerciais, foi demanda defendida por gestores da região. No início de maio, em entrevista ao Jornal do Comércio, o prefeito de Torres, Carlos Souza (PP), informou que o tema vinha sendo abordado por ele desde as primeiras semanas do agravamento das cheias, ainda em contato com o Gabinete de Crise do governo do Estado, antes da criação da Secretaria de Reconstrução Gaúcha.
Segundo o chefe do Executivo municipal, o aeroporto apresenta condições de se adequar para atender emergencialmente à demanda de voos. "O aeroporto tem condições de operar, está funcionando e servindo de ponto para recebimento de aeronaves com donativos, mas não é equipado com todo o maquinário necessário para atender pousos e decolagens comerciais. Ele sempre teve movimento de empresários, pessoas vindas de outras regiões do Brasil, ações pontuais", comentou o prefeito na ocasião.
Souza explica que o local costuma receber voos charters, de aeronaves com até 70 passageiros. No entanto, para ter viabilidade de receber voos de linhas de companhias aéreas e servir de rota alternativa ao Salgado Filho, ainda sem data de abertura definida, o terminal teria de receber investimentos para ser devidamente equipado e até contar com um posto da Receita Federal. "É um aeroporto regional, opera há anos, a pista tem 1500 metros e tem condições, mas não para servir de base neste momento imediato", complementou.
O aeroporto regional tem gestão compartilhada entre o Estado e o município, cabendo à prefeitura fazer a limpeza e a manutenção dos serviços do local, enquanto que o executivo estadual coordena sua operação e gestão propriamente dita.

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